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A Sociedade Brasileira em Transição

Por:   •  22/6/2023  •  Resenha  •  1.361 Palavras (6 Páginas)  •  144 Visualizações

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Educação como prática da liberdade

Paulo Freire

Capítulo 1: A Sociedade Brasileira em Transição

No primeiro capítulo, Paulo Freire apresenta sua reflexão sobre as forças políticas que brigavam pelo poder no início da década de 1960, expressando no princípio suas suposições filosóficas. Ele estabelece sua filosofia de caráter existencial, para ele existir ultrapassa viver, porque é mais do que estar no mundo, é estar nele e com ele, o existir é individual. Discernir, dialogar são domínios do existir. Transmitindo a experiência adquirida e integrando-se às condições de seu contexto, lança-se o homem em um domínio que lhe é exclusivo o da História e o da Cultura.

O autor compreende que integração não é acomodação, ela resulta da capacidade de ajustar-se à realidade ampliando a possibilidade de transformá-la, o homem integrado é um homem Sujeito, a adaptação é um conceito passivo. Criando, recriando e decidindo é que o homem vai contribuindo das épocas históricas.

Porém na opinião de Paulo Freire o que se percebe, dia a dia, é o homem diminuído e retrógado, comandado pelas fantasias que forças sociais criam para ele. Um homem com medo, com receio a convivência e até duvidando da sua potencialidade, o “medo da liberdade”.

Segundo o autor o Brasil vivia um tempo de trânsito, ou seja, a passagem de uma época para outra, Paulo Freire afirma que o ponto de partida para esse trânsito foi à sociedade fechada, comandada por um mercado externo, assim seu povo possuía elevados índices de analfabetismo. Para ele esta avaliação fragmentou-se, as forças que estavam em disputa eram adversas, provocando assim no brasileiro o aparecimento de atitudes optativas com tendência de radicalização na opção.

Capítulo 2: Sociedade Fechada e Inexperiência Democrática

No segundo capítulo, ele relembra a história e as características do Brasil no período colonial e na fase do Império, mostrando a inexistência da participação popular durante a passagem para a República. Paulo Freire diz não ser possível entender nem a transição com seus avanços e retrocessos, nem entender o seu sentido enunciador, sem uma visão de ontem.

Esse período foi marcado pelo poder exagerado, associado a submissão. Submissão de que decorria ajustamento, acomodação e não integração, fazendo com que o homem se torne acomodado, seguindo as normas que lhe eram impostas.

Paulo Freire considera que a democracia antes de ser uma forma política, é uma forma de vida, caracterizada pela transitividade de consciência no comportamento do homem. O povo sempre ficava à margem dos acontecimentos.

Foi neste período que o Brasil começou seu grande impulso, começou aí um desenvolvimento grande da urbanização. O Brasil começava a encontrar-se consigo mesmo e seu povo iniciava as suas experiências de participação. Isso estava envolvido nos embates entre os velhos e os novos temas; a superação da inexperiência democrática por uma nova experiência a da participação.

Capítulo 3: Educação “Versus” Massificação

No terceiro capítulo, Paulo Freire crítica à educação tradicional que, naquela época, eram as praticas pedagógicas usadas nas escolas. Ele foca para a superação desta situação, demonstrando que acredita na pessoa humana e na sua capacidade de educar-se como sujeito histórico.

Aflito em encontrar uma resposta no campo da Pedagogia às condições da transição brasileira, O autor entendia que a contribuição a ser trazida pelo educador brasileiro à sua sociedade tinha que ser uma educação critica, uma educação que tentasse a passagem da transitividade ingênua à transitividade critica. Paulo Freire julga que seria necessária uma educação para a decisão, para a responsabilidade social e política, educação que o colocasse em dialogo permanente com o outro, pois a democracia exige mudança.

Paulo Freire evidencia que só de algum tempo para cá, vem-se sentindo a preocupação em identificar–se com a realidade do país, em caráter sistemático, é o clima da transição. A chance de uma intervenção pedagógica criticizadora estava posta, tendo como perspectiva a superação de posições reveladoras de descrença no educando, no seu poder de fazer, de trabalhar, de discutir. A democracia e a educação democrática se fundam ambas na crença no homem, na crença em que ele não só pode mas deve discutir os seus problemas, os do seu país, os do mundo, os do seu trabalho e o da própria democracia.

Capítulo 4: Educação e Conscientização

No quarto capítulo, Paulo Freire explica o Método de alfabetização de adultos. Menciona diversos exemplos dessa experiência no Brasil, sendo que o Plano elaborado no governo Goulart, em 1964, indicava a implementação de 20 mil Círculos de Cultura em todo o país. O golpe militar bloqueou a continuidade do método no território brasileiro, porém, no exílio, Paulo Freire estabelece trabalhos da mesma natureza em diversos países.

O autor nos mostra que na década de 1960, no Brasil, a quantidade de crianças em idade escolar, sem escola, aproximava-se de 4.000.000, e o de analfabetos, a partir da faixa etária de 14 anos, 16.000.000.

Freire diz que há mais de 15 anos a equipe em que participava da pesquisa vinha acumulando experiência no campo da educação de adultos. Os professores deste circulo

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