AVALIAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO PROCESSO REGULAR DE ENSINO DO COLÉGIO MUNICIPAL MARCELINO JOSÉ SOARES SANTA CRUZ CABRÁLIA – BA: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM SOCIOINTERACIONISTA
Por: 211045 • 30/1/2016 • Artigo • 6.632 Palavras (27 Páginas) • 556 Visualizações
AVALIAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO PROCESSO REGULAR DE ENSINO DO COLÉGIO MUNICIPAL MARCELINO JOSÉ SOARES SANTA CRUZ CABRÁLIA – BA: UMA PROPOSTA DE
ABORDAGEM SOCIOINTERACIONISTA
Eliane Gonzaga Sobrinho[1]
Resumo: O contexto da Educação Especial no Brasil configura-se em um espaço cheio de questionamentos, interrogações e polêmicas, muitas ainda sem respostas. Num quadro específico como este, em que o aluno caracteriza-se por alterações na interação social, na comunicação e no comportamento, a relação professor-aluno será foco central na discussão acerca de como avaliar este aluno especial no ensino regular. Por esta razão, o presente estudo tem como objetivo revisitar a literatura utilizada na área da deficiência intelectual, com vistas a apresentar alternativas possíveis e passíveis de sucesso na proposta de provocação de um novo cenário nas relações pedagógicas da Escola “Marcelino José Soares” e, consequentemente, na evolução e inclusão desses alunos nesta escola. Os resultados sinalizam a necessidade de adoção de parâmetros e diretrizes estáveis e sistematizadas para o acompanhamento de sua aprendizagem. Nesta perspectiva, enquanto resultado das discussões, o presente trabalho observa as práticas já realizadas, aponta inadequações e propõe alternativas de registro exequíveis e passíveis de adoção pedagógica para o monitoramento mais científico e menos improvisado da aprendizagem das crianças autistas no contexto da educação regular, pautando-se na possibilidade real e concreta de intervenção adequada na Educação Especial em Santa Cruz Cabrália-BA.
Palavras-chave: Avaliação Educacional. Deficiência Intelectual. Inclusão em Santa Cruz Cabrália.
Abstract: The context of special education in Brazil is still an area full of questions, controversies, many still without answers. In a specific frame like this, in which the pupil is characterised by changes in social interaction, communication and behavior, the teacher-student relationships will be the central focus in the discussion about how to evaluate this special students in regular education. For this reason, this study aims to revisit the literature used in the area for Intellectual Disabilities, with views to present possible alternatives and likely success in provocative proposal of a new scenario in pedagogical relations in Marcelino José Soares School, and, consequently, the development and inclusion of these students at school. The results signal the need for adoption of parameters and stable guidelines and systematized for the monitoring of their learning. In this perspective, as a result of discussions, this work looks at the practices already held, points inadequacies and proposes alternatives practicable record and exchangeable pedagogical adoption for monitoring more scientific and less improvised learning of autistic children in the context of regular education, focusing on the real possibility and concrete appropriate intervention in Special Education in Santa Cruz Cabrália- BA.
Keywords: Educational Assessment. Intellectual Disabilities. Inclusion in Santa Cruz Cabrália.
Introdução
Levando em consideração que a escola, em sua primordial função de agente no processo de integração do aluno ao meio social, objetiva a formação de cidadãos conscientes e ativos, proporcionada por uma educação voltada para a autonomia intelectual, o fortalecimento do pensamento crítico e o comportamento ético compreende-se que esta perspectiva de educação prioriza, em suas práticas, propostas que buscam, em atividades de interação, a cooperação, a interdependência, a partilha de interesses, objetivos e a troca de ajuda entre os participantes da comunidade escolar, nunca isolando ou excluindo nenhum deles na busca de favorecer a formação de indivíduos solidários, altruístas, dignos, éticos, respeitadores do próximo e de si mesmos.
Por este prisma, na proposta de inclusão, este papel acentua-se no cenário educacional.
Tendo em vista o direito de cada criança à educação, proclamado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, se faz urgente à inclusão social que atenda a todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Mesmo porque qualquer pessoa, com necessidades educacionais especiais ou não, tem direito de expressar seus desejos, e buscar conquistá-los.
Embora se perceba atualmente a coexistência dos diferentes modelos estruturais de atendimento a pessoas com necessidades educacionais especiais, é fundamental conhecer e aplicar corretamente o paradigma da inclusão que se constitui num desafio e implica sérias e urgentes mudanças de postura, desde a estrutura escolar até a estrutura da sociedade como um todo.
Enquanto no paradigma da integração busca-se, por meio de escolas especiais, entidades assistenciais e centros de reabilitação, a inserção do indivíduo no convívio social modificando-o, quando possível, para que ele possa se assemelhar ao máximo às demais pessoas com as quais convive, marginalizando-o e desrespeitando-o em suas diferenças, o paradigma da inclusão pressupõe a adequação de toda a sociedade que deve se organizar para garantir a todos os cidadãos todos os direitos que a legislação lhes confere.
Nesta perspectiva, não é a pessoa com necessidades educacionais especiais que deve tentar se igualar ao indivíduo dito “normal” para que possa conviver em sociedade e usufruir de seus direitos, mas a sociedade é que deve formular estratégias e instrumentos que garantam a esta população, o acesso direto e imediato a todos os recursos da comunidade, disponibilizando suportes de natureza social, econômica, física e instrumental.
Vencer a exclusão social é um desafio que em muito depende da escola e, é claro, de forma especial os professores que devem se preparar para atuar numa escola inclusiva onde os alunos aprendam a conviver com a diferença e se tornem cidadãos solidários. E, para que isso se torne realidade, deve-se não apenas criar condições para que as PNEE – Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais – interajam no meio, mas também fornecer-lhes os suportes necessários ao seu desenvolvimento e atuação como cidadãos; ação possível somente quando se incorporam os princípios de uma pedagogia forte que beneficie, sem distinção, a todas as crianças, assumindo que as diferenças humanas são normais e que o processo educacional deve ser adaptado à criança em respeito ao seu ritmo e suas diversas características, reduzindo, inclusive, o índice de desistência e repetência escolar.
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