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As avaliações externas e sua imparcialidade

Por:   •  12/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.716 Palavras (7 Páginas)  •  422 Visualizações

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Pedagogia

As avaliações externas e sua imparcialidade.

PROJETO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

Disciplina: Política e Organização da Educação Básica

1º semestre

2016

Sumário

  • INTRODUÇÃO 3
  • SISTEMAS DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL 4
  • DESENVOLVIMENTO5
  • CONCLUSÃO 8
  • REFERENCIA BIBLIOGRAFICA        9

INTRODUÇÃO

A educação no Brasil já foi e é tema constante de estudos para melhorar a qualidade de ensino e aperfeiçoar os métodos de ensino nas escolas estaduais e municipais, o que se é possível com o uso dos Sistemas de Avaliação, onde a nível nacional temos a “Prova Brasil” e a nível estadual o “Saresp”(no caso de São Paulo), que possibilita a toda a equipe escolar e comunidade acompanhar a qualidade do ensino oferecido. Todas as informações e resultados obtidos nessas avaliações contribuem para o planejamento das atividades escolares, esta que é uma necessidade muito importante para atingir os resultados da ação educacional previsto na Lei de Diretrizes e Base-LDB 9394/96.

Teoricamente esses resultados deveriam contribuir muito para mudanças efetivas em todo o sistema escolar, mas ao longo deste iremos elucidar que nem sempre o proposto ou esperado é cumprido e que os resultados nem sempre são verdadeiros.

SISTEMAS DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

Para Maria Helena Guimarães de Castro (2009), independente dos motivos que levam a criação de sistemas de avaliação, parece haver concordância quanto ao seu importante papel como instrumento de melhoria da qualidade. Como os resultados da educação não são diretamente observáveis nem imediatos, dada a heterogeneidade do corpo docente e é possível obter uma visão geral do desempenho dos sistemas educacionais mediante uma avaliação externa em larga escala. E para isso, foram criados os Sistemas de Avaliação Educacionais no Brasil, que cobrem todos os níveis de educação em todos os níveis de ensino, que contribuem para melhorar as políticas educacionais e atingir padrões de qualidade para a sociedade atual.

A “Prova Brasil” foi criada em 2005, com intenção de oferecer a todas as escolas públicas brasileiras uma avaliação mais detalhada de seu desempenho, avaliando alunos da rede pública de ensino, com foco em língua portuguesa e matemática.

Em São Paulo, temos o “Saresp”, um sistema próprio do Estado de São Paulo, criado em 1996, com o apoio do Banco Mundial, sendo uma avaliação anual, diagnostica e censitária para as escolas da rede estadual, porem aberta por adesão as redes municipais de ensino e particulares, onde de acordo com Maria Helena Guimarães de Castro (2009), o desenvolvimento de sistemas regionais ou locais de avaliação apresentam algumas vantagens. Primeiro, eles permitem uma investigação mais aprofundada sobre as especificidades regionais ou locais, o que não é possível na Prova Brasil. Em segundo lugar, eles possibilitam coletar informações de interesse do gestor da rede, o que tampouco é possível em uma avaliação nacional. Só sistemas descentralizados conseguem analisar cada uma das escolas e identificar o que elas precisam melhorar o desempenho dos alunos, considerando as características de cada uma.

DESENVOLVIMENTO

Visitamos no dia 5 de maio de 2016, a Escola Estadual Trata-se de uma escola que atende alunos de classe média no Ensino Fundamental e Médio, funcionando nos três períodos.

Realizamos uma conversa a título de entrevista com a Professora Coordenadora, que coordena o Ensino Fundamental II e Médio, esta que foi designada pela direção para nos dar maior atenção já que é quem possui conhecimentos acerca do teor das perguntas e é mais ativa se tratando dos sistemas avaliativos.

De acordo com participa do Saresp todos os anos e da Prova Brasil bienalmente. Ela não acredita que os resultados (Saresp) contribuem para a melhoria da qualidade do ensino, onde destaca que o resultado é manipulado: “O nível da prova é bom, muito bem elaborada, mas o professor não trabalha da forma para que os alunos vão bem na prova. Há escolas onde professores de matemática ou outras disciplinas entram na sala e explicam a prova, mesmo existindo os fiscais, que muitas das vezes são omissos, sentam na sala dos professores ou em outro lugar e não fazem conforme o esperado. Um grande exemplo dessa manipulação é o que aconteceu em nossa escola, no ano passado haviam 2 salas de 9ºAno, onde a maioria dos alunos não sabia ler e escrever, e atingiram a meta. Todos (os professores) já sabiam que iriam ir mal, ninguém os ajudou a fazer a prova e quando chegou o resultado vimos que aquilo era vergonhoso, porque eles que conhecem os alunos e sabem que foi manipulado, que era impossível terem ido tão bem assim. ” Já sobre a Prova Brasil, o mesmo não acontece, pois ela diz é diferente o modo de aplicação e seriedade dessa avaliação: “A Prova Brasil nos nem vemos a prova, não podemos pegar na mão, o supervisor é quem vem aplicar, chega as provas com ele e saem com ele. ”

Apesar disso, os resultados do Saresp são discutidos todos os anos com todos os professores, onde ela destaca: “Os resultados chegam por meio de relatórios com índices: Abaixo do Básico, Básico, Adequado e Avançado. Onde verificam qual a porcentagem de alunos que está abaixo do Básico, no Básico ou adequado e assim por diante. Sempre a maior porcentagem é Abaixo do básico. Tudo isso é estudado em planejamentos, replanejamentos, e temos o dia especifico para o Saresp, que é chamado Dia de Analise de Resultados do Saresp, onde não há aula e é discutido tudo isso. Antes era em um ano: Português, matemática, história, geografia, filosofia, sociologia; e no outro ano: Português, matemática, biologia (ciências), química e física e sempre tinha a redação. No Ano passado somente português e matemática, não tem mais redação. E com isso no ano seguinte vem um relatório de cada disciplina contendo junto de cada ano escolar (3ºAno, 6ºAno, 9ºAno, 3ªSérie Ensino Médio) e é feito um estudo dessas porcentagens, é visto por questão porque alunos erraram ou acertaram, tudo em suposição, e é montado um plano de ação em cima dos erros, onde após montado esse plano de ações o professor decide se vai usar ou não em aula, já que não é obrigatório usar. ” Já sobre a Prova Brasil não há essa discussão, pois segundo ela, os resultados não são por escolas e não recebem um retorno tão detalhado e especifico como no caso do Saresp.

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