ENSINO SUPERIOR: INTERFACES DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Por: edneyneres • 29/10/2015 • Artigo • 1.558 Palavras (7 Páginas) • 511 Visualizações
ENSINO SUPERIOR: INTERFACES DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Silva, Leonita Gaspar da
Professora orientadora
Resumo
A Universidade no Brasil, desde seu surgimento era direcionada à elite. No início do século XX, a grande maioria dos brasileiros era analfabeta. O ingresso na Universidade era a possibilidade do cidadão crescer socialmente e, mudar a sociedade. Por isso era necessária uma reforma na Universidade para que todos pudessem ter acesso. A Ditadura Militar implantada no Brasil em 1964, adiou este sonho, mas, com seu fim, o Brasil voltou a viver em uma democracia e a Universidade recebe novamente atenção do Governo. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( LDBN) nº 9.394/96, proporcionou uma maior flexibilidade do Sistema Educacional, possibilitando avanços, no que se refere à Educação Superior. Vivemos em uma sociedade capitalista, onde o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigente. Por isso, o ingresso na Universidade se configura como uma forma de enfrentar esse mercado, melhor preparado. O interesse em ter um diploma universitário fez crescer a educação superior em todo o país. Assim, o presente artigo tem como foco o ensino superior, e, como objetivo, demonstrar as interfaces do processo de ensino-aprendizagem, apresentando as bases legais da educação superior , dando ênfase à importância da relação entre professor e aluno, assim como, ao trabalho docente e suas práticas pedagógicas por meio de pesquisa bibliográfica com autores da área.
PALAVRA-CHAVE: Ensino Superior. Aprendizagem. Prática Docente
1 INTRODUÇÃO
O século XXI se apresenta como o período da revolução do conhecimento, onde vivemos uma nova era, com novas necessidades, nos diferentes setores da sociedade, sendo que as relativas ao mercado de trabalho se caracterizam como uma das mais importantes, uma vez que este setor está cada vez mais exigente no que tange à formação do profissional, não aceitando quem tenha menos de dez anos de experiência escolar. ( WAISELFISZ, 2009). Essa exigência do mercado de trabalho, faz com que este se torne cada dia mais competitivo, fazendo da educação, o único meio possível para quem almeja um lugar ao sol.
Dessa forma, é de suma importância, nos dias atuais, o ingresso na Universidade, que possibilitará um diploma de nível superior e consequentemente, aumentará mais as chances para se conquistar um bom emprego. Por isso, observamos um crescimento da Educação Superior em todo o país, seja de instituições públicas ou privadas e facilidades, por exemplo, por meio da Educação a Distancia, com flexibilidade de horários e preços acessíveis.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) nº 9.394/96, proporcionou maior flexibilidade ao sistema de ensino, expondo em seu Capítulo IV ( Art. 43º a 57º) as bases do ensino superior.
Para atender a esta nova sociedade, conectada com o mundo e detentora dos mais modernos instrumentos tecnológicos, faz-se necessário um novo olhar sobre o processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente, sobre o professor e suas práticas pedagógicas, frente a estes novos alunos, cada dia mais informados e exigentes. Dessa forma:
“A Universidade passa a assumir um novo papel, devendo catalisar redes de conhecimento e pesquisa, sistematizando e disseminando, entre todos os seguimentos da sociedade, os benefícios do desenvolvimento científico e tecnológico, em busca de proposições que atendam às necessidades dos tempos e dos novos cenários. E nesse desafio se apresenta a necessidade de buscar novos referenciais e práticas que atendam aos espaços e tempos diferentes”, submetidos, também, a contextos diferentes. (MORÉS, 2003, p. 73)
Desta forma, o presente artigo tem como objetivo, discorrer sobre o ensino superior, demonstrando as interfaces da aprendizagem, apresentando suas bases legais, seus elementos centrais, dando ênfase à importância da relação entre professor e aluno, assim como, ao trabalho docente e suas práticas pedagógicas por meio de pesquisa bibliográfica com autores da área, tendo como suporte teórico livros, artigos e revistas.
2 Fundamentação teórica preliminar
De acordo com Passos (2009, p. 31, apud Lima, s.d, p 06), a Universidade é criação da sociedade ocidental, sendo que surgiu no inicio do século XIII na Itália, França e Inglaterra, se difundindo por todo o resto da Europa e por todos os continentes entre os séculos XIX e XX. O termo Universidade sugere diversos significados, porém em sua origem era um local onde se adquiriria conhecimento, se caracterizando como o modelo pioneiro de organização democrática, notório pelo cultivo superior do espírito, uma vez que ainda não havia imprensa, jornais e revistas.
No que se refere ao Brasil, o ensino superior surgiu no século XIX, por ocasião da chegada da família real portuguesa em meados de 1808. Este fato fez com que uma série de cursos, tanto profissionalizantes em nível médio como em nível superior, bem como militares fossem criados, com o intuito de fazer com que o ambiente ficasse realmente parecido com a corte ( GHIRALDELLI JUNIOR( 2009, p. 28 apud Lima, s.d p. 06).
Todavia, a Universidade no Brasil, desde sua origem era direcionada à elite. No inicio do século XX, a grande maioria da população brasileira era analfabeta. Na década de 1960, ingressar na Universidade era a chance que o cidadão tinha de crescer socialmente e de mudar a sociedade. Por isso, a reforma na Universidade era necessária para que todos pudessem ter acesso. Em 1961, a UNE- União Nacional dos Estudantes, em Seminário realizado no Estado da Bahia, indica as ações para a reforma da Universidade, tendo dentre outros princípios, a abertura desta à população, educação democrática e que a Universidade estivesse a serviço das classes menos favorecidas ( MENDONÇA, 2009, p. 145 apud Lima, s.d p.07).
No entanto, a Ditadura Militar que foi implantada no Brasil em 1964, pôs fim ao sonho de milhares de brasileiros. De acordo
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