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Atps Historia da Educação

Por:   •  8/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.332 Palavras (14 Páginas)  •  366 Visualizações

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Centro de Educação a Distância

UNIDADE DE ENSINO: POLO PARATY

CURSO: PEDAGOGIA

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA

PARTICIPANTES:

Alédio José Assis Jaña        RA 386356        e-mail: sjtadeu_33@hotmail.com

Etiene Souza de Castro        RA 366325        e-mail: titi.sc.paraty@hotmail.com

Gildeony Figueiró                RA 394208        e-mail: gil.paraty@hotmail.com

Leonardo André Suéte        RA 390587        e-mail: suete.leo@oi.com.br

ATPS História da Educação e da Pedagogia

Prof. Lindolfo A. Martelli

Tutor EaD Rogerio Sicchieri

Paraty, 18 de Abril de 2013.

  1. INTRODUÇÃO

Partindo do princípio de que somos sujeitos, o tempo tem o papel de dimensão onde nossa subjetividade se constrói.

Dentro do pensamento histórico-crítico defendido por Libâneo (2011) não podemos pensar em uma essência humana a priori. Uma vez que, Libâneo (2011) seguindo uma vertente marxista postula o homem como construtor de sua própria história.

“A História não faz nada, “não possui nenhuma riqueza imensa”, “não luta nenhum tipo de luta”! Quem faz tudo isso, quem possui e luta é, muito antes, o homem real, que vive, não é por certo, a “História”, que utiliza o homem como meio para alcançar seus fins – como se tratasse de uma pessoa à parte- pois a História não é senão a atividade do homem que persegue seus objetivos” Marx, Karl e Engels Friedrich. A Sagrada Família. São Paulo: Boitempo, 2003.p.111

Assim, a História surge como um produto da ação humana que se desdobra no tempo. Compreender como se deu essa ação passa a ser o elemento distintivo da espécie humana, pois só o humano tem história.

O conhecimento histórico é instrumento de emancipação. Não se apropriar desse saber é não fazer justiça a nossa natureza humana “sócio histórica” –  usando um termo de Vigotski. O tempo só ganha significado se pensado dentro dessa nossa argumentação, pois é a partir de nossas memórias, que podemos dar significados aos produtos históricos, dando-lhes sua real dimensão de produto humano ou cultural – como diz a Antropologia.

Para a Educação, a História como ciência tem um papel instrumental, crítico e fundamental, pois é através do estudo histórico-crítico que nós podemos como educadores renovar nossa práxis.

Dentro do viés, didático-pedagógico desenvolvido por Madalena Freire (2007) que preconiza o professor como pesquisador de sua prática, tornar histórica essa prática e problematizar a memória docente, é garantir a cientificidade da Pedagogia. Logo, podemos pensar que numa razão direta: somos cada vez mais essencialmente professores, quanto mais num exercício crítico da razão nos apropriamos de nossa História da Educação, assim renovando e problematizando nossas memórias docentes.

É fundamental para o educador conhecer a Historia da Educação no Brasil e compreender os fatos políticos, econômicos, sociais e até mesmo naturais que desencadearam os acontecimentos que nos conduziram à realidade da educacional atual, pois, sem isso não se pode estabelecer com relativa segurança qual ou quais diretrizes pedagógicas deveremos seguir para a construção de uma realidade educacional melhor para o hoje e para o futuro.

O tempo só existe como construção humana, o tempo é produto de uma cultura que lhe dá significado, ele – o tempo – assume diferentes matizes, a partir da cultura que é pensado por si só não existe, assim, segundo um rigoroso referencial histórico – crítico Libâneo (2011), podemos pensar que o tempo não é nosso pai, mais filho do homem.

Assim como o tempo é compreendido de uma forma particular em cada cultura, a História também tem significados, versões e realidades diferentes produzidos segundo o ponto de vista, compreensão, interesses e fontes investigadas por quem a interpreta e relata.

  1. REFORMA PROTESTANTE E CONTRARREFORMA CATÓLICA
  1. REFORMA

A Igreja Católica Romana encontrou no século XVI muitas ideias discordantes dos seus ensinos.

As principais críticas era o despreparo intelectual, abuso de poder, imoralidade, isenção de pagamentos de impostos, vendas ilícitas de coisas sagradas, perdão de pecados através de recebimento de dinheiro.

O clero não tinha na sua formação uma uniformidade, pois os de origem nobre ocupavam o alto clero, tinha uma vida luxuosa, enquanto os de origem pobres ocupavam o baixo clero.

 O surgimento das universidades e o aumento da alfabetização contribuíram para a divulgação das idéias humanistas na Europa, anunciando-se a necessidade de um novo modelo de cristianismo.

Os burgueses introduziram o novo modo de pensar, agir e trabalhar, contrariando o que o papa e o clero condenavam que era o lucro e a usura. A igreja punia quem discordasse.

Nessa época, John Wycliffe e John Huss, foram punidos com a morte na fogueira da Inquisição porque ousaram criticar a Igreja Católica pela venda de indulgências, pelo luxo excessivo por parte do alto clero e da proibição a livre interpretação da Bíblia pelos cristãos.

Dentro do próprio clero, as diretrizes da Igreja foram questionadas, destacando-se Martinho Lutero (1483 – 1546), um monge agostiano que lecionava teologia na Universidade de Winttenberg. Também questionava o fazer para ver a salvação eterna.

Lutero ficou inconformado e denunciou a exploração da ignorância do povo, quando em 1517, o Papa Leão X ordenou que fosse negociada uma grande quantidade de indulgências.

No território pertencente ao Sacro Império Romanico – Germanico, que hoje corresponde a Alemanha, iniciou-se o movimento conhecido como Reforma Protestante.

Tradicionalmente os movimentos populares promoveram a difusão da instrução a fim de que cada um pudesse ler e interpretar a Bíblia sem a mediação do clero.

Por essa razão Enéas Silva Piccolomini, o futuro Pio II, visitando a Boêmia, alguns decênios depois, achava que: “aquela infiel progênie humana pelo menos tem uma boa qualidade: ama a instrução”.  

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