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Democracia ameaçada: uma crítica à representatividade política brasileira.

Por:   •  16/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  504 Palavras (3 Páginas)  •  226 Visualizações

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Democracia ameaçada: uma crítica à representatividade política brasileira.

Mais uma vez na História o Brasil passa por uma instabilidade que vai além da crise econômica mundial. É uma decadência política que se instalou a partir das últimas eleições presidenciais onde, o partido de oposição não satisfeito com a derrota nas urnas, empreendeu movimentos a fim de desestabilizar a atuação do governo representado atualmente pela Presidente Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores (PT).  Assim como em 64 durante o Golpe Militar, a mídia parcial, tendenciosa e oportunista tomou para si a função de incutir na população a ideia de deposição de uma presidente corrupta e omissa, desencadeando uma onda de polarização política e manifestações populares marcadas pelo ódio e pela hipocrisia.

É notório que em quase catorze anos de presidência administrada por um partido de ideologias socialistas, o Brasil evoluiu não apenas em questões de ordem econômica, mas elevou seus indicadores sociais através de implantação de políticas públicas que retiraram o país da linha de miséria conforme relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Os dados atestam que o país foi um dos que mais contribuiu para alcançar as metas propostas pelos objetivos escalados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

FIES, PROUNI, Bolsa Família, Ciências sem Fronteiras. Estes são alguns dos programas sociais criados e outros popularizados pelo atual governo. Programas estes que, além de inclusivos revolucionaram o conceito de classe média, estabelecendo um novo padrão social para uma parte considerável da população brasileira. E isto tem incomodado bastante.

O incômodo chegou à Câmara dos Deputados em forma de juízo de admissibilidade de mais um processo de Impeachment. O governo vem sendo constantemente acusado de atos de improbidade administrativa por líderes políticos desprovidos de qualquer integridade. Réus e condenados por atos de corrupção em instâncias superiores, além de condenações internacionais, conduzindo um dos maiores vexames mundiais que o Brasil já pode experimentar.

A votação do processo de impeachment trouxe à tona a falência da representação política de um Estado Democrático de Direito. O que se presenciou foi justificativas pessoais e fúteis para embasar a derrocada da presidente Dilma Rousseff. Apenas os partidos com ideais políticos afins posicionaram-se em nome das conquistas decorrentes da Constituição Federal de 1988, defendendo, portanto, a permanência do governo. Poucos deputados se abstiveram da votação por defenderem a incompatibilidade governamental em ambos os lados.

A mídia mundial reconhece que estamos diante de um golpe de estado. E este é o preço a pagar por aliar-se aos golpistas do passado. Em sua história política, o partido de base aliada (PMDB) conquistou a presidência da república sempre de forma indireta. E a história tende a se repetir. O país está afundando em um mar de corrupção que, embora insistam, não é repentino. Ainda precisamos de muito tempo e disposição para mudar esta realidade. Mas a mudança começa na construção da consciência política, história e social de um povo. E nós somos o povo. Todo o poder emana de nós.

Joyce Paixão

Professora e Estudante do 5º período de Pedagogia – IESF

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