Atividades de Aprendizagem Relações Étnico Raciais

Curso de Pedagogia

Atividades de Aprendizagem
Relações Étnico Raciais

Turma:

Morro Agudo/SP
2020[pic 1]

Respostas das Atividades de Aprendizagem

1. Você concorda com a política de ações afirmativas?

        As ações afirmativas são políticas que têm por objetivo promover o acesso de grupos estigmatizados, discriminados e marginalizados à educação, ao emprego, entre outros direitos por meio de um tratamento preferencial ou com a utilização de cotas (GUIMARÃES, 2008). Consinto que, as ações afirmativas propõem o tratamento equitativo de bens e oportunidades, permitindo que pessoas de origens distintas alcancem espaços de influência no âmbito educacional, político, econômico, socioprofissional e cultural. Não se trata de benefícios ou privilégios, mas da efetivação de direitos assegurados pela Constituição.

1. Faça uma pesquisa sobre a LDB, Lei 10.639/03, a Lei 9.394/1996, o Parecer 03/2004 e a Resolução 01/2004 do CNE.

        A Lei nº 10.639/03 que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileiras e africanas nas escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio; o Parecer do CNE/CP 03/2004 que aprovou as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas; e a Resolução CNE/CP 01/2004, que detalha os direitos e as obrigações dos entes federados ante a implementação da lei compõem um conjunto de dispositivos legais considerados como indutores de uma política educacional voltada para a afirmação da diversidade cultural e da concretização de uma educação das relações étnico-raciais nas escolas. (BRASIL, 2009). Ele se insere em um processo de luta pela superação do racismo na sociedade brasileira e tem como protagonistas o Movimento Negro e os demais grupos e organizações partícipes da luta antirracista. É nesse contexto que a referida lei pode ser entendida como uma medida de ação afirmativa. As ações afirmativas são políticas, projetos e práticas públicas e privadas que visam à superação de desigualdades que atingem historicamente determinados grupos sociais, a saber: negros, mulheres, homossexuais, indígenas, pessoas com deficiência, entre outros.[pic 2]

1. O que mudou com a implementação da LDB? Quais os avanços? O que precisa ser avançado?

Após a aprovação da lei, têm-se a necessidade de adequação da educação aos novos parâmetros legislativos, correspondendo a realidade e as necessidades do país. A legislação que prevê os fundamentos, estruturas e normatização do sistema educacional brasileiro, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A LDB tornou obrigatória e gratuita a Educação Básica, além de especificar quais etapas são contempladas: Pré-Escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio, com o tempo expandiu o ensino básico para nove anos e passou a regulamentar a matrícula de crianças a partir de 04 anos.

1. O que você entende por discriminação, preconceito racial? Qual o seu modelo de beleza?

O preconceito é um sentimento, fruto de condicionamento cultural ou de uma deformação mental, mas sempre incorrigível. Não se legisla sobre sentimentos, não se muda um hábito de raciocínio ou uma convicção herdada por decreto. Já a descriminação racial é o preconceito determinando atitudes, políticas, oportunidades e direitos, o convívio social e o econômico. A escola é uma das instituições que deve contribuir para o cumprimento da norma constitucional e para a mudança do quadro vigente, sendo de sua competência respeitar matrizes culturais e construir identidades. Os padrões de beleza se iniciavam desde a infância, dentro do ambiente escolar, onde ocorre a padronização de um perfil estético, sendo usados como critério a beleza das crianças brancas com cabelos lisos e olhos azuis para participarem de eventos na escola. As crianças negras tinham um alto índice de rejeição e eram muitas vezes tratados como invisíveis.[pic 3][pic 4]

1. Faça uma entrevista com 5 professores e pesquise de que maneira eles trabalham com o preconceito e a discriminação racial em sala de aula.

        “O mundo precisa de mais pessoas exercendo seu papel de transformação na sociedade, não é preciso ter sofrido um ato de racismo para lutar contra ele, precisamos disseminar o conhecimento sobre o tema, pensar sobre ele, promover discussões, e claro, lutar diariamente para que atos racistas não se repitam. Procuro sempre discutir o assunto através de diálogos, dinâmicas e narração de histórias, para que assim, meus alunos possam se expressar por diferentes formas e a se colocar no lugar do outro, e enxergar que, apesar das diferenças, todos merecem respeito.” (Informação 1).

        “A conscientização sobre seus próprios preconceitos e a abertura para aprender com os alunos são ótimas vias. Dessa forma, é possível não apenas ensinar ao estudante a ser tolerante como ainda servir de modelo para que ele tome certas atitudes no seu dia a dia. Com meus alunos, procuro sempre atividades com desenhos e vídeos, por serem pequenos, desenhos é forma em que eles mais se expressam, conseguindo assim, assimilar imagem e som referente ao preconceito, como, quando e onde ele acontece. Vivenciamos experiências de alunos que já sofreram preconceitos em seu dia-a-dia.” (Informação 2).

        “Como a própria definição expõe, “preconceito” é uma idéia preconcebida, “opinião não justificada, de um indivíduo ou grupo, favorável ou desfavorável, e que leva a atuar de acordo com esta definição” (Enciclopédia Internacional de Ciências Sociais, 1995). É impossível um ambiente de paz e união na sala de aula quando existe o preconceito, pois este ocasiona a discriminação, o tratamento desigual e desfavorável a respeito de um indivíduo ou de um grupo. Em minha sala de aula gostamos sempre de trabalhar com teatros, fantoches e dedoches, pelo fato de alguns alunos serem mais tímidos. Quando estão caracterizados eles esquecem o mundo lá fora e mergulham de cabeça no que é proposto. É muito gratificante, principalmente, por vê-los empolgados e os tímidos mais soltos.” (Informação 3).