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A Inclusão De Criança com Espectro autista no âmbito escolar

Por:   •  22/8/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.852 Palavras (20 Páginas)  •  495 Visualizações

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A inclusão das crianças com Espectro Autista no âmbito escolar

               Thais Carolynne da Cunha Gomes[1], Valéria Sena Carvalho[2]

Resumo

O transtorno do espectro do autismo (TEA) é uma síndrome comportamental cujos sinais indicativos são percebidos já nos primeiros anos da infância. Considerando o desenvolvimento como sensível de modo especial as primeiras experiencias da criança no ambiente, o diagnóstico e intervenções educacionais precoce são consensualmente indicadas na literatura como catalisadoras do desenvolvimento. A psicologia, portanto, pode auxiliar nesses assuntos em diferentes formas, inserido a reflexão sobre a inclusão de crianças com espectro autista no âmbito escolar. A partir disso, elaborou-se este trabalho com o objetivo de analisar e descrever como ocorre a inclusão de crianças com Transtorno Espectro Autista (TEA) na escola. Para tanto é necessária uma formação profissional voltada para as especificidades do transtorno que melhore a inclusão de crianças com TEA no ambiente escolar. Ainda que o aluno com transtorno autista esteja matriculado e frequente a escola regulamente, esse fato não garante seu desenvolvimento. É primordial que toda comunidade escolar esteja comprometida no processo de inclusão. A educação vem ser um direito de todos, colocar o aluno com autismo não é só proporcionar a vaga em uma escola, mas trabalhar sua capacidade e conceber oportunidades de progresso efetivo. Muitos são os preconceitos a serem levados, principalmente nos casos em que o transtorno autista é mais elevado. Além disso, sugere-se que a inclusão seja investigada de modo mais amplo, considerando além da presença do aluno na escola, a forma como ele está incluso, sendo aceito, aprendendo e sendo percebido no contexto exclusivo.

Palavras-chave: transtorno do espectro autista, inclusão escolar, crianças.

Título em inglês

Abstract

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Keywords:

  1. Introdução

O autismo vem sendo cada vez mais o foco de pesquisa na atualidade por ser um transtorno do desenvolvimento que retrata na pessoa durante toda a vida. Segundo Santos et al. (2014), a frequência do autismo na população está entre 0,7% a 1%, ou seja, para cada 10.000 crianças nascidas há 13 crianças autistas, no entanto, este percentual tende a crescer por inúmeras razões, dentre elas, a maior divulgação do autismo, a conscientização e habilidade no diagnóstico por parte da classe médica e a identificação precoce.

Seus sintomas estão associados a dificuldade de comunicação, dificuldade com interações sociais, interesses obsessivos e comportamentos repetitivos (APA, 2014). A educação é um direito de todos, colocar o aluno com autismo não é só proporcionar a vaga em uma escola, mas trabalhar sua capacidade e conceber oportunidades de progresso efetivo. Muitos são os preconceitos a serem levados, principalmente nos casos que em que o transtorno autista é mais elevado (LEMOS,2014).

De acordo com Zanata e Treviso (2016), a inclusão possibilita que a criança passe a desenvolver todas as suas capacidades, bem como um processo de socialização, comece a se preparar para enfrentar novos desafios e contribua para a diminuição da discriminação pelas diferenças. Ainda para os autores, para que se efetive a inclusão é preciso superar muitos desafios, a reestrutução do currículo escolar, e uma capacitação dos professores, para que estes saibam lidar de forma adequada com esses indivíduos, passando a contribuir de forma positiva e significativa em seu processo ensino-aprendizagem.

Segundo Teodoro, Godinho e Hachime (2016), o estado, a família, comunidade escolar e a sociedade de modo geral devem assegurar a qualquer pessoa com deficiência, neste caso especificamente as crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA) possa ter uma educação de qualidade desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. Para os autores, ter um ambiente acolhedor no espaço educativo, onde o aluno possa ter acesso livre, e algumas atitudes importantes devem ser tomadas ao receber alunos Transtorno do Espectro Autista na sala de aula regular, como por exemplo conhecer o aluno em suas especificidades.

Ainda que o aluno com transtorno autista esteja matriculado e frequente a escola regularmente, esse fato não garante seu desenvolvimento. É primordial que toda comunidade escolar esteja comprometida no processo de inclusão. A psicologia, portanto, pode auxiliar nesses assuntos em diferentes formas, inserido a reflexão sobre a inclusão de crianças com espectro autista no âmbito escolar.

Assim, as características da pessoa com autismo não podem ser motivos de desistência nos aspectos pessoal, educacional e profissional, é um desafio, e os primeiros passos a serem tomados é conhecer, acompanhar e buscar cada vez mais por melhores condições para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. O TEA não se concentra nas dificuldades, mas na ampliação de novos olhares, novas possibilidades de conhecimento, na compreensão do sujeito, enquanto ser social, buscando perspectivas de evolução.

Neste sentido, a presente pesquisa possui enquanto objetivo geral analisar e descrever como ocorre a inclusão de crianças com Transtorno Espectro Autista (TEA) na escola. Como meios para seu alcance, os objetivos específicos foram identificar comportamentos que ajudam na inclusão, comparar o padrão de desenvolvimento entre crianças bem inclusas e crianças com maior dificuldade de inclusão e analisar o comportamento das professoras frente à inclusão das crianças autistas com os demais.

  1. Metodologia

Levando em consideração os questionamentos propostos, bem como objetivo este presente estudo de analisar e descrever como ocorre a inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na escola, optou-se por realizar uma revisão sistemática da literatura de pesquisa sobre o tema. A busca textual acerca da temática foi coletada a partir das seguintes bases de dados nacionais: Scielo, Bireme, Biblioteca Digital Brasileira de Bases Brasileiras (BDTB).

Como descritores para a realização para busca de pesquisas, foram utilizados “transtorno do espectro autista”, “inclusão escolar”, “crianças”. O critério de inclusão abrangeu os estudos publicados entre 2012 e 2017, e que estavam disponíveis em língua portuguesa. Foram excluídos os materiais cujo a versão integral não estava disponível, assim como artigos de língua estrangeira.

Foram encontrados inicialmente 145 materiais, dos quais 70 tiveram seus resumos analisados por estarem relacionados ao tema desta pesquisa, para que os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos pudessem ser obedecidos. Destes, 18 publicações foram lidas integralmente e, por fim, selecionou-se um total de 11 estudos para compor a presente revisão, por atenderem diretamente aos objetivos deste estudo.

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