Discalculia: Superando as dificuldades em aprender Matemática

DISCALCULIA

CAPELLI, Tábata Suelen da Silva. RU 1807508.

POLO PAP APUCARANA (CESIP)

UNINTER

Resumo

O material tem como objetivo proporcionar maiores informações sobre a inclusão no âmbito escolar, diferenciando o que vem a ser inclusão, exclusão, segregação e integração, trará também, uma pesquisa sobre a Discalculia suas complicações e algumas propostas de atividades afim facilitar a inclusão desses alunos na sala de aula.

Palavras-chave: Inclusão. Discalculia. Educação.

              Nas últimas décadas, a educação inclusiva tem ganhado espaço e se tornado uma assunto de suma importância no sistema de ensino no Brasil. Hoje   a escola inclusiva é garantida por lei, onde o ensino deve acontecer indistintamente a todas as crianças, independentemente de suas necessidades, proporcionando assim educação para todos.

              Para uma melhor compreensão iremos primeiramente analisar o significado das palavras inclusão, exclusão, segregação e integração, que segundo o dicionário de língua portuguesa editora Porto, significa:

 Inclusão: ato ou efeito de abranger, compreender ou integrar, de inserir ou acrescentar.

 Exclusão: ato ou efeito de excluir, retirada de um conjunto, impedimento.

Segregação: ato ou processo de isolar pessoas ou grupos em função da sua condição social, cultural.

Integração: ato ou efeito de integrar, inclusão de novo elemento num conjunto, formando um todo. Processo de tornar inteiro ou completo. Adaptação de um indivíduo a um novo grupo ou estrutura social.

               Partindo dos significados aparentemente as palavras inclusão e integração parecem ser bastante parecidas, porém, não são. Integração tem sentido de adaptar ao um espaço, seguindo um modelo já existente, em busca de normalizar as diferenças, já a inclusão reconhece a todos sem distinção, de maneira a criar estratégias diferenciadas garantindo abrangência total dos indivíduos.

                Mesmo com o tanto que se tem falado em escola inclusiva, sabemos que ainda é um assunto delicado, e os desafios são muito, onde exige uma quebra de paradigma e muitas mudanças para tornar possível a realização desse modelo de ensino.

                Nos últimos tempos temos visto um aumento significativo na identificação das dificuldades de aprendizagem no âmbito escolar.

                Quando falamos em escola inclusiva logo pensamos em deficiências físicas, porém sabemos que as dificuldades encontradas vão além, podendo ser também deficiência mental, motora, visual, dentre estas as dificuldades na aprendizagem como: Dislexia, Disgrafia, Discalculia, Disortografia, TDAH ou Deficit de Atenção.

              É de suma importância, que todo o processo de encaminhamento-avaliação-intervenção, seja feito com a participação da família, professor, equipe pedagógica, profissionais e professor especializado, e tendo como foco um trabalho centrado na criança e nas suas necessidades.

           Na atualidade, os alunos que apresentam transtornos funcionais específicos devem receber atendimento especializado nos programas existentes da educação especial/inclusiva. Segundo o Plano Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (2008):

Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos.

   

            Neste momento abordarei um breve resumo para melhor compreensão do que venha ser a discalculia.

            A discalculia é um dos transtornos funcionais específicos que está relacionado com a realização dos cálculos, as crianças e adolescentes que apresentam tal problema, muitas vezes são pouco compreendidas pelos pais e professores, já que podem ser confundidas com desmotivação e falta de interesse, sem falar que os alunos, em sala de aula, quando não conseguem aprender, podem apresentar problemas de comportamento.

        A questão da discalculia, afeta também a auto imagem do educando, que por sua vez interfere na sua autoestima, consequentemente trazendo danos nos aspectos psicológicos da aprendizagem. Estes danos, terão influência na vida da criança e de sua família para o resto da vida, impedindo assim muitas vezes no seu pleno desenvolvimento enquanto pessoa e profissional.

         Conforme afirmam Johnson e Myklesbust (1987), a discalculia, está relacionada com um comprometimento no funcionamento do cérebro, e que acarreta na falta de compreensão dos processos que envolvem o cálculo.

          Ao procurar compreender o que é a discalculia, torna-se importante que os pais, os professores e a equipe pedagógica da escola, saibam que a criança tem uma dificuldade que tem como causa uma disfunção cerebral, e portanto, por mais que ela tente ou apliquem estratégias para a sua aprendizagem, existe um mecanismo interno da criança no cérebro que possui um desvio no processo que a impede a sua aprendizagem no cálculo.

  É necessário que haja uma reeducação na forma com que se processa as associações, precisando de informações especializadas para conseguir realiza-la, e que está relacionada com desenvolvimento da criança, portanto, configura uma dificuldade de âmbito maior do que apenas nas habilidades, mas na compreensão dos mecanismos que são solicitados para a realização dos cálculos.

As atividades abaixo, são uma proposta de ensino, através de jogos matemáticos, fáceis e rápidos, a fim de serem utilizados em salas de aula, como auxilio no ensino aprendizagem de alunos com discalculia. Estes jogos ajudam no raciocínio lógico do aluno, possibilitando a aprendizagem de maneira lúdica.

1.        TABELA DE ZEROS

O objetivo deste jogo é fazer com que o aluno descubra a ordem de grandeza da multiplicação de números terminados em zeros, ou seja, com este jogo você vai aprender a multiplicar dezenas e centenas exatas de números terminados em 0 e em 00. Evite dar as regras antes que os alunos consigam descobri-la, porque no jogo há a motivação para conseguir mais pontos dependendo dos números que escolhem para multiplicar.