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Filosofia da educação

Etapa 1

Filosofia significa “amor a sabedoria”. No âmbito da educação significa o olhar critico as bases e fundamentos da educação, sendo assim radical rigorosa e argumentativa, questionando a formação do ser humano, quem é o ser humano a ser educado e quais são os métodos de ensino utilizados para a formação e a educação do individuo.

A filosofia remete a uma reflexão critica a cerca da realidade, questionando, investigando, refletindo e pensando. Ela pensa o que já foi pensado, coloca em questão o que já foi questionado, estimula a consciência, se apoia em bases e fundamentos e é globalizante, analisando o universo, o ser humano a ética e muitos outros assuntos. Podemos considerar a filosofia não como um saber, mas sim como uma reflexão sobre o saber. Refletir é uma maneira de se por em questão os conhecimentos que possuímos.

A filosofia tem um papel importante para a compreensão da sociedade e do mundo em que vivemos, pois ela busca através da reflexão responder a questões como: de onde viemos? Para onde vamos? Qual a origem do universo? O que é ética? O que é moral? Como viver em sociedade? E assim através destas reflexões o homem pode obter respostas para uma melhor vivencia e convivência no mundo e sociedade em que vive.

Vivemos em um mundo pós-moderno sob constante influência da mídia, tecnologias e ideologias, fazendo com que crianças e adultos não se interessem por filosofia e até mesmo não se importando em buscar um sentido para sua vida, almejando apenas interesses cotidianos. Visto que a dificuldade para se filosofar é devida também à omissão da educação, de não estimular o senso crítico das crianças, apenas inculcando conteúdos em suas cabeças, buscando apenas a formação intelectual e profissional, se esquecendo da formação de um cidadão critico, pensador, argumentativo e criador. Este fato contribui para que futuramente estas crianças, já adultas, se mantenham inertes na vida, alienadas levadas por qualquer tipo de influencia e ideologias, por não terem sido estimuladas a pensarem. É isto que o Estado deseja do povo, que ele não se interesse absolutamente por nada, que ele seja cada vez mais ignorante para que ele “reine”, faça suas façanhas, e o povo não perceba não se incomode, e não se oponha por falta de conhecimento e interesse.

A filosofia incomoda porque questiona o modo de ser das pessoas, do mundo, da atual política, do governo. Ela aspira à verdade total que o mundo não quer. A filosofia é perturbadora da paz. A busca pelo conhecimento próprio é fundamental, apesar de serem poucas as pessoas que o fazem. Porque antes de podermos construir, transformar, condenar ou destruir, é preciso saber o que somos ou pelo menos tentar nos compreender. 

Por isso é de total importância que a Filosofia esteja presente no currículo escolar para que através dela, se possa estudar e compreender as questões humanas, sociais, costumes, tradições e a maneira de ver o mundo. A escola é o espaço privilegiado para a estimulação destes conceitos, ela tem o dever de educar, transformar, informar e promover reflexões a respeito dos demais assuntos da vida e da sociedade, importantes para a formação  e convivência de todo  ser humano.

Etapa 2

O cenário mundial tem sofrido significativas transformações tecnológicas, organizacionais, geopolíticas, informacionais, educacionais, comerciais, financeiras, institucionais, culturais e sociais.

E com isso fica o desafio de construir uma educação que não sirva somente aos interesses econômicos de um país, mais que seja capaz de exercer seu real sentido, não meramente seu aspecto financeiro, e que possa verdadeiramente transformar vidas, ser libertadora e formadora de cidadãos conscientes.

Cabe ao educador do século XXI estimular o jovem para a aprendizagem, jovem que vive na era digital e que na realidade escolar enfrenta aulas monótonas e sem atrativos. Desse modo, não basta apenas estimular o educando, mas é necessário também, que o professor busque maneiras de atualização, proporcionando aulas com novos conteúdos que desafiem os alunos. E temos visto como escolas técnicas que abrange várias áreas de atuação tem tido melhores resultados com seus alunos do que as escolas convencionais.  Com tantas transformações que atravessam a sociedade e com outras tantas exigências que o mercado de trabalho vem fazendo a formação da mão de obra trabalhadora, a escola deve exercer sua autonomia e não mais buscar na economia razões para sua importância e sim contribuir dentro daquilo que é sua função propiciando a seus educando situações concretas onde atuem valores que possam contribuir para desarticular a ideologia do mercado incrustada no dia-a-dia da sociedade e, em particular, no sistema escolar (Paro, 1999, p.118)

A educação para esses tempos de mudanças não consiste em pedagogias novas e sim em conscientização do verdadeiro valor e função social da escola, pois através desse resgate teremos pressupostos que nos permitam pensar numa educação sob novos paradigmas que não o do mercado. Temos que ter consciência do grande papel da Escola, e investirmos nossos esforços, não para a reprodução das desigualdades, mas para a promoção do ser humano, para sua politização, para formação de sua autonomia como indivíduo, e conscientizá-los que a mudança é possível. Essa é uma das vertentes de formação para tempos globalizados.

Etapa 3

Ao discutir indústria cultural e sua relação com a Educação, sabe-se que as Tecnologias de Informação e Comunicação, enquanto produtos da indústria cultural são responsáveis por gerar uma nova cultura que repercute em todas as esferas da vida humana: educação, saúde, trabalho, lazer. O apelo da indústria cultural está presente nas propagandas, nas novelas, em capas de revistas, nos discursos das celebridades, todos estimulando o consumo em massa de bens culturais. Esse discurso aparece desprovido de qualquer crítica e repercute sobre a sociedade, alterando os hábitos, crenças e valores e até a própria cultura.

No ambiente escolar, temos presenciado uma forte influência da mídia na vida dos alunos. A televisão com mais força através de programas, novelas infantis e propagandas, tem injetado na mente de nossas crianças uma identidade moldada pelos padrões da própria mídia, que visa a audiência, comercialização de seus produtos, não se importando com o conteúdo muitas vezes inapropriado, sendo uma afronta a infância, induzindo nossas crianças a relacionamentos precoces, acentuando a sensualidade e sexualidade através de músicas, internet, revistas; mudança de comportamento, valores e princípios.