Conteúdo e Metodologia da lingua Portuguesa
Por: neidebernardo • 20/10/2016 • Dissertação • 932 Palavras (4 Páginas) • 444 Visualizações
Presença da linguagem oral e escrita na educação infantil – Ideias e práticas coerentes
Pesquisas realizadas, nas últimas décadas, baseadas na análise de produções das crianças e das práticas coerentes, tem apontado novas direções no que se refere ao ensino e à aprendizagem da linguagem oral e escrita, considerando a perspectiva da criança que aprende.
A linguagem oral possibilita comunicar ideia, pensamentos e intenções de diversas naturezas. Seu aprendizado acontece dentro de um contexto. A linguagem não é apenas vocabulário, lista de palavras ou sentenças. É por meio do diálogo que a comunicação acontece. Pesquisas na área da linguagem tendem a reconhecer que o processo de letramento está associado tanto à construção do discurso oral como do discurso escrito.
Para aprender a ler e a escrever, a criança precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem.
Infância e descoberta da linguagem
As crianças começam a ter contato com a linguagem e também com a arte na educação infantil. Nesta fase elas sonham acordadas, inventam e descobrem coisas, se aventuram em um mundo desconhecido não tem medo de criar. Pensando nesse contexto, vamos destacar a importância de o professor aproveitar essa fase de seus alunos.
A infância é uma época de descobertas, aventuras e magia para as crianças. É nesta fase, durante a educação infantil, que elas terão seus primeiros contatos com as linguagens, cabendo ao professor valorizar os seus conhecimentos e suas criatividades. O que realmente importa a elas é o brincar aprendendo. As crianças sentem prazer em desenhar, pintar, rabiscar, cortar e criar, é assim que elas se expressam.
As crianças desvelam-se e revelam-se por meio de manifestações expressivas. Sendo assim, é fundamental que o professor observe os limites da criança, e compreenda também, a importância de a criança criar e titulá-lo livremente.
LINGUAGEM E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Falar de diferentes linguagens, na educação infantil, significa, num primeiro momento, falar de aspectos que traduzem as características da linguagem própria da criança: imaginação, ludicidade, simbolismo, representação. Para ela a linguagem reveste-se de um caráter comunicativo que, ao mesmo tempo em que comunica algo, diz alguma coisa também. Daí dizer que toda e qualquer forma de linguagem representa uma riqueza de possibilidades, desde que, faz se necessário lembrar, a criança tenha acesso às especificidade de cada uma delas, para que desse modo, possa desfrutar de todas. Por isso se justifica dar tanto valor às variadas experiências humanas. A partir desse entendimento, insere–se a criança no panorama cultural construído pelo homem ao longo da história.
Cabe destacar que cada linguagem traduz intenções, pretensões, alusões ao tipo de mensagem que se propõe a comunicar. Assim, se o que pretende é formar a criança na sua totalidade, pra que possa efetivamente viver a infância de maneira plena e significativa, faz-se necessário que nos debrucemos, primeiramente sobre o impacto que a produção cultural provoca nas crianças e o papel da escola frente as inúmeros pelos trazidos por essa mesma produção. Dizer que as novas tecnologias representam uma ameaça ao desenvolvimento da criança, não resolve os conflitos advindos dessa nova realidade cultural.
Trata-se pois, de entender e de ressignificar essas linguagens. Assim, ilustra-se a presente questão com uma das formas de comunicação mais característica da criança, qual seja, o brincar.
A linguagem do brinquedo é espontânea, anárquica e plena de significados. Nossas formas de brincar, os brinquedos que utilizamos/preferimos são determinados por fatores que extrapolam a escolha autônoma.
Nessa lógica, não se trata tão somente de brincar, mas de brincar com determinados objetos mercantilizados, que logo se tornarão obsoletos, pois que substituídos por outros mais modernos.
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