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A influência do sistema pombalino na história educacional do Brasil

Por:   •  5/9/2017  •  Dissertação  •  806 Palavras (4 Páginas)  •  320 Visualizações

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A influência do sistema pombalino na história educacional do Brasil

Se pesquisarmos pelos livros de história, podemos ver que a educação teve uma evolução lenta e complicada até chegar ao que conhecemos hoje. Passando de um direto exclusivo para homens nos séculos iniciais, até o direito para todos independe do sexo, classe social e idade nos dias de hoje, o ensino passou por uma reforma que marcou a historiografia da educação brasileira, sendo essa a reforma Pombalina.

A educação no Brasil foi trazida pelos padres jesuítas em meados de 1549. Inicialmente, tinha o objetivo de catequizar índios, porém com o passar do tempo foi se tornando algo exclusivo para a elite. Seus colégios proviam uma educação elementar para membros das classes abastadas, uma vez que era proibida a criação de universidades na colônia. Assim que esses homens terminassem seus estudos, deveriam ir para a metrópole Portugal, caso quisessem dar continuidades aos seus estudos.

E enquanto os homens brancos eram instruídos pelos padres e encorajados a frequentar as universidades, os índios e negros eram comercializados como objetos e designados para serviços braçais e indesejados, e as mulheres tinham como meta de vida serem mães e boas esposas com o único objetivo de agradar seu marido, sendo somente educadas para esses fins. Aulas de música, canto, bordado e boas maneiras eram o foco exigido para as mulheres daquela época; sendo completamente desnecessário conhecimentos sobre literatura, política e filosofia. 

Com a reforma de Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal, em meados de 1759, os padres Jesuítas foram expulsos e tiveram todos os seus bens confiscados ou destruídos. Porém, apesar da medida drástica em relação ao sistema católico, o ensino não teve alteração durante uma década, provocando um retrocesso na educação do país. Com a retirada do sistema católico de ensino, foi pensado que o ensino evoluiria e se diferenciaria, porém com a saída dos padres, o sistema foi negligenciado, sem ter qualquer órgão responsável para substituir ou melhorar o ensino já existente.

O sistema pombalino consistia no sistema de aulas régias e sob o comando real, os professores portugueses organizavam os planos de ensino baseados em estudos fragmentados, o que gerava professores completamente despreparados e leigos em relação a área de estudo ensinada, muito distantes do seu contexto educacional

baseados no sistema católico de ensino. Pombal também acrescentou a grade curricular aulas de latim, grego e retórica, aumentando o número de aulas. Contudo, aulas complementares eram dadas em escolas religiosas, seminários e aulas particulares, o que não dissolveu totalmente o ensino através de sistemas religioso criados pelos antigos padres professores.

Com a reforma educacional imposta por Pombal, a coroa portuguesa apontou que tanto a metrópole quanto a colônia necessitavam de atenção no âmbito educacional, decidindo então investir impostos conhecidos como subsídios literários para o desenvolvimento da educação no Brasil, que seriam direcionados para o pagamento de professores e compra de materiais para o ensino primário e secundário. Porém com a pouca quantidade de recursos, professores com um conhecimento elevado evitavam os cargos dados pelo império, devido à baixa remuneração e falta de estimulo para o aperfeiçoamento de conhecimentos, deixando as vagas ocupadas por leigos com nível baixo de conhecimento e aptidão.

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