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Dislexia

Por:   •  7/6/2015  •  Relatório de pesquisa  •  593 Palavras (3 Páginas)  •  1.366 Visualizações

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RESUMO

ENTENDENDO A DISLEXIA NA PRÁTICA: Da identificação ao Tratamento.

A autora inicia sua apresentação do problema defendendo a importância de tal estudo por um viés pragmático, uma vez que a dislexia é um tema frequentemente presente no cotidiano dos educadores.

A seguir ela discorre a respeito das características básicas do termo “dislexia”, termo cunhado por Rudolf Berlin em 1887. Ela o define como sendo uma dificuldade do aprendizado que envolve leitura, escrita e soletração, ou uma combinação destas. O distúrbio é relativamente comum, estando presente em estimados 10-15% da população e, embora tenha como resultado um déficit no aprendizado, não está correlacionado a fatores socioeconômicos, motivacionais ou de inteligência.

Entre 1881 e 1925 foram relatados casos de pessoas com problemas semelhantes, hoje associados ao diagnóstico de dislexia - em 1896, Pringle Morgan chegou a denominar tal distúrbio como “cegueira verbal”. Entretanto apenas em 1968 a a Federação Mundial de Neurologia formalmente definiu a dislexia como um transtorno de perturbação da leitura e da escrita, dissociada de fatores externos ou inteligência.

Em 2003 tal conceito foi expandido, sendo definido com precisão como tendo origem neurobiológica e resultando em déficits fonológicos e de leitura, que por sua vez implicam em um desenvolvimento vocabular e capacidade de aprendizado diminuídos. Também foi descoberta uma relação com fatores genéticos que favorecem o aparecimento de tal distúrbio em famílias com histórico de problemas fonológicos.

A seguir a autora diz que o diagnóstico da dislexia deve ser feito com cuidado, pois esta pode ser confundida com distúrbios de aprendizagem diversos. O método de diagnóstico sugerido por Vallet (1989) e Paim (1985) se concentra em procedimentos de fragmentação da escrita, sendo necessária a ajuda especializada de uma equipe multidisciplinar de profissionais de fonoaudiologia, psicologia, neuropsicologia, entre outros. A existência do distúrbio é confirmada ao descartar fatores fisiológicos ou intelectuais diversos que podem resultar em déficit semelhante.

Após o diagnóstico as dificuldades encontradas devem ser analisadas caso a caso para que tal abordagem traga melhores resultados ao disléxico. O acompanhamento deve ser feito não só pelos profissionais citados acima, mas também pela família e pela escola. Esforços de integração e aprimoramento das habilidades psicomotoras também trazem benefícios, tal como a prática de esportes. Segundo a AND (Associação Nacional de Dislexia), a motivação é essencial na intervenção para incentivar o disléxico a ter confiança, auto-valorização e a superar suas dificuldades. Analisando o lado psicopedagógico da abordagem, esta deve incluir atividades que sobretudo permitam o trabalho da linguagem em situações reais e diversificadas de uso, tanto na expressão oral quanto na escrita.

A autora então discorre sobre as características de aprendizagem de um disléxico. Na linguagem tal pessoa tem dificuldade fonológica referente à percepção das partes sonoras diferenciais que compõem as palavras, resultando em significativas dificuldades na leitura e soletração. Frequentemente também há déficit de motricidade, com o disléxico apresentando problemas na base psicomotora que causam dificuldade no desenvolvimento de atividades com as mãos, andar sobre linhas, pular corda, entre outras. Os problemas trazidos pela dislexia fazem a criança disléxica perceber suas dificuldades em relação aos colegas e resultar em baixa auto-estima, depressão e ansiedade.

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