Autonomia na Gestão Democrática

Atividades Teóricas Práticas Supervisionadas – Fundamento da Gestão em Educação

Etapa 1 – Organização e Gestão da Escola

O exercício da autonomia pelos profissionais da

Educação no Espaço Escolar

        

        A organização e a gestão constituem um conjunto de meios e condições que asseguram o bom funcionamento da instituição escolar e o alcance dos objetivos educacionais.         

        O termo “gestão” está freqüentemente associado à idéia de administração, seja governamental, familiar, de uma empresa, escola, órgão público, entidades sindicais e culturais, para o alcance e realização de objetivos comuns. Uma boa gestão deve valorizar a participação e a autonomia da comunidade escolar, buscando a descentralização no processo de tomada de decisão e na formação do projeto político pedagógico, apostando no trabalho docente, como um meio interativo na construção coletiva de objetivos e do funcionamento da escola.

        A escola constitui um ambiente educativo, de aquisição da aprendizagem, onde os professores e o seu trabalho em sala de aula são componentes importantes neste processo.  A autonomia na escola não pode ser algo adquirido, mas, construído através das relações, decorre daí a necessidade de que os professores ponham em prática suas convicções, seu conhecimento da realidade, suas competências pessoais e profissionais, trocando experiências e aprendendo mais sobre seu trabalho, sendo também responsáveis pelas formas de organização e de gestão.

        A Constituição Federal de 1988 apresenta a autonomia como uma forma de “gestão democrática”, e a LDB 9394/96 reforça esta questão, tratando a autonomia e a gestão participativa, como essências da educação.

        Para que a autonomia do trabalho docente seja articulada é necessário que a direção escolar promova condições para uma boa administração da sala de aula, que existam normas comuns para toda a escola e que os próprios professores tenham condutas e objetivos em comum. A idéia de autonomia nos sugere pensar em uma forma de democracia, onde pessoas possam expor suas ideias e admitir as diferenças.

        O exercício profissional do professor necessita de preparo e comprometimento, como membro da equipe escolar, o mesmo deve dominar conhecimentos relacionados à organização e gestão, desenvolver habilidades e capacidades para tomada de decisões, atitudes de cooperação, de responsabilidade e diálogo. Essas características devem levar em consideração as diferenças entre as pessoas e as diversas situações que o professores enfrentam em sala de aula, assim, como os critérios de acompanhamento e avaliação da gestão e do trabalho docente.

Etapa 2 – O sistema de organização e de gestão da escola.

Concepções de organização e gestão escolar

Observações do Projeto Político Pedagógico

Escola visitada: E.E. Deputado José Storópoli

Entrevista com o Gestor

Nome	Angélica M. Bonfim Zucolotto
Formação	Ciências Físicas e Biológicas / Pedagogia / Pós - Graduada
Idade	52 anos
Tempo de Magistério	28 anos
Tempo de Gestão	18 anos
Tempo de Gestão na Escola Atual	18 anos
Definir a escola (municipal, estadual, privada, filantrópica, comunitária).	Escola Estadual
Modalidade (EMEI/ EMEF/ FUND. I/ FUND.II/ EJA).	Ensino Fundamental e Médio
Número de alunos (total)	860 alunos
Número de professores	docentes

Roteiro de perguntas à Gestão:

Quais as dificuldades encontradas no inicio desta gestão?        

O início de toda gestão gera alguns conflitos, a comunidade e os docentes que aqui encontramos, tinham determinados receios de aceitar o novo, novas ideias e concepções, mas foi através de muito diálogo e paciência que conseguimos ultrapassar essas barreiras e colocar em prática nossos objetivos.

Como é o relacionamento com a equipe escolar, em especial os docentes?

Hoje, temos um bom relacionamento, procuramos dialogar e vivenciar uma democracia, buscando a resolução de conflitos.

Em relação ao Projeto Político Pedagógico, como a gestão procura vivenciá-lo? Existe a participação da equipe escolar?

Nosso projeto político pedagógico visa uma gestão participativa, tanto da equipe escolar, como da comunidade, priorizamos o crescimento da escola, a boa formação dos alunos e a capacitação dos professores.

Como gestora desta unidade escolar, a senhora acredita nos termos “autonomia, descentralização e gestão participativa”?

Sim, procuro aplicar esta gestão, visando a participação de todos, para que nossos trabalhos possam ter um bom resultado, onde a organização da escola e a formação dos alunos sejam favorecidas.

E de que forma, em sua opinião, estão autonomia pode acontecer?

È um ponto difícil de avaliar, pois, por muitas vezes, devido a resistência ao novo e a conflitos desnecessários, seja difícil chegar a um consenso. Em algumas ocasiões, preciso intervir e tomar as decisões, buscando um senso comum.

A sua gestão, procura motivar os professores, no exercício da autonomia dentro e fora da sala de aula?

Como gestora, e com o auxilio da coordenação, procuro estar sempre atenta, ouvindo e dando suporte necessário, para que os professores pratiquem a autonomia em sala de aula, exponham suas dificuldades e e tenham tranqüilidade para cumprir suas funções

E no quesito “formação”, os professores são estimulados a buscarem novos conhecimentos?

A coordenação da escola está sempre atenta para auxiliar os docentes na procura do crescimento e da inovação, mas este é outro quesito no qual encontramos resistência, pois, muitos de nossos professores, encontram-se desmotivados, e argumentam falta de reconhecimento profissional.

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