AS EXPRESSÕES E IMPRESSÕES DO ESTÁGIO II REESTRUTURADO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
Por: Claudiane Chefer • 29/6/2020 • Trabalho acadêmico • 2.492 Palavras (10 Páginas) • 4.305 Visualizações
EXPRESSÕES E IMPRESSÕES DO ESTÁGIO II REESTRUTURADO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
Autor: Maria Angela Arceni Chefer[1]
Tutor externo: Fabiana dos Santos[2]
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (FLX1009) – Estágio Curricular Obrigatório II
17/06/2020
RESUMO
Em tempos de Pandemia por conta do Corona vírus, o estagio obrigatório II: Ensino Fundamental anos iniciais teve que ser reestruturado. Neste novo modelo, realizamos a construção de um pré-projeto, da observação virtual, a construção de um projeto de extensão e a produção de um produto virtual. Para o desenvolvimento do estágio optamos pelo tema “A Arte e seu papel como promotora de inclusão”, contido no programa de “Acessibilidade e inclusão educacional” da área de concentração em “Práticas pedagógicas inclusivas”. Buscamos construir o projeto de extensão e o produto virtual, uma cartilha digital, sobre as ações e exposições de Arte inclusivas desenvolvidas na Pinacoteca de São Paulo para pessoas com cegueira e baixa visão. Deste modo, o estágio supervisionado constituiu uma etapa imprescindível em nossa formação como professor pedagogo, tendo fundamental importância para a construção das identidades do ser professor. Contudo entendemos que em tempos críticos de Pandemia e isolamento social, o estagio obrigatório foi realizado via internet e mídias digitais. A partir dessa experiência, podemos compreender a importância do contato e do colocar teoria e prática no chão da escola. Neste contexto, sentimos uma imensa lacuna tanto na aprendizagem, socialização, experienciação, quanto na formação como professor pedagogo. Apesar dessa triste realidade, a produção do projeto de extensão e da cartilha pôde contribuir para o entendimento da arte como agente de inclusão e para reconhecer a importância das instituições de ensino não formais, como os Museus, para a formação e inclusão desses estudantes.
Palavras-chave: Arte. Educação Inclusiva. Estágio obrigatório.
1 INTRODUÇÃO
Em tempos de Pandemia e isolamento social por conta do Corona vírus causador da doença infecciosa COVID-19, o estagio obrigatório para Ensino Fundamental anos iniciais teve que ser reestruturado. Neste modelo adaptado a esta crítica situação, realizamos a construção de um pré-projeto, a observação virtual, a construção de um projeto de extensão e a produção de um produto virtual.
Para embasar o Estágio escolhemos o tema “A Arte e seu papel como promotora de inclusão”, contido no programa de “Acessibilidade e inclusão educacional” da área de concentração em “Práticas pedagógicas inclusivas”. Neste contexto, escolhemos estudar e apresentar no produto virtual, uma cartilha, as atividades artísticas inclusivas realizadas em espaços não formais de ensino, buscando retratar aquelas promovidas na Pinacoteca de São Paulo para a inclusão e acessibilidade de pessoas com cegueira e baixa visão.
Localizada no Parque da Luz, a Pinacoteca faz parte de um polo cultural local que compreende cinco museus e uma sala de concertos. Tendo como base a inclusão, este museu conta com um Núcleo de Ação Educativa, que promove programas educativos inclusivos, com o objetivo garantir o acesso à arte para pessoas com deficiências por meio da acessibilidade física e sensorial aos espaços expositivos e obras do acervo da Pinacoteca.
Organizamos este paper em três tópicos principais, o primeiro busca delinear os objetivos, a área de concentração, a fundamentação teórica sobre Arte e Inclusão, bem como apresenta algumas informações sobre o trabalho inclusivo e a acessibilidade promovida pela Pinacoteca. O segundo diz respeito às vivências de estágio, onde buscamos apontar as etapas e atividades desenvolvidas. Já no terceiro tópico nos dedicamos às impressões do estágio, buscamos refletir sobre as contribuições que o estágio pôde oferecer para nossa formação docente. Vale ressaltar que na seção “Anexos” apresentamos via colagem, a cartilha produzida como produto virtual sobre as obras de arte inclusivas e as exposições artísticas acessíveis promovidas pela Pinacoteca.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
No atual contexto da sociedade, somos constantemente alertados sobre a necessidade de buscarmos a construção de uma educação transformadora fundamentada, principalmente, nos preceitos do paradigma educacional inclusivo. A Educação inclusiva busca promover um ensino para o exercício da cidadania, procura fundamentar valores de solidariedade, fraternidade e de respeito às diferenças e às singularidades de cada estudante, independente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural (STAINBACK; STAINBACK, 1999; SIEGEL, 2005).
Segundo Sanches (2005) o processo de inclusão acontece somente se forem construídas e efetivadas estratégias e práticas distintas das que comumente são utilizadas no contexto educacional. Neste cenário, os profissionais da educação têm buscado estratégias de ensino inclusivas mediadas pelas mais diversas áreas do conhecimento, dentre estas a Arte se apresenta como um campo em potencial para promover a inclusão de crianças com necessidades ou deficiência nos ambientes educacionais.
Para Casarin e Castanho (2016) a linguagem artística pode favorecer o desenvolvimento desses estudantes, já que por meio dela, podem expressar seus conteúdos internos e transmitir suas representações de mundo. Deste modo, a Arte favorece a exteriorização dos sentimentos, o que contribui para a construção de conhecimentos e para o desenvolvimento de interações sociais. Tudo isto, produz na criança efeitos positivos na autoestima e autoconfiança, favorecendo seu desenvolvimento global (SALGADO; SANTOS, 2012).
Instituições de educação não formal[3], como os Museus, podem oferecer atividades artísticas inclusivas e acessibilidade para pessoas com necessidades especiais ou com algum tipo de deficiência. Um exemplo de Museu inclusivo é a Pinacoteca de São Paulo, localizada no Parque da Luz e fundada em 1905, é considerada o mais antigo museu de arte do estado de São Paulo e faz parte de um polo cultural local que compreende cinco museus e uma sala de concertos.
Tendo como base a inclusão, a Pinacoteca conta com um Núcleo de Ação Educativa, que promove programas educativos inclusivos, com o objetivo garantir o acesso à arte para pessoas com deficiências sensoriais, físicas e intelectuais por meio da acessibilidade aos espaços expositivos e obras do acervo da Pinacoteca. Neste contexto, buscamos construir uma cartilha virtual sobre a acessibilidade e as exposições de Arte inclusivas promovidas pela Pinacoteca de São Paulo desevolvidas para deficientes visuais. Procuramos também compreender o papel da arte e dos espaços não formais de ensino como lócus de inclusão para pessoas com cegueira ou baixa visão.
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