Artigo: Parâmetros curriculares nacionais: uma revisita aos temas transversais meio ambiente e saúde.
Por: Q2019 • 2/10/2019 • Resenha • 703 Palavras (3 Páginas) • 297 Visualizações
Artigo: Parâmetros curriculares nacionais: uma revisita aos temas transversais meio ambiente e saúde.
BOMFIM, Alexandre Maia do. et al. Parâmetros curriculares nacionais: uma revista aos temas transversais meio ambiente e saúde. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tes/v11n1/a03v11n1.pdf.
Sabemos que o trabalho com os temas transversais além de ser de grande relevância, trata-se de tratamento integrado de diversos conteúdos curriculares, assim como o comprometimento de todos os professores e alunos com temas em estudo.
Porém o texto em estudo relata várias divergências e incoerências no documento dos PCN’S, principalmente em se tratando da parte bibliográfica dos temas meio ambiente e saúde. O autor do referido texto vai aos poucos identificando que os textos são pouco atrativos e práticos e não existem autores específicos para o texto-base da parte sobre meio ambiente, tão pouco as funções de cada colaborador.
Os textos de educação ambiental aparecem em bom número em relação aos outros que tratam da ‘questão ambiental’ na ótica da ecologia, da filosofia, da economia, do direito ou da geopolítica. O conteúdo em si da parte sobre meio ambiente é razoável nos PCN’s pelos seguintes motivos: percebe o problema ambiental como sendo um problema humano (antrópico); questiona o uso de recursos não-renováveis, atenta para as unidades de conservação, incentiva pesquisa na área ambiental; apresenta os problemas sociais e das populações humanas como sendo também ambientais; faz referência aos eventos internacionais que promovem a realização de acordos e encaminhamentos políticos; apesar de ficar no limite do desenvolvimento sustentável, problematiza pontos de divergência relativos às concepções sobre a relação homem-natureza e políticas ambientais. No entanto, percebemos que o autor faz críticas também ao fato de o conteúdo apresentar elementos que podem ser vistos ora como atrasos, ora como superficiais, ora como ineficazes para o tratamento da problemática ambiental. Assim salienta as indagações em razão de um texto confuso, com grandes dificuldades teóricas para a compreensão da relação ‘saúde e educação’
Em se tratando do tema ‘educação para saúde’ em vez de ‘ensino de saúde’, o autor relata que a prioridade pela visão deles foi a doença e não prevenção. Com isso identificou nas fotos que aparecem na parte de saúde assinadas apenas por Huzak. Mostram jovens se divertindo, fazendo dinâmicas, criança com dificuldades motoras participando de evento esportivo, ações de higiene (como a de uma moça lavando as mãos na escola), adolescentes fazendo cartazes para descarte adequado do lixo, crianças felizes próximas de um lavabo. Porém, não foi oferecido uma visualização mais ampla e com oportunidades de elaboração de críticas, principalmente em se tratando de questões de desigualdade social e a proliferação de vetores por conta da pobreza; assim como de reflexão sobre itens ligados à sexualidade/ doenças sexualmente transmissíveis; e a problematização do SUS- Sistema Único de Saúde.
Nessa perspectiva, o autor finaliza o texto, salientando os poucos atrativos e praticidade, além das dificuldades em dar pistas de ação; de não mostrar bem as diferentes interfaces com as diferentes áreas; de não facilitar a visualização de como acontece a trans e a interdisciplinaridade. Portando deixa claro que o compromisso assumido pelos PCN’s que era de um compromisso com a construção da cidadania, na verdade é a promoção de uma cidadania passiva.
Cientes desses problemas, podemos identificar que uma verdadeira abordagem com temas transversais faz se frente a uma nova lógica de ensino e aprendizagem, na perspectiva globalizante, entende que o conhecimento é construído na relação sujeito e objeto, numa interação permanente com o contexto sócio-cultural dos alunos, em que se integram a ação de conhecer e a interação no real.
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