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DISLEXIA: DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM

Por:   •  6/4/2017  •  Artigo  •  1.561 Palavras (7 Páginas)  •  493 Visualizações

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DISLEXIA: DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM

Resumo: O presente artigo tem por objetivo falar sobre a dislexia, seu conceito, sinais e como identificá-la na aprendizagem das crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A aprendizagem escolar das crianças é um processo muito importante que requer profissionais habilitados para a condução adequada a partir das necessidades e limitações destes sujeitos. Portanto, questiona-se: até que ponto a incompreensão do professor sobre a dislexia influência no processo de aprendizagem da leitura e escrita da criança dos anos iniciais de forma significativa? Assim sendo, é importante que o docente tenha conhecimento sobre esse bloqueio de aprendizagem, para poder realizar um trabalho com essas crianças. Esta pesquisa é do tipo qualitativo de cunho bibliográfico. Nos resultados foi percebido que os professores têm uma carga enorme de mediar e orientar o aluno desde a Educação Infantil para então formar cidadãos críticos posteriormente. É necessário que o docente tenha conhecimento sobre a dislexia, para trabalhar em conjunto com a criança e tratá-la de forma natural, sabendo utilizar uma linguagem bastante clara, facilitando sua compreensão e dessa forma o docente estará realmente vivendo e trabalhando com a inclusão.

Palavras-chave: dislexia, dificuldade de aprendizagem, criança.

1. INTRODUÇÃO

No dia a dia na sala de aula professores se deparam com alunos com dificuldades de aprendizagem, principalmente nos anos iniciais da Educação Básica. Existem inúmeras problemáticas que atingem as crianças e que dificilmente são detectadas de forma rápida e compreensível. Entre estas causas de impedimento na aprendizagem existe a dislexia.

Há alguns anos já temos a Educação Inclusiva, modalidade da qual antes não fazia parte da realidade educacional brasileira. Esse tipo de educação atende aos diversos tipos de deficiência, distúrbios, dificuldades de aprendizagem, como porexemplo, a Dislexia que de fato faz parte do dia a dia escolar e passa a ser um enorme desafio para os professores da Educação Infantil e todas as outras modalidades de ensino.

1. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

A criança logo ao nascer não está preparada para viver em meio à sociedade, pois ainda não sabe comunicar, andar, se alimentar, usar o banheiro, ou seja, não sabe como sobreviver ou se proteger. Ela precisa do auxílio de um adulto que lhe ensine a se comportar, que a eduque para poder se inserir na vida social da qual faz parte.

Portanto, a educação não deve se dá de forma isolada, tem que haver o contato e o conhecimento dos costumes, dos acontecimentos diários do meio social. Por isso que existe a necessidade de fazer uma constante mudança na educação, porque a partir do momento que alterar a educação, altera-se também o sujeito.

Para Freud (1974), o ser humano se comporta através dos seus instintos, seus atos, da sua herança genética, histórica e social, e nem sempre temos consciência do que fazemos. Para Freud, o homem deve se frustrar, é uma forma saudável para o seu desenvolvimento. Pois existe a necessidade de aceitar a sua realidade e todas as regras e leis impostas para viver no meio social, assim, é necessário que a criança seja educada de forma que lhe proporcione prazer, mas que existam os limites impostos, o que não haver é uma educação forçada ou pressionada. A aprendizagem e o desenvolvimento da criança precisam ser constantemente estimulados, tendo como princípio o seu desejo.

A Linguagem oral é algo natural do ser humano. Já a leitura é um produto que depende do estímulo, oferecido pela família e pelas instituições educacionais. É através da leitura que o indivíduo consegue se desenvolver e se incluir na sociedade letrada. No entanto, nem sempre é fácil chegar a esse caminho. Como as crianças disléxicas, que apresentam grandes dificuldades para compreender o que se estar lendo, essa dificuldade pode ser devido ao esforço gasto em muitas palavras, mas que se costuma encontrar ainda quando a leitura se tenha feito de forma correta

2. DISLEXIA

Em 1896, ocorreu uma das primeiras descrições documentadas de dislexia, foi inicialmente denominada como “cegueira verbal”. Era um garoto com 14 anos, inteligente, mas não conseguia aprender a ler, mesmo tendo instrução adequada e vários esforços.

Várias denominações já foram dadas nas últimas décadas e caíram em desuso pelo fato de não haver uma especificidade. Em 1925, o neurologista americano Dr.Orton, propôs o termo “dislexia específica” ou distúrbio “específico da leitura”, assim, referindo-se as crianças que tinham um distúrbio para aprender a ler.

Segundo Giacheti e Capellini (200), citados por Rota e Pedroso (2006, p. 153), afirmam que a dislexia é:

Um distúrbio neurológico, de origem congênita, que acomete crianças com potencial intelectual normal, sem déficits sensoriais, com suposta instrução educacional apropriada, mas que não conseguem adquirir ou desempenhar satisfatoriamente a habilidade para a leitura e/ou escrita.

Hoje em dia o melhor conceito para a Dislexia é um transtorno específico de aprendizagem da leitura de origem neurológica, descrito pela dificuldade na habilidade de decodificação e soletração, fluência e interpretação.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) a definição utilizada é a de 1994 da International Dyslexia Association (IDA): “Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem caracterizado pela dificuldade de decodificação das palavras simples, mostrando uma insuficiência no processamento fonológico”.

Os disléxicos tem um rendimento inferior ao esperado para a idade e que não se caracteriza como resultado direto do comprometimento da inteligência geral, lesões neurológicas, problemas visuais ou auditivos, distúrbios emocionais ou escolarização inadequada.

Vale ressaltar que cada indivíduo é único e que mesmo se tratando de uma mesma patologia, devemos analisar cada caso com um olhar abrangente para tentar identificar o perfil sintomatológico de cada um.

Cada vez mais as crianças estão apresentando dificuldades para desenvolver a leitura e a escrita. Segundo pesquisas, no Brasil e em outros países em desenvolvimento 40% dos alunos apresentam dificuldades na aprendizagem, isso ocorre por diversos fatores, como: causas pedagógicas, sociais e/ou psicológicas.

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