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AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Por:   •  11/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  843 Palavras (4 Páginas)  •  223 Visualizações

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POLO [pic 1]

 

São José (SC)

 

 

 

 

2017

      Até pouco tempo, o termo "dificuldades de aprendizagem" não era utilizado para definir desde uma desatenção por parte do aluno, até um sentimento de desconforto e falta de motivação pelas atividades escolares, o que muitas vezes levam a afetar seu desempenho, gerando um sentimento de incapacidade, frustração e autoestima baixa. 

       O docente, na maioria das vezes, é o que primeiro percebe e identifica esses processos, mas como não possui formação específica para um diagnóstico, limita-se além da observação, aplicar intervenções pedagógicas diferenciadas para o aluno que se encontra numa situação de quase abandono. 

      É necessário que o professor conte com a colaboração da gestão escolar, pois a escola deveria estar constantemente engajada com a comunidade e a família do aluno, buscando sempre informações relevantes quanto as condições, relações e vivências dele e por ser a escola, o agente socializador intermediário, entre a criança e a sociedade, visto que ela transita nessas diferentes esferas sociais e ainda não é um ser autônomo e capaz de decisões próprias. Mas, é através de suas atitudes e comportamentos que as questões emocionais irão se revelar e a partir delas que as dificuldades de aprendizagem se tornarão mais evidentes, para tanto, não podem ser de modo superficial analisadas, contribuindo assim, para maiores problemas à criança. 

  

      Sendo o professor um elemento fundamental nessas relações, cabe a ele promover um espaço acolhedor onde o aluno exponha seus sentimentos e opiniões, assim como atentar para suas limitações e angústias, que muitas vezes se originam em seu ambiente familiar. 

      O que se crê, quase que de forma generalizada, é que o fracasso ou bom desempenho do aluno é resultado da dinâmica familiar ou que a escola é totalmente responsável pela educação, e dessa forma a culpabilidade torna-se mutuamente errônea. Tanto a escola, quanto a família, devem cumprir com as suas responsabilidades.

      Quem se responsabiliza pelas crianças que estão na escola e não estão aprendendo? A escola é realmente inclusiva, ou só contempla aquele aluno que alcança todos os critérios de "atingir plenamente os objetivos do conteúdo"? 

 

      A responsabilidade é conjunta entre a escola, a família e o Estado. Por muitos anos, a escolarização no Brasil enfrentou a repetência massiva e hoje temos uma certa aceitação institucional do fenômeno da não retenção e a generosa promoção automática, promovendo uma divisão de classes onde uns apreenderam os conteúdos e os outros engrossarão o número de analfabetos que chegarão as quartas e quintas séries.

 

      Então, enfrentamos, como em todos os grandes movimentos de mudança, equívocos que, se não forem percebidos, atrasarão o avanço da tentativa de promover uma educação eficiente e de boa qualidade para todos.

 

      Cabe também aos professores fazer a autocrítica pois, se o aluno não aprende, é porque pode haver falhas de sua parte e reavaliando suas práticas, conduzir-se à reflexões mais éticas sobre seus deveres e dilemas como orientador de aprendizagem; compensar dificuldades, sejam elas materiais ou suas próprias, tornando possível o que essa profissão lhe coloca com suas mazelas e recorrentes resultados desanimadores. 

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