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Alfabetização, Leitura e Escrita

Por:   •  4/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.290 Palavras (6 Páginas)  •  332 Visualizações

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Disciplina: Alfabetização, Leitura e Escrita

Lorena Mendes

Thais Atty

Débora Ferreira

                   

Seminário sobre Práticas Educativas

apresentado dia 15/06/2015,

como parte da nota

 de avaliação da matéria.

Rio de Janeiro, 2015.

        1.        RELATOS DA ENTREVISTA.

        

        A educadora entrevistada foi a Ana Paula do ISERJ, professora da Educação Infantil. Quando perguntada sobre algum (s) método (s) de ensino, ela diz não seguir nenhum método específico. Apesar de contar-nos que aprendeu, com grande influência, a trabalhar com o método tradicional, ela afirma ter muitas outras bases de prática e que faz muitos anos que abandonou o ensino puramente tradicional. Para ela, o que mais importa no processo de ensino-aprendizagem é a aproximação da perspectiva do professor com a do aluno.

        Em sua narrativa, ela cita alguns autores que influenciam sua atuação, tais como: Emília Ferreiro (construtivismo*); Vygostsy (sociointeracionismo*); Paulo Freire (socialista*) e Smolka (discursivo*). Então, afirma que não é bom se trabalhar com apenas um olhar, mas através de vários olhares que por fim oferecem mais ampla e clara visão para seu exercício.

        Alguns exemplos de trabalhos que já aconteceram em sua sala de aula, foram surgindo na conversa, como a união da teoria com a prática através de uma ida ao cinema, por exemplo, onde no dia seguinte os alunos faziam uma análise do filme, juntamente com a professora e criavam três desenhos: um representando o começo do filme, outro o meio e no terceiro o final do filme. Com esses relatos desenhados, era então sugerido que os registrassem também por escrito. Assim ela descreveu a junção: passeio+discussão+produção= trabalho completo e significativo.

        A professora afirma que nem todas as coisas são pautadas pela discussão. Pois existe também um planejamento anual para cada ano escolar. Para ela, o segundo ano é onde se aprende a escrever “e bem!”, pois é a fase de alfabetização da criança. Entretanto, ela faz algumas adaptações em seu planejamento de acordo com a turma que está trabalhando. Ela diz “propor ideias para as crianças”, mas trabalhar em conjunto. Acredita numa alfabetização “brincante”, onde esta se dê de forma mais natural possível, e defende a ideia de que a contação de histórias, o sentar-se em roda, o brincar, a música e a interação não devem acabar nunca, pois “a escrita entra de forma diferente em cada sujeito.”

*As ênfases nos autores citados foram dadas pela professora em seu relato.

2.        INFLUÊNCIAS AUTORAIS

2.1 PAULO FREIRE

O método Paulo freire de alfabetização é composto em quatro passos, porém antes de apresentá-los é necessário conceituar palavra geradora que são palavras-chave extraídas do universo vocabular dos alunos.

  • Codificação (decifração de sinais gráficos): nesta etapa, o professor questiona o aluno estimulando que ele reflita criticamente sobre o tema que está sendo trabalhado. São usadas letras de músicas, poesia ou reportagem de jornal ou televisão.

  • Descodificação: Tem o início o primeiro passo da alfabetização linguística. O professor explora a leitura do alfabeto de diversas formas (na ordem, de trás pra frente, do meio pro início, entre outros) e a criança passa a compreender e memorizar qual letra representa determinado som.
  • Análise e Síntese: Acontece então a análise da palavra geradora, aquela que,quando descodificada,gera novas palavras e significados. O aluno será convidado a ir a lousa para formar novas palavras, circulando sílabas que compõe a palavra e mostrando a seus colegas. Esse passo objetiva levar o aluno a  entender o processo de composição/decomposição e os significados das palavras, por meio da leitura e da escrita.
  • Fixação de Leitura e Escrita: Este passo faz a revisão da análise das sílabas da palavra e apresentação de suas famílias silábicas para, através da ficha de descoberta, formar novas palavras com significado e para composição de frases e textos, com leitura e escrita significativas.

2.2                 EMÍLIA FERREIRO e ANA TEBEROSKY

        Para Emília Ferreiro e Ana Teberosky, as crianças elaboram conhecimentos sobre a leitura e escrita, passando por diferentes hipóteses – espontâneas e provisórias – até se apropriar de toda a complexidade da língua escrita. Tais hipóteses, baseadas em conhecimentos prévios, assimilações e generalizações, dependem das interações delas com seus pares e com os materiais escritos que circulam socialmente. Para a Teoria da Psicogênese, toda criança passa por níveis estruturais da linguagem escrita até que se aproprie da complexidade do sistema alfabético. São eles: o pré-silábico, o silábico, que se divide em silábico-alfabético, e o alfabético Tais níveis são caracterizados por esquemas conceituais que não são simples reproduções das informações recebidas do meio, ao contrário, são processos construtivos onde a criança leva em conta parte da informação recebida e introduz sempre algo subjetivo. É importante salientar que a passagem de um nível para o outro é gradual e depende muito das intervenções feitas pelo/a professor/a.

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