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ESTAGIO SUPERVISIONADO EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  25/8/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.371 Palavras (10 Páginas)  •  179 Visualizações

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ESTAGIO SUPERVISIONADO – EDUCAÇÃO INFANTIL

INTRODUÇÃO

O relatório a seguir reúne informações referentes à prática na Educação Infantil realizado Centro de Educação Infantil Terezinha Bezerra com o propósito de fazer observações que serão realizadas em sala de aula com crianças de cinco a seis anos. O Estágio Supervisionado na Educação Infantil tem o objetivo mostrar que a prática docente deve ser prazerosa, dinâmica e eficiente ao usar o brincar como instrumento de aprendizagem e formação de identidade da criança, para o desenvolvimento propiciando aos mesmos uma aprendizagem significativa despertando o interesse, a criatividade e o prazer nas realizações das atividades propostas. Encontra-se descrito neste trabalho as observações não só do processo em sala de aula como também do ambiente escolar como um todo.

CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

O Centro de Educação Infantil Terezinha Bezerra, escolhido para a realização do Estágio Supervisionado na Educação Infantil estar situada Rua Rui Barbosa, s/nº - centro no Município de Alvarães. Possui uma boa localização e apresenta boas condições de funcionamento, porém as salas são pequenas, pouco arejadas e o mobiliário é adequado a faixa etária dos alunos.

Sua estrutura física conta com total de 05 salas de aula, 01 cozinha, 02 banheiros, 01 almoxarifado, 01 diretoria que funciona como secretaria.

A escola não possui recursos tecnológicos que auxiliam no desenvolvimento da aprendizagem, tornando as aulas menos ricas e atrativas para os alunos, a escola não possui um bom acervo bibliográfico. A mesma funciona nos turnos matutino e vespertino, atendendo as classes de Educação Infantil de 03 a 06 anos.

RECURSOS HUMANOS E PEDAGÓGICOS

O corpo docente do Centro de Educação Infantil Terezinha Bezerra é composto por 12 professores, sendo que 10 com formação superior e 02 em fase de conclusão. A administração fica a cargo da diretora, pedagoga e secretária. A unidade escolar tem uma gestão participativa, onde se desenvolve trabalhos com a comunidade escolar, favorecendo a inclusão no processo de ensino aprendizagem.

A escola trabalha com uma proposta educativa participativa e construtivistas, valorizando e colaborando para que os professores participem do processo de construção do Projeto Político Pedagógico, assim como toda comunidade escolar. A partir das diretrizes do PPP os professores fazem à preparação das atividades docentes, que abrange o planejamento e uma constante reflexão acerca do fazer pedagógico. Como em nenhuma atividade profissional para ser bem feita pode se ausentar um bom planejamento.

Corpo discente

O corpo discente do Centro de Educação Infantil Terezinha Bezerra, funciona nos turnos matutino e vespertino, 620 alunos com a faixa etária de 03 a 06. Observar as crianças na Educação Infantil foi de grande importância e com certeza enriqueceu ainda mais os conhecimentos adquiridos. As crianças não apresentam as mesmas condições socioeconômicas, mas isso não interfere no relacionamento e na aprendizagem dos mesmos, apesar de terem pouca idade as crianças desenvolveram bem todos os conteúdos trabalhados. Porém a relação da professora com os alunos não se dar de forma próxima e afetiva, levando em consideração os limites que devem ser impostos em alguns casos. É interessante observar que toda vez que o professor escuta e aceita seu aluno sem preconceito, este se abre para aprendizagem. É preciso garantir que as crianças sejam atendidas em suas necessidades de aprender, brincar e criar. O trabalho pedagógico precisa considerar a singularidade das ações infantis e o direito as brincadeiras.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

O meu o primeiro dia de estágio foi no dia 31 de agosto de 2015 e cheguei à escola as 12:50 (doze horas e cinquenta minutos) para começar fazer as primeiras observações. Observei o entorno da escola, a chegada dos funcionários e dos alunos. Os alunos começam a chegar à escola a partir das 13:10 (treze horas e dez minutos), algum alunos chegaram de mototaxi, outros de ônibus e outros vinham a pé e a maioria das crianças vinham acompanhadas do pai ou da mãe.

Na sala do Jardim II turma E, estudam 27 alunos, sendo 17 meninas e 10 meninos com a faixa etária de 05 a 06 anos, nesse dia só compareceram 18. A aula demorou a começar, pois a professora passou vários minutos ausente da sala de aula.

As crianças da sala do Jardim II E, como todas as crianças da sua faixa etária estão na fase dos “por quês” e passaram alguns minutos me interrogando, querendo saber quem eu era, o que eu estava fazendo na sala, foi bastante interessante. Segundo a psicóloga Paula Hintz, especialista em infância, adolescência e família: 

A criança tem uma forma peculiar de ver o mundo nessa idade. Ela passa a ter acesso a muitas informações e começa a criar novas hipóteses sobre aquilo que a cerca. É importante que ela perceba que as pessoas a sua volta também estão envolvidas com as dúvidas (2000, p.20).

Assim que a professora retornou a sala começou a elaborar uma atividade utilizando o mimeografo para que os alunos pudessem pintar. Nesse dia a professora trabalhou com pintura, e transcrição das silabas estudada, os alunos tinham que pintar a figura em seguida transcrever as silabas.

No decorrer da aula o que me deixou incomodando foi à agitação da turma, as crianças gritavam, pulavam, corriam e a professora também só gritava isso me incomodou bastante. Além do mais, a mesma passava a maior parte da aula sentada e deixava os alunos a vontade. Nesse dia a aula terminou mais cedo, pois não tinha merenda na escola.

No segundo dia de estágio foi no dia 01 de setembro e estava chovendo bastante vieram 16 alunos e a aula iniciou as 13:30 (treze horas e trinta minutos).

No inicio da aula observei que a professora gastava muito tempo elaborando os trabalhos escolares e sempre utilizando o mimeografo, os alunos ficavam sem fazer nada por muito tempo. Nesse intervalo de tempo as crianças os alunos corriam, pulavam, subiam em cima das mesas e gritavam.

Após a professora entregar as atividades aos alunos todos ficaram sentados, em seguida todos começam a pintar e treinar a coordenação motora, os alunos tinham que transcrever as sílabas estudadas e também tinham que colorir o desenho ilustrado nas sílabas.

Pude observar que a professora pouco conversava e interagia com os alunos, crianças essas que vem de casa cheias de sonhos, histórias e vivência, tudo isso não era explorado pela professora. A mesma usava que Paulo Freire denominava de “educação bancária” condicionando os alunos a colorir e transcrever. Segundo Gadotti (1999, p 2):

O educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida. Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula.. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades.

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