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Curso de Extensão: Teoria Pedagógica Emancipatória: Currículo Integrado, Escola Ativa e Formação Omnilateral

Por:   •  27/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.649 Palavras (11 Páginas)  •  263 Visualizações

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Curso de Extensão: Teoria Pedagógica Emancipatória: Currículo

Integrado, Escola Ativa e Formação Omnilateral

Artigo sobre o educador M. M. Pistrak

Aluno: Antônio Thiago Bernardo da Silva Professor: Marcelo Lira Silva

Goiânia – Goiás

2018

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO DIRETORIA DE AÇÕES PROFISSIONAIS E TECNOLÓGICAS

Este artigo aborda sobre o educador Moisey Mikhaylovich Pistrak e suas

contribuições teóricas pedagógicas na educação do período pós-revolucionário russo,

onde será feito uma análise sobre sua principal obra “Fundamentos da Escola do

Trabalho”.

Será exposto também os princípios da teoria educacional pistrakiana e as

possibilidades por ela apresentadas para a organização das atividades pedagógicas na

escola entre as educadoras e os educadores no momento histórico vivenciado pelo autor,

em meados dos anos 1920.

INTRODUÇÃO

Pistrak foi um educador que se dedicou às questões do ensino pela prática escolar,

ele fazia parte dos/as pedagogos/as que pensaram as transformações necessárias para

formar o novo homem da revolução. Em seus livros “Os fundamentos da escola do

trabalho e Escola‐Comuna”, o autor trata a formação escolar como algo importante para

manter vivo o espírito revolucionário desse novo homem. Todo o projeto educativo

proposto foi embasado na teoria marxista e especificamente, guiado pelo ideal leninista

de educação politécnica.

Em sua obra é notório o trabalho de pesquisa, debates e militância para a

formulação de teorias educacionais que contribuíssem para a construção de uma escola

que atendesse à novíssima tentativa de organização da classe trabalhadora.

O livro “Fundamentos da escola do Trabalho” é resultado desse esforço e propõe

o rompimento radical com a estrutura de educação formal burguesa e com as relações que

justificavam a propriedade privada dos meios de produção para que o novo homem e a

nova mulher pudessem ser construídos. O livro procura evidenciar possibilidades, limites

e dificuldades concretas para a superação do que podemos chamar de “Escola do Capital”,

cujas bases ontológicas estavam (estão) fincadas no trabalho alienado, na manutenção da

sociedade de classes, e as bases epistemológicas, numa tradição idealista, longe da

propositura de uma “pedagogia social”.

Nos Fundamentos da Escola do Trabalho o pedagogo soviético expõe os

pressupostos que constituem diretrizes de importância essencial para uma teoria

pedagógica da nova sociedade, desenvolvendo-as.

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A ESCOLA‐COMUNA DE PISTRAK

Pistrak (2000) parte do pressuposto que a pedagogia comunista marxista é antes

de tudo uma teoria pedagógica social, já que se relaciona diretamente com o

desenvolvimento dos fenômenos sociais vivenciados na atualidade e interpretados pelo

ponto de vista do materialismo histórico e dialético. Assim, afirma que a escola fora da

vida e da política é uma hipocrisia. A escola reflete sempre o tempo em que está inserida.

Sempre esteve a serviço das necessidades de um regime social determinado. Se

não fosse assim teria sido eliminada da sociedade como um corpo inútil. Por isso não

podemos considerá‐la como fim nem finalidade educacional absoluta, que tenha

condições de criar uma individualidade harmônica baseada simplesmente em métodos

invariáveis ditados pela ciência.

O papel da escola é ser a “arma” ideológica da revolução proletária russa. Para

Pistrak (2000), o ensino deveria ser voltado ao estudo da realidade atual, já que o passado

significava algo a ser superado. Não estava desconsiderando a importância deste passado

do ensino, mas reforçava a necessidade de estudá‐lo a luz da atual realidade, ou melhor,

a luz da concepção marxista. Essa escola deveria enfrentar o estudo da realidade de forma

a considerar os fenômenos que ocorrem como simples partes de um processo histórico

geral, “é preciso demonstrar a essência dialética de tudo” (Pistrak, 2000, p.34).

Neste sentido, a noção fundamental da base do projeto educativo foi à filosofia da

práxis. Através dela se defendia a possibilidade do desenvolvimento das ciências de

acordo com as necessidades reais do momento histórico vivido pelos sovietes.

Para o pedagogo russo era essencial inculcar o “espírito” marxista de análise da

realidade, para que os estudantes entendessem a realidade de forma dialética e

transformadora. E que a escola fosse vista dentro desse contexto, e não como algo alheio

que examina a realidade como se fosse exógeno a ela.

Para o pedagogo russo a auto‐organização é necessária para introduzir o espírito

de responsabilidade e participação na massa trabalhadora. O regime soviético previa a

ampla participação dessa massa através do incentivo aos partidos e sindicatos. Não era

democrático no sentido republicano da palavra, já que o objetivo maior era a própria

anulação do Estado. Assim, a auto‐organização da escola não deveria ser determinada

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pelos professores já que, no lugar de estimular a autonomia estariam estimulando a

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