A IMPORTÂNCIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA NUMA PERSPECTIVA EMPREENDEDORA SOCIAL.
Por: hericafreitas • 7/10/2019 • Artigo • 3.561 Palavras (15 Páginas) • 278 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA FUND. E METODOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
DOCENTE: HERCÍLIA VITURIANO
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA NUMA PERSPECTIVA EMPREENDEDORA SOCIAL.
Alcilene Soares Carneiro¹
Cláudia Mara S. Cabral¹
Hérica Patricia Souza Mour¹
Juliana Pinheiro Silva¹
Kyrbele Lorrane¹
Resumo
Neste artigo refletimos sobre a importância do ensino e aprendizagem da língua Portuguesa numa perspectiva empreendedora social. Compreendendo a língua como instrumento de comunicação por excelência, na qual assume um papel de grande relevância na dimensão política e econômica de uma sociedade. Considerando também a trajetória histórica, e reconhecendo que a língua e seus avanços desde a época da dominação colonial, representa uma garantia fundamental de identidade. Nos serviu de aporte teórico as teorias sobre a importância da disciplina da Língua Portuguesa expressa em documentos como a Base Nacional Comum Curricular – BNCC e Programa de Currículo Nacional – PCN, estudiosos da temática que a consideram como base para a formação de todos acadêmicos, independente da área que pretende atuar. Nessa lógica nos atentamos para os frutos da educação brasileira que vem em sua longa jornada avançando e recuando conforme as políticas que são pensadas e elaboradas com base nos interesses dos governantes.
Palavras-chave: Língua Portuguesa. Ensino-aprendizagem. Construção Social.
- Introdução
Nesta pesquisa objetivamos refletir sobre a importância do ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa numa perspectiva empreendedora social, através da análise de dados bibliográfico como, da Base Nacional Comum Curricular – BNCC e Parâmetros Currículares Nacional – PCN além de pressupostos teóricos, dentre os quais destacamos os mais relevantes para a realização desse trabalho, o Geraldi (1997), Saussure (1970) Bruna Amaral Bernardo e Jane da Costa Naujorks acrescenta aqui os autores do texto do grupo 1 do seminário
Faz-se necessário, uma reflexão acerca da organização do ensino e como se dá o processo de aprendizagem da língua portuguêsa, pressupondo uma clara concepção sobre o modo de ser do nosso objeto de estudo, ou seja, reconhecer a língua em toda sua multiplicidade. Essa natureza heterogênea e multifacetada da língua se conecta com a concepção de homem enquanto ser social, que se articula em uma estrutura igualmente complexa de sociedade, associado a fatores ideológicos, políticos, econômicos e culturais.
Para tanto, dividimos nosso estudo destacando a importância do ensino da língua portuguesa, numa perspectiva empreendedora social, assim como as mudanças na forma de compreensão dessa língua e seu ensino. Abordando, primeiramente a língua portuguesa nos documentos curriculares nacionais apresentamos as mudanças na forma de entender a língua portuguesa nos documentos curriculares. Iniciamos com aquelas vindas com o PCN de língua portuguesa para os anos iniciais, e o ensino dela. Em segundo iremos argumentar sobre as mudanças vindas com a BNCC de Língua portuguesa, as situações de leitura apropriadas para cada texto e para desenvolvimento de atividades de leitura com a diversidade textual, no terceiro momento abordaremos a escrita como produção de texto e por último faremos uma reflexão sobre a Língua referente aos aspectos estruturais da Língua, quer dizer como trabalhar esta dimensão da língua.
Desta maneira, observa-se que a Língua Portuguesa considerada como base para qualquer que seja a formação, que necessariamente esta disciplina seja trabalhada com bastante comprometimento e dedicação, uma vez que irá desenvolver habilidades essenciais como a escrita e a leitura, contribuindo para o desempenho intelectual e social da criança. Pois, a língua, instrumento de comunicação por excelência, é um modo de ser e um modo de estar, o que assume papel de grande relevância na dimensão política e econômica do indivíduo, que ultrapassa desde a época da dominação colonial, até os dias atuais como representação e garantia fundamental de identidade.
Salientamos a seguir, sobre a importância desta disciplina no âmbito da construção social, além da essencial atuação do professor para perceber as limitações e possibilitar a partir das séries iniciais a utilização adequada da Língua Portuguesa.
Visto que a sociedade, nesse contexto, se apresenta como a receptora dos avanços e recuo de um ensino que atende e satisfaz a vontade das classes dominantes. Considerando que, o ensino desta disciplina nos anos iniciais, com todas as deficiências existentes, ainda se apresenta como propulsor para o desenvolvimento de uma sociedade.
- A importância do ensino da Língua Portuguesa numa perspectiva empreendedora social.
Desde os anos 80, o ensino de Língua Portuguesa na escola tem sido o centro da discussão acerca da necessidade de melhorar a qualidade da educação no País. No ensino fundamental, o eixo da discussão, no que se refere ao fracasso escolar, tem sido a questão da leitura e da escrita. O PCN, nos diz que, essas evidências de fracasso escolar apontam a necessidade da reestruturação do ensino de Língua Portuguesa, com o objetivo de encontrar formas de garantir, de fato, a aprendizagem da leitura e da escrita.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabeleceu, nas últimas quatro décadas, o norte para o trabalho com a Língua Portuguesa nas escolas brasileiras. As concepções teóricas e metodológicas de cada documento norteador estão diretamente relacionadas às tendências pedagógicas e correntes linguísticas, as quais embasam o estudo e o trabalho com a linguagem.
A questão da variação linguística e dos usos das variedades, tem sido desconsiderado, na escola, de modo geral e tradicionalmente vem com essa prática, já que muito do que é classificado como problema de fala e escrita, principalmente na alfabetização, está diretamente relacionado ao fato. Necessariamente, o professor alfabetizador, tem sua parcela de contribuição quando sua prática fica imerso aos conceitos da gramática tradicional, atribuindo valores de certo e errado aos textos de seus alunos, desconsiderando que as crianças, nesta fase, além de não possuir o domínio do sistema gráfico e das complexidades que lhe são características, tende a escrever conforme o seu dialeto regional e/ou social.
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