As Fases do Desenvolvimento Psíquico
Por: Juliane Sousa • 29/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.331 Palavras (6 Páginas) • 251 Visualizações
As Fases do Desenvolvimento Psíquico:
Fase Oral (0 a 1 ano):
Nesta fase o desejo e o prazer da criança localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de alimentos e o seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do prazer. A alimentação é fonte de grane satisfação, assumindo grande importância a relação com a mãe. O desmame corresponde a um dos primeiros conflitos e frustações vividos pela criança que vai a situar em relação à realidade do mundo. É nesta fase que o ego se forma.
A boca é a primeira área do corpo que o bebê pode controlar; a maior parte da energia libidinal é aí focalizada. À medida que a criança cresce outras áreas tornam-se importantes regiões de gratificação, mas alguma energia é permanentemente catexizada nos meios de gratificação oral. O excesso de gratificação ou privação nesse período pode resultar numa personalidade com características orais, apresentando hábitos bucais de maneira excessiva, como os de comer compulsivamente, fuma, chupar o dedo, etc.
Fase Anal (1 a 3 anos):
Essa é a fase que envolve o ato de reter e soltar as fezes é de acordo com Freud, o segundo estágio do desenvolvimento psíquico e, visto que já se tem a maturação do controle neuromuscular, dará à criança as primeiras noções acerca de limites.
A criança obtém prazer pela estimulação do ânus ao reter e expulsar as fezes. O controle da defecação gera, simultaneamente, sentimentos de prazer e dor. Conforme aprende a controlar esse poder e a seguir normas, começa a desenvolver seu superego.
É nesta fase que se faz a educação para a higiene, relativamente à qual a criança ou cede ou se opõe ao cumprimento das regras. A ambivalência assim, presente nas interações que estabelece com a os pais, os outros cuidadores. A mesma, também está presente na forma como a criança hesita entre ceder ou opor-se às regras de higiene que os pais exigem.
As relações interpessoais com os pais, os familiares e os educadores vão estabelecer-se nesse contexto, daí a importância dada à forma como se educa a criança no controle de esfíncteres, no controle dos desejos, dos impulsos, ensinando a criança a compreender que existem momentos mais adequados para a sua realização.
Fase Fálica (3 a 5 anos):
Nesta fase o desejo e o prazer da criança localizaram-se primordialmente nos órgãos genitais. É uma fase em que a criança torna-se cônscia de si mesma e de sua genitália e, por consequência disso, ocorrem as primeiras manifestações de masturbação, acompanhado de exibicionismo e fantasias predominantemente inconscientes de envolvimento sexual com o genitor do sexo oposto, caracterizando assim, o complexo de édipo, que tem nesta fase, seu ápice e declínio.
O complexo de édipo, refere-se ao período de ligação existente da criança com os pais, nos quais focaliza sua energia pulsional (atração). Corresponde à atração que o menino tem pela mãe, a quem ele sempre esteve ligado desde que nasceu, e que agora é diferentemente sentida. Ele pode falar do desejo de casar com a mãe, mas ao descobrir o tipo de relação que existe entre seus pais, sente rivalidade com o pai, que considera um intruso. Para as meninas transcorre também com sentimentos contraditórios de amor e hostilidade, porém, com objetos invertidos, ou seja, o pai é seu objeto de atração e mãe sua rival.
Freud considera que a forma como se resolve o complexo edipiano influenciará a vida afetiva futura. A terceira instância do aparelho psíquico, o superego, vai ser agora constituída.
Fase de Latência (5 a 11 anos):
Ao contrário do que acontece nas demais fases do desenvolvimento, na fase de latência não se identifica uma zona específica de erotização. Isso significa dizer que a energia libidinal está investida em outro objeto, que não é o próprio corpo. Podemos dizer que a libido sexual está adormecida, em prol de outros investimentos.
Essa fase pode ser caracterizada ainda pela mudança qualitativa na relação da criança com seus pais, a partir do processo de superação do Complexo de Édipo. Assim, é um período extremamente importante para o fortalecimento do ego da criança.
Não se pode deixar de ressaltar que a fase de latência é concomitante ao período de escolarização da criança, onde sua energia está investida nas atividades escolares e nas relações sociais.
Para se relacionar melhor com todas as pessoas que vão sendo inseridas a sua vida, a criança tem sua sexualidade reprimida, para que então possa se concentrar em outras atividades como jogos, aprendizados, brincadeiras e amizades. Pode-se dizer ainda que é nesta fase que as crianças se tornam capazes de identificarem-se com outros, que não seus pais, como colegas de escola, professores. E segundo Freud, essa identificação com os professores pode colaborar de forma positiva para o aprendizado escolar.
Fase Genital (adolescência e fase adulta):
A fase genital é o estágio final do desenvolvimento libidinal instintual. É uma fase que se estende do começo da puberdade até que o adolescente atinja a idade adulta. Nela, ocorre o despertar da sexualidade que se manteve adormecida na fase de latência.
Segundo Freud, a puberdade significa a época em que a zona genital consegue se tornar capaz de realizar suas atividades, tornando possível a realização completa do ato sexual. Ao contrário do que se possa pensar, para Freud, a puberdade não é o momento em que nasce o instinto sexual, e sim, o momento em que tal instinto adquire sua forma definitiva, tornando-se maduro e adulto.
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