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Contextualizando as relações de ensino e aprendizagem da língua portuguesa

Por:   •  5/5/2015  •  Resenha  •  543 Palavras (3 Páginas)  •  306 Visualizações

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Resenha: Contextualizando as relações de ensino e a aprendizagem da Língua.

Desde a década de 80, iniciou-se uma discussão sobre os apontamentos metodológicos a fim de se modificar as práticas de ensino e aprendizagem da mesma.

A necessidade de pesquisas a fim de se repense o processo de ensino-aprendizagem, surgiu em decorrência ao fracasso de alunos perante a relação ensino-aprendizagem da língua materna. Segundo BAKHTIN

        A língua materna – a composição de sua léxica e sua estrutura gramatical não a aprendeu nos dicionários e nas gramáticas, nós a adquirimos mediante enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos durante a comunicação verbal viva que se efetua com os indivíduos que nos rodeiam.

Assimilamos as formas da língua somente nas formas assumidas pelos enunciados e juntamente com essas formas. As formas da língua e as formas típicas de enunciados, isto é, os gêneros do discurso, introduzem-se em nossa experiência e em nossa consciência juntamente e sem que sua estreita correlação seja rompida.

Aprender a falar é aprender a estruturar enunciados ( porque falamos por enunciados e não por orações isoladas e, menos ainda, é óbvio, por palavras isoladas). Os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que a organizam as formas gramaticais. (BAKHTIN, 1992, p. 301-302).  

Sendo assim que tivemos a Proposta Curricular para o Ensino da Língua Portuguesa, que buscou reunir concepções diferentes, e teorias advindas da Linguística, contando com a participação de muitos professores do Ensino Fundamental, e Médio.

Ainda que as orientações contidas na proposta curricular, para o ensino da língua tenha sido das mais bem elaboradas, esta proposta curricular não vingou nas nossas escolas.

Em 1996, surgem Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, com a mesma tentativa no âmbito nacional, ainda de maneira mais sintética se comparada com a proposta curricular da década de 80. Dessa forma, os PCNs são uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nas décadas de 80 e 90 em termos de linguagem e língua.

      De acordo com Travaglia (1997) destaca que a concepção de linguagem e a língua altera muito o modo de estruturar o trabalho com a língua em termos de ensino quanto à postura que se tem em relação à educação.

É preciso compreender antes de qualquer coisa que a língua é um fato social, um saber coletivo, que existe em função da interação dos indivíduos com seus pares.

A analise das principais concepções de linguagem que se inserem em algumas correntes teóricas é de crucial importância para se aprender em sala de aula.

Por isso, faz-se necessário que o professor de Língua Portuguesa transmita aos seus alunos o processo de variação linguística para que eles valorizem a sua própria língua e cada vez mais se tornem pessoas criticas mais participativas, política e socialmente.

    Antunes (2007) é preciso entender que as línguas têm, em seu comando pessoas, seres atuantes, sujeitos ativos. A escola deve mostrar aos alunos contextos que eles podem escolher entre uma forma ou outra.

No entanto, para que o ensino da língua materna não se concentre apenas nas regras rígidas da gramática normativa é preciso que o professor compreenda que o ensino de língua portuguesa só será efetuado com sucesso quando a escola estimular a capacidade cognitiva e linguística do aluno.

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