EDUCACAO DE JOVENS E ADULTO
Por: Janna Sintia • 16/5/2021 • Trabalho acadêmico • 2.556 Palavras (11 Páginas) • 181 Visualizações
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO EJA
UMA PERSPESCTIVA NA VISÃO DE PAULO FREIRE
Alana de Oliveira
Janaina Cintia Santos da Silva
Maria Adriana de Souza
Santina de Fatima Medeiros¹
Simonety Evanguelia Athanasio²
RESUMO
Objetivo deste trabalho é apresentar o resultado da pesquisa acerca da perspectiva da visão de Paulo freire sobre o EJA-educação de jovens e adultos. A metodologia se estruturava em três etapas: investigação, tematização e problematização. Nesse contexto foram abordados os principais resultado mediante a pesquisa de campos em busca de compreender a metodologia aplicada e qual suas contribuições nessa modalidade de ensino, reconhecendo as diversidades do sujeito. Essa pesquisa serve como conhecimento e identificação de como acontece a educação de jovens e adultos - EJA, na atualidade, e qual é a contribuição na aprendizagem, e na vida dos alunos, no sentido de refletir e rever a metodologia aplicada e o verdadeiro papel da escola na sociedade.
Palavras-chave: Conhecimento, Metodologia, Aluno, Alfabetização
1. INTRODUÇÃO
A EJA- educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino destinado a jovens e adultos que não tiveram acesso ou oportunidade de concluir o ensino na idade própria. É um curso ofertado a jovens a partir dos 15 anos de idade, pela secretaria de educação presencial ou distância. A EJA se insere na educação formal básica, conforme consta na LDB nº9.394/96, portanto atende tanto, as prescrições vigentes que são estabelecidas para dar funcionalidade, quanto aos diversos segmentos que abrangem a modalidade de ensino, essa diretrizes defende o direito público subjetivo dos jovens a educação básica e gratuita ela abandona a nomenclatura ´´Ensino Supletivo´´em favor da expressão ´´Educação de Jovens e Adultos´´.[a] No enteando afirma-se que a EJA é uma modalidade e parte construtiva da educação básica e não mais um subsistema de ensino.
O relatório Global sobre a aprendizagem e Educação de Adultos, elaborado pela Unesco, aborda programas de alfabetização em diversos países, com; Bolívia, Cuba, Alemanha[b], Gana, Índia[c], Irã, Namíbia, Noruega, Sérvia, Estados Unidos.Distacando que na Sérvia, os programas de educação de adultos são:´´[...]confinados pelo governo sérvio e o fundo de Educação Roma, programas de educação básica de adultos em comunidades ciganas oferecem educação básica e ensino profissionalizante inicial, levando a uma primeira qualificação reconhecida´´(UNESCO,2010b,p.46-47).
No entanto a EJA não possui mais a função de suprir somente a escolaridade perdida, mas sim as funções reparadora, equalizadora e qualificada, a Educação de Jovens e Adultos apresenta muitos desafios, principalmente por ser uma alternativa para minimizar o problema de exclusão social.
O homem é um ser social, apto a aprender, através da educação se forma sua identidade, ideologia e o seu modo de vida. O educador Paulo freire[d] falava em educação social na necessidade de o aluno, além[e] de se conhecer, conhecer também os problemas sociais que o afligiam. Ele[f] não via a educação simplesmente como meio para dominar os padrões acadêmicos de escolarização ou para profissionalizar-se. Falava da necessidade de estimular o povo a participar do processo de emersão na vida pública engajando-se no todo social.
O interesse de estudo dessa pesquisa é investigar a metodologia aplicada por professores na educação de jovens e adultos, com intuito de identificar as contribuições de educadores como Paulo Freire na prática pedagógica, no trabalho docente, o que tem refletido na vida do educando, e como é orientada essa modalidade de ensino.
Uma das grandes preocupações de Paulo Freire era com a postura e responsabilidade profissional do educador, para freire o educador e o sujeito da sua pratica, cumprindo a ele cria-la e recria-la através da reflexão sobre o seu cotidiano. Os professores da EJA-educação de jovens e adultos, precisam se adaptar as novas mudanças, como a de receber em sua sala de aula alunos com mais idade, e que ainda não sabem ler, a escola, portanto não pode ignorar esses alunos. Daí o interesse em pesquisar e desenvolver este trabalho, utilizando as concepções de Paulo Freire, que são de grande importância para o trabalho docente, assim como, a importância da aplicabilidade de sua metodologia no fazer pedagógico do educador, somando desta maneira positivamente para as mudanças e transformações que se faz necessário a prática educativa dos educadores de jovens e adultos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A necessidade de consistência e coerências e uma características da concepções científicas que muitas vezes não são consideradas necessária pelos alunos, para Paulo freire que tipo de educação necessitam os homens e as mulheres do próximo século, para viver nesse mundo tão complexo de globalização capitalista da economia, das comunicações e da cultura e, ao mesmo tempo de ressurgimento do nacionalismo, do racismo, da violência e do certo triunfo do individualismo.
Nesse contexto Paulo freire que nasceu em Recife, em 1921, conheceu desde cedo a pobreza do nordeste do Brasil. Desde sua adolescência engajou-se na formação de jovens e adultos trabalhadores. Ele formou-se em direito, sendo que não exerceu a profissão, decidindo se dedicar a projeto de alfabetização. Nos anos 50 ele acreditava na educação de adultos como uma pura repoisados conteúdos transmitidos às crianças e jovens. Paulo Freire propunha uma pedagogia específica, associado ao estudo, experiência vivida, trabalho, pedagogia e política.
O pensamento de Freire na sua teoria do conhecimento, deve-se entendido no contexto em que surgiu. No nordeste brasileiro, onde no início da década de 1960 metade dos 30 milhões de habitantes eram analfabetos. Em 1964 Paulo Freire foi convidado pelo presidente João Goulart e pelo ministro da educação, Paulo de Tarso Santos, para repensar a alfabetização de adultos no âmbito nacional, estava prevista instalações de 20 mil círculos de cultura para dois milhões de analfabeto, mas o golpe militar interrompeu os trabalhos no início e reprimiu toda a mobilização já conquistada. Freire foi exilado em 1964 pelo exército militar pois a campanha nacional de alfabetização no governo de João Goulart estava conscientizando imensas macas populares que incomodavam as elites conservadoras brasileiras, passou então 75 dias preso acusado de subversivo e ignorante.
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