Cartilha PDF Educação Inclusiva
Por: solaveiga • 6/12/2015 • Dissertação • 1.488 Palavras (6 Páginas) • 449 Visualizações
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA INCLUSIVA
Dinorá Regina Nair Kock Baumgarten
Solange Aparecida Silva dos Santos de Sousa Cruz
Mara Manske
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED0022) – Estágio II
05/06/2012
1 INTRODUÇÃO
Nossa área de concentração é Educação Inclusiva com enfoque no processo de alfabetização com o tema “Alimentação Saudável”.
De acordo com a LDBEN 9394/96 em seu 58º artigo, entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com necessidades especiais.
O Brasil ao aderir a Declaração Mundial de Educação para todos, em 1990, optou pela construção de um sistema educacional inclusivo. Reafirmou o compromisso na Declaração de Salamanca (1994) e na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências (ONU, 2006) que ratificou a obrigação dos países em promover a inclusão das pessoas com deficiências em bases iguais com as demais pessoas, como dar acesso a todas as oportunidades existentes para a população em geral.
Nosso objetivo foi compreender as propostas que fundamentam a inclusão escolar, verificar a teoria na pratica escolar inclusiva e construir no grande grupo, ideias, opiniões, sugestões.
Nossas observações vão de encontro a uma das teorias de Vygotsky (1997, p.214-215) defensor da inclusão, que não concordava que crianças com necessidades especiais fossem estigmatizadas como diferentes das crianças neurotipicas, pois em seus estudos e observações a aprendizagem é continua no desenvolvimento, e a integração entre ambas favorece o aprendizado de todos.
2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Segundo o Referencial Curricular Nacional (Brasil, 1998, p.55), o ato de se alimentar tem como objetivo, além de fornecer nutrientes para a manutenção da vida e saúde, proporcionar conforto ao saciar a fome, prazer ao estimular o paladar, e contribuir para a socialização ao revesti-lo de rituais. Além disso, é fonte de inúmeras oportunidades de aprendizagem.
Nas crianças com síndrome de asperger ou autismo estes rituais são mais acentuados, como por exemplo, comem alimentos somente de determinadas cores ou preferência por alimentos doces.
Estas características podem ocorrer por estas crianças terem sensibilidade sensorial a texturas, aromas e gosto ou mudanças na sua rotina.
2.1 PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO NA CRIANÇA COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
A Escola Básica Municipal General Lucio Esteves, consciente de que devem oferecer aos educandos, fundamentos necessários para que possam compreender e enfrentar as dicotomias e desafios existentes na sociedade sentiu a necessidade de elaborar o seu Plano Político Pedagógico seguindo as novas exigências educacionais e sociais.
O planejamento segue os planos de curso anual, tendo como diretriz as orientações da Secretaria Municipal de Educação, e o PPP da escola, sendo que o mesmo é flexível e dependendo da turma, os conteúdos não precisam necessariamente ser seguidos nesta ordem. Através do planejamento trimestral da escola, a professora regente faz o planejamento diário, e segundo a opinião da mesma, o planejamento é adequado, possibilitando no dia a dia observar, como os alunos estão avançando no processo de alfabetização, o nível que se encontram, podendo reforçar o conteúdo ou seguir adiante.
A primeira fase do estágio foi de observação na turma do 2º ano do ensino fundamental. A classe é formada por 22 alunos, sendo um diagnosticado com síndrome de aspergem. A faixa etária dos alunos é de sete anos, de classe social médio-baixa, em boas condições de moradia, a maioria moram com os pais, sendo que a família em média é composta por 4 pessoas, e o nível de escolaridade dos pais é o ensino fundamental.
Na segunda fase do estágio iniciamos com a fala da professora regente, sobre o motivo da nossa presença, onde a mesma pediu a colaboração dos alunos. Falamos nossos nomes e introduzimos o tema a ser trabalhado durante a semana: “alimentação saudável”. Fomos bem recebidas por todos. Nas primeiras colocações sobre o tema, alguns alunos participaram e reconheceram a pirâmide alimentar, com relatos de como é a sua alimentação no convívio familiar. Entregamos a pirâmide em folha A4 para cada aluno, pintarem os alimentos e classificá-los. Na escrita do texto alguns alunos necessitaram de auxilio para escrever. A professora regente nos auxiliou com estes alunos. Observamos que no processo de alfabetização 40,9% dos alunos desta classe, apresentam dificuldades no processo de aprendizagem, necessitando de um tempo maior para realizar as atividades (neste aspecto, fomos surpreendidas, pois durante a primeira fase do estagio de observação fomos informadas que 3 alunos não reconheciam as letras do alfabeto, e que até a data da regência, provavelmente teriam avanços no processo de alfabetização). Estes alunos são acompanhados por uma psicopedagoga uma vez por semana, em horário escolar.
A professora regente e a professora de apoio pedagógico realizam atividades com jogos e atividades paralelas com estes alunos no dia a dia, bem como os demais alunos que já estão alfabetizados auxiliam os colegas com dificuldades.
Conforme Ferreiro (1985, p.40) “crianças que ainda não estão alfabetizadas podem contribuir com proveito na própria alfabetização e na dos seus companheiros, quando a discussão a respeito da representação escrita da linguagem se torna pratica escolar.”
Ou ainda
“Todas as crianças conseguem aprender: todas as crianças frequentam classes regulares adequadas a sua idade em suas escolas locais, recebem programas educativos adequados, recebem um currículo relevante as suas necessidades, participam de atividades co-curriclares e extracurriculares, beneficiam-se da cooperação e da colaboração entre seus lares, sua escola e sua comunidade”. (PACHECO; EGGERTSDÓTTIR; MATINÓSSON, 2007, p.14).
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