Artigo estágio I
Por: sipossamai • 21/4/2017 • Artigo • 1.598 Palavras (7 Páginas) • 212 Visualizações
ALFABETIZAÇÃO
Sabrina Ines Possamai
Estagio I – Profª Bernardete Carpara Schiavo
Resumo
O presente artigo tem por objetivo destacar a importância da alfabetização e letramento, bem como uma análise desses processos para o aluno: tratar da psicogênese como um processo cognitivo, entender a importância do ato de ler nesse processo. A proposta do texto além de construir um conceito dos temas abordados é também apresentar as contribuições que a junção desses processos trazem para a educação. O progresso científico na área permite nos mostrar que aprender ler e escrever requer mais do que aptidões perceptivas e motoras, e que
o que esta relacionado ao desenvolvimento cognitivo da criança é de fato o mais importante Outra proposta do artigo é levantar a discusão sobre o uso exessivo de medicamentos psicotrópicos nas crianças.
Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Psicogênese. Psicotrópicos
Introdução
A alfabetização escolar no Brasil revela uma trajetória de mudanças conceituais e consequentemente metodológicas. Muitos professores ainda definem erroneamente o processo de alfabetização como sinônimo de uma técnica.
Atualmente o ensino da leitura e da escrita tornou-se um grande desafio para os professores alfabetizadores, para as políticas públicas de alfabetização e para as próprias crianças. Na tentativa de contribuir para as reflexões no cenário atual, abordaremos questões sobre à alfabetização e ao letramento, o vínculo que esses dois conceitos possuem, bem como algumas contribuições sobre os aspectos metodológicos para alfabetizar letrando.
Para isso, teremos como colaboração estudos de Emília Ferreiro, que afirma que a aprendizagem da leitura e da escrita não se reduz a aprender a grafar palavras e decodificar palavras, mas que os caminhos para “reinventar” a escrita são os mesmos para todas as crianças, independentemente de sua classe social.
As crianças não aprendem simplesmente porque vêem os outros ler e escrever e sim porque tentam compreender que classe de atividade e essa. As crianças não aprendem simplesmente porque vêem letras escritas e sim porque se propõem a compreender porque essas marcas gráficas são diferente de outras.As crianças não aprende apenas por terem lápis e papel à disposição,e sim porque buscam compreender o que e que se pode obter com esses instrumentos.Em resumo: não aprende simplesmente porque vêem e escutam,e sim elaboram o que recebem, porque trabalham cognitiva mente com o que o meio lhe oferece"
(Emília Ferreiro, IN Como se aprende a ler e a escrever ou ´Prontidão - um problema mal colocado,de Tema Weisz)
Emília Ferreiro nos mostra que para a criança chegar a compreesnsão do processo de alfabetização, ela necessita passar por um proesso evolutivo que se inicia no rabisco, vai até descoberta de que as letras representam os aspectos sonoros da palavra (fase silábica) para depois entender a representação alfabética. Nestes termos é que o professor precisa atualizar e reciclar seus conhecimentos. Quando o professor se mantém informado acerca das mudanças e das teorias, sua prática é consciente e flexível. Saber claramente seus objetivos , esclarecer dúvidas, planejar conteúdo e saber o que se pode esperar de cada aluno fortalece o professor em sua prática educativa e faz com que o aluno demontre seu interesse e envolvimento.
1 Alfabetização e letramento
Nos anos 80, a perspectiva psicogenética da aprendizagem da língua escrita nos estudos realizados por Emília Ferreiro, sob a denominação de “construtivismo”, trouxe importantes descobertas acerca do processo de construção da escrita realizada pela criança, tendo obrigado todos a repensar e redimensionar o olhar sobre o processo de alfabetização.
A partir dessas descobertas a alfabetização passou a ser compreendida como uma construção conceitual, contínua, desenvolvida simultaneamente dentro e fora da sala de aula, em processo interativo, que acontece desde os seus primeiros contatos da criança com a escrita. Essa compreensão enfatiza que o aprendizado da escrita alfabética não se reduz apenas a um processo de associação entre letras e sons.
O letramento é uma palvra e conceito recentes, introduzidos na linguagem há pouco mais de duas décadas. Seu surgimento é interpretado como decorrência da necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas socias na área da leitura e da escrita que ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico.
Portanto, é necessário reconhecer que alfabetização distingue-se de letramento. Distinguem-se tanto em relação aos objetos de conhecimento quanto em relação aos processos cognitivos e linguísticos de aprendizagem, e também de ensino desse diferentes objetos.
Por outro lado, é necessário reconhecer que, embora distintos, alfabetização e letramento são interdependentes e indissociáveis, ou seja, a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto de práticas sociais, leituras e escrita, em um contexto de letramento e por meio de atividades de letramento.
Para Paulo Freire o termo alfabetização tem um sentido próximo ao de letramento, para designar uma prática sociocultural de uso da língua escrita que vai transformando-se ao longo do tempo, segundo a época e as pessoas que a usam.
Aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade.
(Paulo Freire, 1987, p.08)
Enfim após essa distinção entre alfabetização e letramento, o ideal para nossas escolas
seria alfabetizar letrando. Através de interação com diversos gêneros textuais, exploração com o nome próprio, que é fundamental, servindo como escrita estável e de referência para o alfabetizando, atividades que envolvam uma reflexão sobre as palavras (quantidade de letras e sílabas, ordem e posição das letras, comparação entre elas, quantidade de letras, sílabas, etc...). Pela integração e pela articulação de várias facetas do processo de aprendizagem, esse alfabetizar/letrando é sem dúvida um dos caminhos para a superação de problemas enfrentados nas escolas. Essa é também uma citação do diretor da escola onde fiz meu Estágio I, e passa a ser pertinente as escolas o trabalho com a alfabetização.
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