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Chimamanda Adichie – “O perigo da história única” - Vídeo – Site: Youtube.com.br

Por:   •  13/10/2016  •  Resenha  •  980 Palavras (4 Páginas)  •  440 Visualizações

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Relatório: Chimamanda Adichie – “O perigo da história única” - Vídeo – Site: Youtube.com.br

Chimamanda Adichie filha de um professor universitário e de uma administradora,

vivenciou uma Nigéria diferente daquela que sempre é exposta.

No vídeo a escritora nigeriana Chimamanda Adichie inicia seu discurso falando

sobre seu precoce contato com a literatura estrangeira: americana e britânica, leitura e

escrita aos respectivos 4 e 7 anos de idade.

Fala também de sua reprodução das obras em seus desenhos e textos com

embasamento no que ela lia e ouvia das histórias, como personagens brancos de olhos

azuis, neve, pessoas comendo maçã e bebendo cerveja de gengibre.

Em um determinado ponto ela ressalta a vulnerabilidade e a impressão

(influencia) que os mesmos têm sobre o desenvolvimento intelectual de uma criança, no

caso dela, ela não se encaixava nos personagens descritos e seus cotidianos.

Passando para um outro ponto ela começa a falar de sua descoberta da literatura

africana, não tão fácil de se encontrar como as estrangeiras, através dos escritores:

2 Chinua Achebe e Camara Laye. Logo passara a se encaixar nas histórias de forma que

podia reproduzi-las em sua realidade, como ela mesma diz: ela se reconhecia.

Então a escritora começa a contar um pouco mais de sua infância e fala sobre

Fide, um menino que trabalhava para sua família e tudo o que ela sabia sobre ele é que

sua família era muito pobre.

Ela também cita que quando largava a comida, sua mãe lhe chamava a atenção:

“termine sua comida! Você não sabe que pessoas como a família de Fide não tem

nada? ”. Logo, era inevitável não sentir pena daquele pobre menino.

Certo dia, Chimamanda e sua família foram visitar a aldeia de Fide. Ela relata que

ficou surpresa ao ver um cesto que o irmão do garoto havia feito. “Nunca havia pensado

que alguém em sua família pudesse realmente criar alguma coisa”.

“Tudo o que eu tinha ouvido sobre eles era como eram pobres, assim havia se

tornado impossível para mim vê-los como alguma coisa além de pobres. Sua pobreza

era minha história única sobre eles”. Sua mãe havia lhe dito que eles eram pobres, mas

nunca que eram trabalhadores.

Já com 5 minutos de vídeo a escritora fala sobre sua ida para a universidade nos

Estados Unidos e o modo e reação com que as pessoas a tratavam, em princípio sua

colega de quarto, e principalmente uma real forma com a qual ela mesma se via até

este momento.

O sentimento de piedade com que inconscientemente sua colega a enxergava

era uma realidade com a qual ela ainda não havia, de certa forma, lidado. A expectativa

que fora depositada nela no que se refere a músicas, idiomas, costumes etc., era algo

novo e comum ao mesmo tempo para Chimamanda.

A sociedade americana, representada pela colega de quarto dela, esteve muito

3 tempo submetida a uma visão de mundo limitada em relação ao continente africano

como um todo, o que possibilitou a construção de inúmeros estereótipos sustentados

pela falta de uma voz que pronunciasse os erros naquelas versões.

Ela retrata de forma simples e bem-humorada as diferenças encontradas, pois da

mesma forma que ela sentia isso, a colega também parecia estar passando pelo

mesmo processo de assimilação desta nova cultura proposta/exposta a ela.

É interessante ela ressaltar a fala e falta de conhecimento de muitas pessoas

que consideram a África como um país e não um continente e suas peculiaridades

como: cultura, paisagem e economia.

Ela pôde ver que as pessoas neste novo país enxergavam o seu como algo

digno

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