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Curso De Licenciatura Em Pedagogia

Por:   •  1/10/2024  •  Trabalho acadêmico  •  1.786 Palavras (8 Páginas)  •  31 Visualizações

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FACULDADE UNIÃO CULTURAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

DISCIPLINA: DIDÁTICA GERAL

Professor ENOCK DA SILVA OLIVEIRA

Iza Selma Costa Cardoso

Atividade de Recuperação

A Didática no Brasil: sua trajetória e finalidade

Maracanã, setembro / 2024

A DIDÁTICA NO BRASIL: SUA TRAJETÓRIA E FINALIDADE

Humberto Corrêa dos Santos[1]

RESUMO

Situando-se como uma formação voltada apenas para os professores até as duas décadas do final do século XX, a Didática era diferenciada e excludente do ensino aprendizado por falta de uma melhor formação. Hoje a simbologia da mudança socioeconômica fez com que houvesse uma dinamização automaticista da Educação e a Didática frente a isso tornou-se instrumento de classificação de nível social entre docente discente. A fala atual se inicia com a vontade de ascensão dos intelectuais educacionais que desenvolvem seu enriquecimento pedagógico às custas do trabalho de professores ante uma clientela que sofre exploração, digamos até de certa forma escravista, porque o sistema, não dá a perceber o potencial intelectual da clientela discentes e docentes, o que pode levar a uma falsificação de seu conteúdo no sentido ensino-aprendizagem levando a trabalhar e não se relacionar uma com a outra. 

INTRODUÇÃO        

Paralelamente à história, da evolução da Didática figuram personagens, como Comênius, Libâneo, Candau, Damis, Saviani, entre outros, apresentados no artigo que ora serve de fonte para o presente trabalho, personificando toda trajetória do próprio ambiente educacional, entrelaçando as identidades com o próprio espaço.  Todavia, o desejo dos pensadores da educação não era e não é ascender para garantir pequenos e vicejantes avanços, mas sim ser destacados em seus meios sociais, como é o caso da classe militar e o tradicionalismo da pedagogia, constituída assim por Saviani (2001):

...se as pedagogias tradicionais e novas podiam alimentar a expectativa de que os métodos por elas propostos poderiam ter aceitação universal, isto se devia ao fato de que dissociavam a educação da sociedade, concebendo esta como harmoniosa, não contraditória. Já o método que preconizo deriva de uma concepção que articula educação e sociedade e parte da consideração de que a sociedade em que vivemos e dividida em classes com interesses opostos (SAVIANI, 2001, p. 75-76). [2]

A construção de um cenário bem quisto se configura nessa “A Didática no Brasil: sua trajetória e finalidade”, uma vez que é desejo dos protagonistas desvencilhar-se de tudo aquilo que não lhes daria o prestígio almejado. É no dado momento, início dos anos 1980 que se busca modificar suas diretrizes, evocando novos slogans e uma busca de aproxima-se da família acadêmica.

CONTRADIÇÕES DA DIDÁTICA

O presente artigo “A Didática no Brasil: sua trajetória e finalidade”, de Humberto Corrêa dos Santos, demonstra a característica linear de uma limitação do aprendizado pois, os docentes devem seguir à risca um comportamento de formação inócua, com metodologias até hoje iguais as antigas. Reprodução, verbalização, doutrinação e falta de identidade.

Criar um sistema capaz de formar melhores docentes/discentes para a carreira pedagógica se faz imperativo para um ensino de alto nível. Daí a relevância da criação de um projeto concebido em função de um plano de carreira para professores, não só do ensino superior, porém, abrangente as classes formadoras de alunos, embasado na meritocracia, conceito implícito e pouco aceito no meio educacional brasileiro, no entanto, apontado por Saviani:

Trata-se, portanto, de lutar também no campo pedagógico para fazer prevalecer os interesses até agora não dominantes. E esta luta não parte do consenso, mas do dissenso. O consenso é vislumbrado no ponto de chegada. Para se chegar lá, porém, é necessário, pela prática social, transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade igualitária. A pedagogia por mim denominada ao longo deste texto, na falta de uma expressão mais adequada, de “pedagogia revolucionária” não é outra coisa senão aquela pedagogia empenhada decididamente em colocar a educação a serviço da referida transformação das relações de produção (SAVIANI, 2001, p. 75-76).[3]

Os autores anteriores, bem como os atuais, buscam e impingem limitações, quando no seu falar, definem como “mão de obra” os menos favorecidos social e financeiramente, o que é um atraso para o bom ensino. Entretanto, a modalidade repetitiva, cria no aluno, em seu sentido amplo, uma mediocridade restritiva da aprendizagem que nunca se perde, e hoje, a defasagem por conta de material didático de baixo teor educacional, a criação de analfabetos funcionais é extensa. Em contrapartida, exigem-se indicadores de desenvolvimento acadêmico e escolar e cobranças de resultados em alto nível apoiados nestes conteúdos insalubres. A Educação didática precisa de discussões com atitudes objetivas e menos ideologias de reformulação dos seus pilares, que não passam de discursos ideológicos.

A concepção subentendida no artigo fundamental para este estudo deixa claro que é preciso manipular os conteúdos, sem que aja evolução, pensamento crítico e questionador. Não existe falta de financiamentos, e sim inadequação de como esses recursos são empregados – em geral, de maneira bastante ineficaz. Pode-se obter resultados superiores apenas fazendo melhor uso das metodologias já existentes. Prova disso é que, com orçamento idêntico, algumas universidades públicas oferecem ensino de ótima qualidade e outras, de péssimo nível.

As boas são administradas com uma visão moderna de gestão. Não existe uma didática ou curso voltado para aperfeiçoar esses profissionais a liderar equipes ou cobrar resultados, o básico para qualquer um que se pretenda educador. Quem se sai bem na função, em geral, é porque tem algo como um dom inato para a educação.

As universidades que pretendem formar professores, passam ao largo da prática da sala de aula. No lugar de ensinarem didática, as faculdades de pedagogia optam por se dedicar a questões mais teóricas. Acabam se perdendo em debates sobre o sistema cujo ideário predominante não passa de um conteúdo de segunda ou terceira categoria. O que se discute hoje nessas faculdades está muito distante de qualquer ideia que seja cientificamente aceita, mesmo dentro da própria ideologia educacional. É uma situação difícil de mudar.

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