Analise Fílmica: Escritores da Liberdade
Por: lucasferraz • 14/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.225 Palavras (5 Páginas) • 1.467 Visualizações
Disciplina: Fundamentos psicológicos da educação
Analise fílmica:
Escritores da Liberdade
Pelotas, 08 de Junho de 2016
Introdução
Nesse trabalho foi proposto fazer uma análise de um filme para desenvolver algumas teorias da disciplina Fundamentos psicológicos da educação, neste caso eu escolhi trabalhar em cima do filme Escritores da Liberdade, particularmente é uma obra que me agrada por sua abordagem didática e humanista, o surpreendente deste filme não é somente o fato de ser baseado em fatos reais, mas a profundidade da reflexão que nos remete a história da educadora que fez a diferença. As teorias utilizadas nesse trabalho são: teoria da Epistemologia Genética de Piaget, mais especificamente o 4º estagio do Operatório Formal, e a teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson, no 5º estagio da adolescência.
No filme escritores da liberdade, uma professora do 1º ano do ensino médio começa a lecionar em uma escola de periferia, com uma turma composta por adolescentes problemáticos que tiveram um crescimento frustrado e acompanhado pelo medo, vivendo num bairro pobre conhecido pelos conflitos entre gangues subdivididas por suas respectivas etnias.
Inicialmente temos uma professora muito motivada, que está disposta a fazer a diferença no meio onde os alunos estão desacreditados, foram abandonados pelo sistema e não tem um parâmetro a seguir, sem apoio da própria escola, instituição essa que exclui os alunos pelo contexto do qual fazem parte, separando assim os supostos "alunos modelo" dos demais por preconceito, porém ela ainda se empenha fortemente, indo contra as instruções da direção mesmo com dificuldades, porque acredita em seus alunos e está disposta a ajuda-los a se encontrarem no caminho de volta a verdadeira aprendizagem, trazendo esperança a eles.
A partir do momento em que uma caricatura desenhada pelos alunos com o objetivo de humilhar um dos estudantes negros chega até as mãos da professora, ela faz uma conexão com as caricaturas dos judeus da época do holocausto criando um paralelo com o contexto racial da atualidade desses jovens, assim desenvolve um projeto que parte da realidade de cada aluno, se expressando por meio da escrita de diários contando suas trajetórias existenciais. E é ai que ela encontra algo em que se apoiar, e a partir disso começa a desenvolver um método bem sucedido, usando o contexto de suas vidas e perspectivas para criar uma relação com as aulas.
Primeiro ela distribui cadernos aos alunos e através de métodos alternativos os incentiva a escrever sobre suas vidas, supervisionando e acompanhando os trabalhos de forma visual deixando bem claro que manteria suas histórias privadas, apenas leria o conteúdo se assim o desejassem, desta forma mantendo a confiança o que os permitiria escrever com sinceridade, criando assim uma integração entre a turma, os avaliando através do projeto como um todo, pela escrita, participação, leitura e desenvolvimento pessoal. Ao final ela permite que seus alunos se auto avaliem dando-os a percepção de seu crescimento, dando a chance de reconhecerem sua própria evolução, e mais, unificando as histórias é capaz de amplificar a força de seu trabalho duro, com a criação de um livro original como resultado.
Na teoria da Epistemologia Genética de Piaget, a partir do 4º estagio, sendo esse o do Operatório formal (12 anos em diante), o adolescente passa a buscar hipóteses gerais que possam explicar os fatos ocorridos perante a eles, e além disso, manifesta um tipo de egocentrismo, pois acredita estar sempre certo em suas opiniões, atribuindo grande poder ao seu pensamento.
Os conceitos que Piaget utiliza nas definições dos estágios, como o egocentrismo, são relevantes para a compreensão das atitudes dos adolescentes no seu crescimento, pois ajuda os educadores a tomarem uma iniciativa que tente fazer o indivíduo aprender algo sem precisar usar de sua autoridade. Um adolescente, por exemplo, que está muito revoltado, querendo fazer somente a sua vontade pode ser tratado com um pouco mais de paciência para educá-lo, já que essa situação de rebeldia faz parte de sua natureza o que é muito comum nessa fase.
A afetividade no desenvolvimento da inteligência também é de extrema importância e um conceito que auxilia bastante para o ensino escolar. Através da afetividade é possível descobrir as necessidades dos alunos e, portanto, despertar o interesse para aprendizagem a partir do que eles estão precisando. Inclusive é exatamente desse método que a professora usa no filme “Escritores da Liberdade”, onde os alunos só se interessaram
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