A RESENHA DESCRITIVA PORTUGUÊS
Por: Ariadne7 • 14/11/2020 • Trabalho acadêmico • 1.719 Palavras (7 Páginas) • 184 Visualizações
RESENHA DESCRITIVA
Merivone Fonseca Piol[1]
Obra Resenhada: O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NOS ANOS INICIAIS
Autora: Ariane Stefani Ferreira Vieira
Local da Publicação: São Paulo
Ano: 2014
Tamanho: 35 p
1 INTRODUÇÃO
O Trabalho de Conclusão de Curso O Ensino da Língua Portuguesa nos Anos Iniciais, de autoria da Ariane Stefani Ferreira Vieira, tem como objetivo apresentar o ensino da Língua Portuguesa no Brasil sob diferentes características, desde que passou a ser considerada a língua materna, a língua que representa a nação brasileira. A obra em questão é uma pesquisa documental e bibliográfica que objetivou conhecer a maneira como acontece o ensino da Língua Portuguesa nos anos iniciais da Educação Básica.
O tema é apresentado com uma linguagem clara e direta. Além disso, vários recursos utilizados pela autora facilitam a leitura. O leitor pode esperar a compreensão das formas de ensino que são capazes de desenvolver nos alunos a prática leitora e escritora, bem como, conhecer como aconteceu e acontece a prática e a formação dos professores que lecionam Língua Portuguesa e também os objetivos que devem ser alcançados pelos alunos no transcorrer da Educação Básica, especialmente nos anos iniciais.
A obra procura acrescentar ao leitor informações para a melhoria das práticas de leitura e escrita da Língua Portuguesa em sala de aula e em outros ambientes de interação social.
2 HISTÓRICO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL
Neste capítulo, a autora realizou um estudo referente às produções científicas que buscaram conhecer a história do ensino da Língua Portuguesa no Brasil. A mesma aborda em linhas gerais, a trajetória do ensino da Língua Portuguesa desde o Brasil Colonial até os dias de hoje. Descrevendo as mudanças que ocorreram e o contexto sócio-histórico do momento.
Versa como o século XXI tornou-se o marco histórico para as concepções linguísticas do português, bem como, que a estrutura da Língua Portuguesa enquanto disciplina de ensino iniciou-se por volta dos anos de 1750, pelo Marquês de Pombal. O leitor pode conhecer que apenas nas últimas décadas do século XIX é que a língua portuguesa foi incluída no currículo escolar como disciplina. E, somente em 1871, por decreto imperial, foi criado no país o cargo de professor de português. Dessa forma, vários estudiosos consideram esse decreto como o marco inicial do ensino oficial da língua.
2.1 Formação Docente para o Ensino de Língua Portuguesa
A formação inicial dos professores de Português constitui um fator relevante de configuração das suas concepções e práticas. Na verdade, a forma como os professores se posicionam face às perspectivas teóricas disponíveis no domínio da educação em línguas ou ao discurso regulador do Estado, as opções que tomam em relação aos conteúdos, à pedagogia e à avaliação, as decisões que assumem quanto aos registros discursivos que legitimam no quadro da sua prática profissional articulam-se, embora de modo variável, com os princípios, as práticas e os conteúdos característicos dos processos formativos em que estiveram envolvidos.
O presente tópico aborda principalmente a problemática da formação de professores de Português no Brasil, onde interagem perspectivas antagônicas seja sobre os sentidos e os conteúdos da formação, seja sobre o mandato da escola relativamente ao ensino e à aprendizagem do Português. O distanciamento entre a aprendizagem da Língua Portuguesa nos cursos de formação e a realidade prática do ensino a alunos em uma sociedade cujas informações circulam aceleradamente, provoca a impressão de que o professor de Língua Portuguesa é o responsável pela preservação do idioma oficial falado no Brasil.
A linguagem como foco primordial da utilização da língua, faz com que a formação docente também esteja voltada para os processos que envolvem a linguagem e o pensamento. A multiplicidade da utilização da língua em diversas organizações sociais e comunidades não permitem que o processo de formação docente esteja direcionado para padrões cultos da língua, porque esta não existe de maneira estanque, parada, como se o tempo não circulasse ao seu redor.
2.2. A Oralidade e o Ensino da Língua Portuguesa
O ensino da modalidade oral, na escola, é tão importante para o aluno quanto o ensino da modalidade escrita. Lecionar língua oral deve significar para a escola possibilitar acessos a usos da linguagem mais formalizados e convencionais, que exijam controle mais consciente e voluntário da enunciação, tendo em vista a importância que o domínio da palavra pública tem no exercício da cidadania. Em qualquer fase da educação básica, o educando necessita de recursos comunicativos específicos para fazer uso da oralidade nos vários estilos e da escrita nos diversos gêneros textuais.
O desenvolvimento da competência comunicativa, nas crianças, envolve não apenas a aquisição de um repertório linguístico, mas, também, um repertório sociolinguístico. Em consonância com esta visão, defende-se que o desenvolvimento da competência comunicativa é diretamente proporcional ao desenvolvimento do repertório sociolinguístico do indivíduo.
A autora nos revela que é dever da escola valorizar os hábitos culturais dos alunos, além de iniciá-los em novos hábitos, diferentes dos de sua comunidade.
2.3 As Práticas de Leitura e Escrita como Auxiliares no Ensino da Língua Portuguesa
A problemática do ensino de Língua Portuguesa é uma das mais discutidas no contexto da educação e do ensino, pois é a esta que se atribui o dever de ensinar dois dos mais importantes conhecimentos na esfera educacional: a leitura e a escrita. Sendo a leitura um elemento indispensável na sociedade atual, e sendo um dos principais desafios a ser enfrentado pela escola, torna-se essencial analisar onde estão as dificuldades relacionadas ao desenvolvimento do processo de leitura e escrita e como podemos nortear o ensino, na intenção de vencer esse desafio que se põe como um entrave na realidade educacional.
Neste tópico a autora nos apresenta que o papel da leitura no ensino de Língua Portuguesa não é somente levar os alunos a codificar e decodificar a escrita vai muito, além disso, possibilitando um desenvolvimento integral, que vai lhe servir não somente para realizar tarefas dentro da escola, mas também, e principalmente auxiliar na sua vida extraescolar. A leitura é uma porta que leva ao desenvolvimento de muitos outros objetivos do ensino, tais como escrever, ler, atuar criticamente, exercer cidadania e outros.
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