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Artigo Científico – Produção Didática I

Por:   •  5/5/2018  •  Artigo  •  1.600 Palavras (7 Páginas)  •  193 Visualizações

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UNIPAN – UNIÃO PANAMERICANA DE ENSINO

Curso de Especialização – Docência no Ensino Superior

Disciplina: Docência, Ética e Trabalho Educativo

Discente: Fabiana Silveira

Artigo Científico – Produção Didática I

        Com base nos temas estudados (Docência, Ética e Trabalho Educativo), na primeira etapa do curso de especialização  (Docência no Ensino Superior), estarei aqui, relatando a experiência vivida em 10 h/aulas, onde observei vários pontos, tanto fracos quanto fortes, de um docente em atividade e o reflexo das turmas dirigidas por ele.

        “É interessante analisar a relação entre inovação educativa e profissão docente. Entendida como pesquisa educativa na prática, a inovação requer novas e velhas concepções pedagógicas e uma nova cultura profissional, forjada nos valores da colaboração e do progresso social, considerado como transformação educativa e social”. (IMBERNÓN, Francisco – Formação Docente e Profissional – pág. 19)

        

        A partir do fragmento acima citado, poderemos ter uma idéia mais definida do ponto de vista utilizado para a devida observação.

O método de observação utilizado foi observação direta natural, que segundo MATTAR (Pesquisa de Marketing – 2001), a observação direta e natural compreende em observar o comportamento ou fato no momento da sua ocorrência, no ambiente natural em que ocorre.

Docência

        “Na relação aluno/professor, portanto, não está presente apenas o caráter acadêmico e de transmissão de conhecimentos, mas algo muito mais profundo, que envolve as características psíquicas de ambas as partes”. (VOLI, Franco – A Auto-Estima do Professor – 1998)

        Observou-se que o docente tenta manter um relacionamento bem próximo com os seus alunos, abrindo as portas para um ambiente agradável e, de certa forma,  familiar.

O reconhecimento, a valorização e a aceitação de que todos, por nossa essência como seres humanos, estamos condicionados genética e culturalmente pelo tratamento familiar e escolar que recebemos, assim como nossos pais e avós antes de nós, permite-nos

deixar de lado nossos ressentimentos e aceitar a forma de ser de cada um com suas diferenças e semelhanças”. (VOLI, Franco – A Auto-Estima do Professor – 1998)

Reconhecendo, trabalhando e respeitando o perfil de cada discente, ele conquista a simpatia das turmas em que leciona e mantém um carisma defendido por todos.

        

Trabalho Educativo

        “Acredito que o primeiro passo é confiar em nós mesmos como seres humanos e em nossa possibilidade de crescer e aprender, para desfazer formações mentais ou condicionamentos que atualmente nos limitam”. (VOLI, Franco – A Auto-Estima do Professor – 1998)

Essa também é a filosofia do professor acompanhado, pois acredita plenamente estar no ofício certo, onde se satisfaz diariamente. Afirma também, que a troca de experiências com os seus alunos, o motiva a estar na busca continua da sua melhora como docente.

Mesmo ele tendo uma satisfação enorme em dar aula, a continuidade da vida docente passa por um momento muito conturbado. “...o docente desloca-se de um estabelecimento de ensino para outro ou de um local de trabalho para outro, interrompendo seus estudos e as atividades de preparação do seu trabalho educativo. Qualquer tarefa a ser realizada pelo professor com seus alunos, requer um mínimo de tempo de estudo e de preparo. No entanto, ele inicia, interrompe, reinicia suas atividades, num ‘continuum’ estressante, caracterizando uma rotina ‘sui generis’.(SILVA, Júnior – 2001).

No caso do professor acompanhado, além dele lecionar todas as noites, de Segunda-feira a Sexta-feira, e em todos os horários (das 19:10h às 22:40h), ele ainda exerce outra profissão (das 8:00 às 18:00h). Vem e vai de locais de trabalho diferentes e de atividades diferentes, fazendo assim com que os momentos de deslocamento, até inviabilizem e/ou comprometam, o processo educativo, pois enquanto docente ele deve se desdobrar e encontrar tempo para ler, informar-se junto aos seus colegas, pesquisar temas a serem trabalhados com seus alunos, pesquisar formas de trabalhos diversificados, organizar materiais, planejar as aulas, refletir sobre seu trabalho e sobre os resultados alcançados, aperfeiçoar-se, corrigir avaliações, entre tantas outras atividades inerentes à sua profissão.         Mas, ele utiliza apenas de intervalos de almoço e de finais de noites (após às 23:00h), para a preparação de suas aulas, assim, fica claro que o cansaço e a sua “agenda lotada” interferem negativamente em sua metodologia de ensino, pois nas suas aulas a criatividade não é uma constante e nem a utilização de novas tecnologias.  

Apesar da costumeira metodologia utilizada, ele consegue transmitir o conteúdo. Acredito que a amizade e simpatia que o mesmo criou com o corpo discente, facilita o processo de interação dele com a turma.

Para NÓVOA: “O desafio dos profissionais da área escolar é manter-se atualizado sobre as novas metodologias de ensino e desenvolver práticas pedagógicas eficientes”.  Agora, se o docente permanece a maior parte do seu tempo, conectado com outra profissão ele acaba ficando desatualizado e despreparado para o momento da sua aula.

        O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol – sem negar a importância de todo esse instrumental -, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao papel e à importância do professor”. (CHALITA, Gabriel. Educação: A solução está no afeto – 2001 – pág. 163).

Se analisarmos conforme CHALITA, veremos que o docente não pode parar de se atualizar, pois a estrutura física da instituição pode até ser muito analisada no momento da escolha pelo melhor local para estudar, mas o que mais se procura hoje, é a qualidade do processo educacional, e o docente é parte principal desse processo.

Assim, mesmo ocorrendo uma contínua atualização, podemos colocar que a  capacitação do educador nunca é adquirida por completo, ela jamais se esgota, quase todo o desenvolvimento profissional deverá ocorrer, durante o próprio exercício do ofício, durante o longo de sua carreira e de sua vida.

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