As muitas facetas. Alfabetização
Por: semprebella • 15/4/2015 • Dissertação • 766 Palavras (4 Páginas) • 464 Visualizações
Introdução:
Se olharmos para a trajetória da alfabetização no Brasil, descobriremos muitas mudanças ao longo dos anos. Pesquisas de órgãos nacionais e internacionais como o PISA, tem apontado problemas com a alfabetização, exigindo que nossos órgãos competentes se posicionem.
Insatisfação, insegurança, fracasso e alto índice de evasão escolar, falta de assistência do poder público, tudo isso aponta problemas. Uma criança mal alfabetizada e sem letramento será prejudicada no âmbito de sua vida pessoal e profissional lesando seu desenvolvimento cognitivo.
Alfabetização e Letramento: a realidade da Alfabetização no Brasil
Primeiramente é importante salientar que são processos diferentes: Pode-se dizer que alfabetização é aprender a ler e escrever sons, não como se fala, mas considerando as regras de codificação e descodificação da escrita. No entanto, seguindo Magda Soares, só a alfabetização não permite a compreensão de rótulos de produtos e bulas de remédios, por exemplo. É necessário o letramento, o processo de compreender e interpretar a leitura e a escrita, o que permite uma comunicação efetiva, o letramento surgiu da necessidade de acrescentar comportamento e práticas sociais a leitura. Alfabetizar letrando é ensinar a pessoa a se desenvolver no contexto social e pessoal.
Apesar de distintos, é de suma importância que sejam trabalhados simultaneamente. Alfabetizar sem letrar, é uma alfabetização rudimentar, uma “desinvenção” da alfabetização. Alfabetizar na perspectiva do letramento, é considerar a dimensão social, é a mudança de paradigma, a reinvenção da alfabetização sob a concepção holística.
Deve-se lembrar que a criança pratica o letramento antes da alfabetização, pois somos uma sociedade gafocêntrica. Antes dela começar a frequentar a escola, ela rabisca para nos contar estórias e reconhece os símbolos (tipo o do Mc Donalds, Carrefour) que ela vê na tv e nas revistas, entre outros meios de comunicação.
Existem alunos bem alfabetizados, que sabem, por exemplo, escrever o que lhe é ditado e que tem grafia impecável. Mas isto é insuficiente pois eles têm dificuldades na comunicação e não conseguem refletir sobre o que lêem porque tiveram um letramento defasado. Isto gera desinteresse, o que faz com que eles abandonem a sala de aula e se dediquem onde veem futuro. Como o letramento é contextualizado na vida social, os alunos associam o que aprendem na escola com seu cotidiano.
A alfabetização em função do letramento liberta o aluno pois ajuda-o a construir conhecimento, a ter uma leitura do mundo, desmitificando-o e a ser protagonista da própria vida. O letramento ajuda na formação integral pois o indivíduo conhecerá seus direitos, ele exercerá plenamente a cidadania e agirá de forma construtiva na sociedade. É assim que se reduz a evasão escolar, diminuindo a distância entre elite intelectual e marginalizados socialmente. Com essa inclusão a nação se desenvolve e registra uma bela história para transmitir a um futuro promissor.
Antes de se concluir que o abandono escolar se deve a problemas de aprendizagem, deve se obter um feedback para analisar se, na verdade, o problema é de “ensinagem”. Por mais árduo que seja o trabalho do educando em combater a evasão escolar, ainda é melhor que ver ex-alunos irem para reformatórios, O sucesso de nossos alunos é compensador.
Em primeiro lugar, eu estava errada no que diz respeito a culpar os pais pelo fracasso escolar de seus filhos, pois conforme pesquisa e dados da UNESCO, com a implementação do que já está previsto nos instrumentos legais, o Brasil avançará significadamente nas políticas para a infância, isentando dos pais a culpa do fracasso de seus filhos, pois se vai crescer independe do apoio ou não dos pais, poia há várias mudanças a serem implantadas na educação conforme Plano Nacional da Educação.
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