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Do mundo Moderno ao Contemporâneo: a questão do sujeito e a crise pedagogica

Por:   •  26/3/2016  •  Dissertação  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  1.522 Visualizações

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Do Mundo Moderno ao Contemporâneo: A “questão do sujeito” e a “ Crise da Pedagogia”

        Esse tema apresenta a visão filosófica do sujeito no mundo moderno e contemporâneo e como a pedagogia apresenta-se diante dos mesmos.

        A filosofia moderna define-se como uma filosofia do sujeito e a pedagogia nas versões tradicional ou nova, dependerá do que modernamente é definida como subjetividade.

        Subjetividade: é a formada através das crenças e valores dos indivíduos com suas experiências e histórias de vida. É algo que varia de acordo com o julgamento de cada pessoa.

        A filosofia moderna vê na subjetividade uma instância necessária para a solução do problema da verdade.

        A filosofia contemporânea, secundarizando ou mesmo abandonando a problemática da verdade volta os olhos para a própria figura do sujeito, para a própria subjetividade.

        De um modo geral, a filosofia moderna entende a subjetividade como uma composição das formas da consciência. Essa noção permite-se pensar o homem como autor de suas ideias e seus atos e admitir esse autor como o sujeito.

        Toda a pedagogia moderna se organiza em torno dessa noção de subjetividade. Trata-se da perspectiva iluminista de autodeterminação individual. Tudo isso se torna problemático segundo o pensamento contemporâneo.

        A noção moderna de subjetividade começa a ser problematizada no decorrer do século XIX com o endosso de várias correntes de pensamento do século seguinte.

        Tomando duas dessas correntes como paradigmáticas em relação ao pensamento contemporâneo têm-se as referências do filósofo alemão Theodor Adorno e o francês Michel Foucault.

        Em Adorno, a subjetividade moderna se vê barrada com a substituição do horizonte social liberal pelo horizonte da “sociedade administrada”. Adorno, junto com Max Horkheimer exemplifica isso na família burguesa tradicional onde o pai devido ao poder deriva seu respeito na sociedade e no lar perante esposa e filhos e espera-se uma insurreição dos filhos contra a autoridade produzindo um conflito importante na estruturação da individualidade. Essa família não existe mais. Quando se pensa na família contemporânea admite-se que ela participa bem menos da formação do indivíduo.

        Foucault por sua vez, vê o sujeito como um triplo resultado, como exigência do discurso, como peça momentânea surgida no conjunto de dispositivos disciplinares e ainda, como produto de práticas de controle. Não há para Foucault uma instância perene, nuclear, da subjetividade, para ele o indivíduo que que trata do humanismo liberal é um erro.

        Desse modo, a filosofia social adorniana afirma, ao denunciar a inexistência do mundo liberal, que as instâncias de produção da subjetividade moderna não encontram substitutos no mundo contemporâneo . Pode-se dizer nesse sentido que no mundo contemporâneo a infância desaparece. Por sua vez uma filosofia social inspirada em Foucault pode dizer que a infância não desaparece, mas sim que ela nunca existiu de forma substancial.

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