A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM PEDAGOGIA
Por: FIAT96 • 31/3/2016 • Relatório de pesquisa • 493 Palavras (2 Páginas) • 316 Visualizações
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Segundo Ferdinand Sassure, a linguagem ( língua + fala) , tem um lado individual e um lado social.
O lado social, Saussure chama de língua, é uma linguagem homogênea e pertence a todos falantes de uma determinada comunidade linguística, e o lado individual chama de fala, é diversificada e heteregênea.
“ A língua portuguesa falada no Brasil, apresenta uma unidade surpreendente” (Bagno,2005), que para Bagno é o mais sério dos oito mitos que ele descreve, uma vez que não é reconhecida a diversidade linguística no Brasil, e as pessoas sofrem discriminações, a escola tenta impor sua norma linguística como a única a ser usada.
São realizados no Brasil , projetos para analisar as variedades linguísticas, de diversas comunidades linguísticas.
A sociolinguística que nasceu em 1960 com o modelo de pesquisa de Wilhiam Labov (Tarallo, 1997), vem contribuir para a compreensão da língua através de relacionamentos sociais, essas pesquisas demonstram os seguintes fatos linguísticos: as línguas servem para comunicação; estão estreitamente ligadas aos seus usuários; variam e mudam.
A língua, impõe-se ao indivíduo como elemento de organização social, ligada aos usuários dotados de inteligência, pertencentes a uma cultura, capazs de alterar a língua , enquanto a fala faz com que a língua varie, evolua e se modifique.
No Brasil existe um grande número de variedades linguísticas, é um país que possui um repertório verbal riquíssimo.
A variação linguística ocorre em todos os níveis da língua: lexical; fonético; morfológico; sintático e até pragmático, que podem estar ligadas aos fatores geográficos , sociais, sócio culturais e de contexto.
A variação fonética é a que caracteriza os diversos sotaques existentes no Brasil.
As variações linguísticas podem ser entendidas, por meio de variação história ou variação regional. Nem todas as variações linguísticas têm o mesmo prestígio social no Brasil. Basta lembrar de algumas variações usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou regiões, para perceber que há preconceito em relação a elas.
O preconceito linguístico nada mais é do que um preconceito social que distingue e separa classes sociais, estigmatizando ou prestigiando falantes da língua portuguesa brasileira
A influência que a língua tem sobre a nossa vida é muito clara. O modo de falar pode dizer de onde o falante vem e até a classe social que ele está inserido.
O preconceito lingüístico pode desestruturar uma pessoa socialmente pois o simples ato de ironizar o erro de uma pessoa acaba cercando o aluno com o medo do erro, o que pode acabar prejudicando o seu desempenho escolar.
O papel da escola é proporcionar diversos conhecimentos e aprendizagens, visando propiciar um ensino de qualidade a todos, respeitando os conhecimentos que cada um traz consigo e ampliando esses conhecimentos. Valorizar somente a língua padrão faz com que a sala de aula deixe de ser um espaço de comunicação e interação, onde todos expressam seus conhecimentos, e passa a ser um cenário de correção e repressão.
Segundo Bagno, 2001, p.36, “menosprezar, rebaixar, ridicularizar a língua ou a
variedade da língua empregada por um ser humano equivale a menosprezá-lo,
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