Carta argumentativa

Distrito Federal, 24 de setembro de 2015

Sra. Professora Fátima

Dona Fátima

Querida professora, fui sua aluna há dez anos atrás, hoje estou terminando o curso de pedagogia, sei quão grande é sua luta para ver o aprendizado de seus alunos. Lembro-me de sua didática a importância que você dava para um relacionamento interpessoal entre professor e aluno e os demais colegas, respeitava a história de vida, o conhecimento prévio e valorizava a participação de cada aluno, venho resgatar a esperança que muitas das vezes está limitada, pela a impossibilidade de não possuir recursos.

O processo de aprendizagem se realiza através do relacionamento interpessoal muito forte entre alunos e professores, alunos e alunos, professores e professores, enfim, entre alunos, professores e direção.        

(Masetto, 1997, p. 14)

Tenho algumas ideias, espero que possa te ajudar com a falta de recursos como: cantinho da leitura, brincadeiras de roda, amarelinha, pula corda, trabalhos com reciclagem... no espaço físico da sala de aula. Sei que com 20 anos de experiência essas ideias podem até ser repetitivas e provavelmente já vem trabalhando algumas com seus alunos. Portanto em sua fala sempre deixou bem claro que não vê na falta de recursos uma desculpa para que professores deixem de fazer o seu melhor, sempre teve uma flexibilidade frete a situações imprevista; aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.

No processo de aprendizagem sei a importância da equipe escolar, e dos pais. Ao saber que falta apoio nessa área, gostaria de indicar um projeto educativo, há alguns autores como Celso Vasconcellos, Nogueira que explanam muito bem esse assunto. Um projeto para tirar todos da passividade e fazer uma interação entre direção, professores, alunos e funcionários, todo projeto parte de uma problemática. Nesse caso é a falta de apoio e interação com a equipe escolar, então procure saber qual o sonho, as necessidades os problemas de seus alunos e de todos envolvidos, sedo assim você terá oportunidade de aprender participando.

Como um projeto, os trabalhos são sempre cooperativos, há uma tendência de existir essas “divisões” de tarefas por áreas de interesse e de melhor desempenho, mas que de alguma forma também colocam todos os alunos diante de diferentes alternativas e possibilidades de atuação. O aluno que gosta de interpretar vai ter de ajudar aquele que gosta de redigir, que aprende com aquele que gosta de falar em público e assim sucessivamente o projeto vai dando diferentes possibilidade de atuação aos diversos alunos.

Nogueira (2005)

Por maior que seja a dificuldade pela qual esteja passando, eu que já fui sua aluna digo não desanime, acredite em você mesma continue acreditando em seus alunos e acredite que a mudança na educação é possível.  

Atenciosamente Sabrina