A RESENHA EXTRAORDINÁRIO

EXTRAORDINÁRIO

Baseado no filme que possui o mesmo nome, escrito por R. J. Palacio e lançado em 2017 no Brasil, o filme “Extraordinário” retrata a história de Auggie Pulman, um garoto que nasceu com uma deformação craniofacial, onde foi submetido a 27 cirurgias, tanto para melhorar as funções básicas(comer, respirar, etc.), como também cirurgias estéticas.

Auggie sempre foi educado em casa, por sua mãe, aos 10 anos ela decidiu que ele deveria frequentar uma escola regular, iniciando no 5º ano, o que acabou atrapalhando no seu convívio social, já que a maioria dos colegas já se conheciam. Durante os primeiros dias a criança passa por momentos difíceis, sofrendo bullying por ser “diferente”, o mesmo precisa lidar com a sensação constante de ser notado e avaliado pelos demais.

Quando chega o dia do Auggie ir para a escola, todos do seu convívio familiar aparenta ficarem muitos ansiosos e com medo, especialmente sua mãe que dedicou sua vida para cuidar dele. Acredito que esse sentimento é compartilhado por todas as famílias, principalmente aquelas que possui alguém portador de necessidades especiais. Ir a escola marca um momento importante, a partir desse momento que a criança saí do ciclo familiar, constituído apenas de seus costumes e experiências vivenciadas no seu âmbito para conhecer novas pessoas, culturas, criar novos laços afetivos e ampliar seus conhecimentos.

Auggie acaba desenvolvendo um mecanismo de defesa: sempre que se encontra em um momento constrangedor, tenta se imaginar em um lugar feliz e que gostaria de estar, assim consegue seguir adiante.

Vale salientar que, um dos aprendizados trazidos do filme é mostrar a importância da atenção dos professores perante aos comportamentos dos alunos referente ao bullying. Sempre estarem atentos e relatar sobre as agressões verbais e físicas, mostrando que tais atos não deverão ser tolerados. A imagem do professor precisa ser acolhedora, transmitindo aos seus alunos que além de ensinar, ele está apto a ouvi-los e ajuda-los. É de suma importância promover atividades, juntamente com toda escola, sobre a gravidade do bullying e o valor da inclusão, sempre levando à tona os impactos causados e as respectivas soluções.

Outro ponto é como saber lidar caso algo da natureza for constatado, o filme mostra o momento que o diretor convoca os pais do Julian (que faz comparações do Auggie com o Darth Sidious, entre outras coisas), após conversas, é perceptivo que os pais do Julian não dão bons exemplos de como o bullying é prejudicial. É importante um vínculo familiar com a escola para que, juntos possam cessar esse problema.

Enfim, o filme mostra que todos tem problemas e que cada um deve enfrentar de sua forma, da maneira que se sinta melhor, não é o certo julgar qual o problema maior. Devemos dar mais atenção as pessoas, ouvi-las com mais frequência e ajuda-las, é de suma importância ter empatia com o outro, que todo mundo tem um lado lindo para mostrar, que vai além de suas aparências físicas. Trata-se de um filme maravilhoso e que todas as pessoas que trabalham na educação deveriam assistir e se conscientizar de que combater esse problema é um trabalho coletivo através de campanhas, atividades, palestras e afins.