A Reinvenção dos Corpos: Por Uma Pedagogia da Complexidade

A reinvenção dos corpos : Por uma Pedagogia da complexidade

(Analise Pessoal)

O autor ressalta a complexidade e desafio que tem sido, dentro da atua pedagogia (tradicional), o trabalhar o corpo dentro de sala de aula. E um dos pontos principais pra mim é a visão do corpo como um receptáculo de um cérebro. Me inquieta a ideia das atividades de educação física, movimento e expressão corporal serem vistos, por muitos, como, tão somente, atividade recreativa, ignorando a importância do conhecimento e consciência corporal para um crescimento cognitivo e de conhecimento pessoal, politico e por que não dizer cientifico.

Concordo com o texto quando diz que “é necessário reivindicar o lugar dos corpos na escola”, pois o mesmo apresenta exemplos de como o estudante é notado primordialmente como um “cérebro num barril”, limitando-o pura e simplesmente a um ser de exclusiva pratica racional. O corpo é visto por alguns como um transportador do núcleo pensante, de raciocínio e conhecimento (quase uma máquina).

Assim como o artigo não tenho dúvidas que um sistema educativo que incorpore atividades de corpo e movimento nas salas de aula, e fora delas, formam crianças e adolescentes emocional e socialmente mais equilibrados e encaminhados a um formação plena, como ser humano.

Se pensarmos a história da educação veremos as linguagens de corpo e movimento trabalhando sempre em parceria com as demais ciências, chegaremos as músicas, danças/ginástica e teatro como uma das principais foras de transmissão de conhecimento e saberes na Grécia antiga. E pensando nesse sentido vejo mesmo com o desejo de aplicação, prática, da PAIDEIA a realidade é outra, e limita as praticas corporais como atividades recreativas e sem grande peso na construção do caráter e conhecimento pleno dos estudantes.

As práticas corporais inseridas as atividades em sala de aula proporcionam ao estudante a liberdade que ele precisa para se descobrir como indivíduo, ser pensante e atuante dentro da sociedade civil e política.

Vejo como necessário a liberdade corporal para assim chegar a compreensão do seu lugar como cidadão de corpo vívido, presente e ativo.