Atp HISTORIA DA EDUCAÇÃO

História da Educação no Brasil nos Séc. XIX e XX e nos dias de hoje.

          No século XIX, surge por parte dos pensadores da época a preocupação com a educação para toda sociedade, mas com a alteração do cenário político e econômico mundial devido a Revolução Industrial, a educação é vista como um método de se qualificar a mão de obra. A partir do século XIX o Estado intervém para tentar universalizar o ensino, tornando assim mais concretas somente no século XX. Foi neste período que a burguesia buscou espaço na educação destinada a elite para que assim possam ter títulos para se firmar como classe, foi nesse momento que teve a divisão nas classes educacionais, a escola da elite e a escola do povo, onde os resultados disso se encontra até hoje no sistema de ensino público.

          Com a vinda da família real para o Brasil no século XIX ocorrem grandes transformações na área da educação, como a cargo da coroa educar a elite e o da província educar o povo, ficando claro a presença de uma cultura antidemocrática. Nesta época também foram criados cursos ministrados por instituições militares formando médicos e engenheiros entre outros, dando ênfase ao ensino superior do que em outros níveis de educação, ainda mais com a baixa qualidade de ensino e falta de recursos com professores sem capacitação e mal remunerados.

          O cenário instável na educação deixado pelo império, e com a proclamação da República e a Constituição de 1891, no século XX o processo de descentralização de ensino é reafirmado, onde a educação elementar e profissional ficam a cargo dos estados, e a superior e secundaria restritas a elites são de competência da União. Neste período identifica altos níveis de analfabetismo.

          No período de 1945 a 1964 houve muitas mudanças na educação resultante da evolução econômica tecnológica, com isso surgem movimentos voltados para a educação e assim recebem maior atenção, mas mesmo assim a maioria da população encontra-se fora da escola por falta de recursos. O avanço tecnológico exige adaptação por parte das instituições de ensino uma melhor qualificação dos docentes, e com isso houve uma nova queda no índices de educação que se refletem até nos dias de hoje.

          Ao comparar a educação dos séculos XIX e XX com os dias atuais podemos analisar que a educação brasileira sempre se viu desafiada frente a importantes temas, tais como a qualidade da educação básica, o acesso à educação superior e a formação de seus professores. Com isso, entendemos que os processos educacionais estão ligadas aos aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais da sociedade. A educação é diretamente influenciada pelo contexto histórico da qual faz parte, sendo modelada de acordo com o desenrolar desses processos e suas mudanças constantes, com a ação de pessoas ligadas as escolas em diferentes tempos.

          Embora o Brasil tenha avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito, principalmente quando observamos que a educação brasileira é tida mais como um meio de aperfeiçoamento profissionalizante ou de mão-de-obra, do que como um meio de garantia de cultura e cidadania.

  Com a Constituição Federal de 1988 a educação é tida como um direito fundamental a todos. É direito de todas crianças e jovens, uma educação que permita o desenvolvimento de cada cidadão e da sociedade de forma mais sustentável.

          É através de uma escola de qualidade para todos que se constitui estratégias mais eficazes em reduzir a nossa enorme desigualdade social, e colocar o País no circuito dos avanços para os ideais de justiça e democracia. Portanto, considera-se que a educação é um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas.

          A educação, no entanto, ainda não é tratada com a urgência que os atuais resultados nos impõem, porque com toda a evolução na parte pedagógica ainda são muitos os problemas que estão presentes na educação brasileira, especialmente na educação pública. Pois praticamente todos os que atuam na educação estão frustrados e não exercem seu trabalho com profissionalismo, recebem baixos salários sem falar nas dificuldades diárias da realidade escolar. Além da não participação dos pais na educação dos filhos.