A importância da família e da inclusão escolar do autista
Por: Faveni • 24/8/2019 • Projeto de pesquisa • 1.835 Palavras (8 Páginas) • 265 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
DAIANY VIEIRA MONTIJO
RU 1816801
1 TEMA
A importância da família e da inclusão escolar do autista.
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Será desenvolvida uma pesquisa sobre o autismo infantil, destacando o papel da família na inclusão social e escolar da criança.
2 PROBLEMATIZAÇÃO
Qual a importância da família no desenvolvimento da criança autista e qual a melhor forma de interação?
3 JUSTIFICATIVA
É na família que seres humanos recebem os primeiros manifestos de afeto, carinho, informações e exemplos para uma formação da identidade e experiência de vida.
Falar em família é rememorar a identidade e o espaço mais íntimo da existência. Através da família crianças e adultos experimentam o amor verdadeiro e incondicional.
Incondicional a qualquer obstáculo que venha enfrentar como diagnostico de uma síndrome do espectro autista, sendo o melhor remédio para que o indivíduo especial tenha uma vida normal.
É essencial um ambiente familiar de afeto, de amor de união e de aceitação para o desenvolvimento das potencialidades e habilidades da criança que tem autismo.
As relações estimuladas e desenvolvidas em família vão se refletir em toda sua vida.
A escolha do tema é justificável para colaborar academicamente numa análise e reflexão sobre a relevância da família tanto no enfrentamento dessa doença como nos obstáculos para a inclusão social da criança autista na escola.
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste artigo é o de analisar e refletir sobre a importância da família e da inclusão escolar do autista, contribuindo para disseminar um conhecimento acadêmico atualizado sobre o tema.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Considera-se como objetivos específicos desta pesquisa: aspectos conceituais sobre o autismo que é tecnicamente conhecido como Transtorno do Espectro do Autista (diagnóstico, sintomas, tratamento e legislação sobre o TEA); os desafios da inclusão e o papel da família e do professor nesse processo.
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O termo “autista” origina-se do termo grego “autós”, que significa “de si mesmo”. Foi empregado pela primeira vez pelo psiquiatra suíço Bleuler, em 1911, que buscava descrever a fuga da realidade dos pacientes acometidos de esquizofrenia.
O transtorno do espectro autista engloba transtornos antes chamados de autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e transtorno de Asperger. (APA et al., 2014).
Conforme Assumpção e Pimentel (2000), o tratamento do autismo é feito por meio de intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação. Recomenda-se que uma equipe multidisciplinar avalie e proponha intervenções, mas é necessário que essas apresentem embasamento científico e contribuam para que haja evoluções da parte de quem as recebe.
Cada vez mais os professores encontram crianças autistas incluídas nas salas de aula e é preciso conhecimento e preparo para lidar com elas.
As crianças autistas apresentam um comportamento bem característico e com muitos pontos em comum, como rigidez na rotina e manifestar rituais não funcionais. Os autistas podem manifestar interesses em datas, itinerários ou horários; vinculação a objetos incomuns; estereotipias motoras. Podem também desenvolver outros problemas, tais como medos/fobias, perturbação do sono e alimentação, ataques de birra e agressão a si mesmo e a outras pessoas, alheamento do contexto externo, timidez, recusa em verbalizar, recusa em manter contato visual, entre outros. (GAUDERER, 1993).
A inclusão dos alunos autistas na escola exige que o conceito de inclusão seja embasado na análise dos aspectos geradores de sua necessidade e importância, ressaltando a plenitude do mesmo na sociedade. Precisa ir além da simples adaptação do espaço físico, até mesmo da adaptação das atividades escolares, ou do currículo escolar. (BORDIN, 2006).
5.1 As considerações da pedagogia a respeito do Transtorno do Espectro Autista
No que diz respeito à educação, em 1996 foi publicada a Lei nº 9394 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que em seu artigo 59 preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades. Já em 2008, foi publicada a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que determina o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, nas escolas regulares. (BRASIL, 1996).
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo afetivo entre quem cuida e é cuidado. (BRASIL, 1988, p. 25).
Para educar, é necessário que o educador crie condições significativas de aprendizagem, para alcançar o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, cognitivas e socioafetivas, sendo, fundamental que a formação da criança seja vista como um ato em crescimento, sempre sujeito a novas inserções, a novos recuos, a novas tentativas. (MELO, 2014).
A postura do professor em relação aos alunos portadores dessa síndrome é fator preponderante para o êxito dos mesmos. É necessário que o professor adote uma postura de igualdade, sem preconceitos e discriminações, respeitando as peculiaridades e potenciais inerentes a cada aluno.
Do mesmo modo, o ambiente escolar, especialmente a sala de aula, deve ser direcionado para estimular as diferentes inteligências e aprendizagens individuais. Assim, estará promovendo aprendizagem com qualidade a todos, não apenas aos alunos autistas.
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