Autismo na Sala de Aula
Por: Geovana Oliveira • 25/5/2016 • Artigo • 1.120 Palavras (5 Páginas) • 369 Visualizações
Estímulos para autista dentro de um ambiente alfabetizador
Quando recebemos um autista na sala de aula se faz necessário entender a doença e suas características. O autismo afeta o desenvolvimento principalmente, nas áreas: social, não faz contato visual, não gosta de brincar em conjunto e não demonstra interesse nas coisas banais; a comunicação pode até não existir ou ser não funcional e; comportamental, restringindo o interesse em parte de um brinquedo, resistindo a mudança de rotina, realizando movimentos repetitivos e até sendo agressivo.
Após conhecer as características da doença cabe ao professor conhecer a criança. Desenvolver um vinculo afetivo e tentar mante-la motivada, através do contato visual, da interação e usando sempre uma linguagem simples e clara.
Para se motivar um autista é necessário utilizar materiais adequados, adaptados e diversos. O estimulo pode vir do computador, de um livro, de uma musica, vem do estimulo auditivo, do visual e do tátil, basta observar a criança e ver o que lhe prende a tenção e torna efetiva sua aprendizagem.
A sala deve estar arrumada com diversos estímulos visuais (quadro de rotina e palavras escritas (reforço)), que ajudará na adaptação. O que ajuda também é descobrir um personagem de desenho do qual a criança goste e adaptar imagens às atividades.
Dicas auditivas também valem, musica que lembra o que fazer. Dicas gestuais, mostrar o que deve ser feito. Dicas físicas, quando o professor toca a criança e a leva a fazer algo. Mas deve se lembrar que todas essas atitudes devem ser graduais, de acordo com a resposta da criança e retiradas conforme a criança for aprendendo e se tornando mais independente.
Vale lembrar também que os autistas são extremamente inteligentes, devido a seu comportamento obsessivo e a sua incrível memoria. A criança autista de baixa funcionalidade vive em seu mundo, já a de alta funcionalidade vive no nosso mundo, massa sua maneira.
Os autista são diferentes em suas características, onde não podemos seguir um modelo educacional para todos. Devemos adaptar o ensino para cada aluno.
Diante de alguns comportamentos, algumas sugestões;
- Resistência à mudança;
Manter um ambiente seguro e previsível;
Diminuir as mudanças;
Manter a rotina.
- Interação social;
Proteção contra perturbações;
Ensinar a reagir aos colegas;
Incentivar o envolvimento.
- Restrição de interesses;
Não permitir alongamentos de assuntos;
Elogiar;
Ensinar a seguir regras e ouvir outros assuntos.
- Baixa concentração;
Oferecer feedback;
Organização;
Tentar completar a tarefa a seu tempo;
Sentar a criança na frente da sala;
Encorajar o foco no mundo real.
Todo este conteúdo deve ser trabalhado de forma carinhosa, prazerosa e estimulante. O professor tem uma grande importância na vida de um autista, pois como dizia Paulo Freire “Ensinar é criar possibilidades para a construção do conhecimento. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.”
METODO ABA
O tratamento do autismo é feito através de vários especialistas e de forma continua. Sendo o autismo uma condição crônica, e quanto mais se conhece sobre o assunto, mais fácil se torna para tratar.
O tratamento deve ser adaptar a cada criança, onde a intervenção precoce consegue melhorar o comportamento e desenvolvimento, para que se aumente a qualidade de vida dos mesmos.
O método ABA vem sendo utilizado para analisar o comportamento (Applied Behavior Analysis) usando uma abordagem psicológica nos portadores de transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs).
Segundo Lear, 2004, o “ABA vem do behaviorismo e observa, analisa r explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem”.
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