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ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR A EVASÃO NO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EM UMA INSTITUIÇAO DE ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

Por:   •  7/6/2020  •  Artigo  •  2.875 Palavras (12 Páginas)  •  243 Visualizações

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ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR A EVASÃO NO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EM UMA INSTITUIÇAO DE ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

Jeice Galvani de Sousa Oliveira[1]

jeice.oliveira2@etec.sp.gov.br     

RESUMO: Na atualidade uma das grandes dificuldades é conseguir que os alunos iniciantes de um curso o terminem, e são inúmeras razões, entre elas justificar o alto investimento que continua sendo o mesmo para 40 ou 15 alunos. Quando um curso constantemente termina com um índice de perda grande, torna-se inviável continuar a investir nele como o caso do Curso Técnico em Logística a ser analisado.  Por esta razão o objetivo deste artigo é mostrar a existência de algumas estratégias educacionais que poderiam ser utilizadas para diminuir o número de alunos que desistem ainda no primeiro módulo e assim reduzir o índice de perda que é atualmente em torno de 60% para o último módulo do curso. Detectar as causas e entender as razões do abandono do curso nos dará a possibilidade de avaliarmos melhor o curso e assim elaborar as estratégias para reduzir a evasão. A metodologia utilizada é de pesquisa exploratória e descritiva, por meio de entrevistas com alunos desistentes, alunos que frequentam curso, professores e coordenador do curso; bem como pesquisa documental por meio dos resultados do WEBSAI de 2013. A análise nos mostrou seis agentes causadores da evasão e assim foi possível elaborar estratégias que contemple cada um deles de forma a ser possível realizar um trabalho mais cabal e reduzirmos de vez a evasão no curso estudado.

PALAVRAS-CHAVE: Evasão; Índice de Perdas; Estratégias Educacionais.

  1. Introdução

A evasão presente na Educação tem sido um tema persistentemente debatido, pois mesmo hoje é o centro de discussões de políticas públicas e da educação.

Mas até hoje apesar de a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB[2] (1996) em seu Art. 2º assegura que educação é dever da família e do Estado, e que seu desenvolvimento e preparo para exercer a cidadania; pode-se perceber que nem todos são alcançados plenamente quando o assunto é conclusão de níveis de escolaridade.

E este fato não é recente, o fracasso da educação no Brasil vem de décadas passadas.

Dos 1000 alunos iniciais de 1960, somente 56 conseguiram alcançar o primeiro ano universitário em 1973. Isso significa taxas de evasão 44% no primeiro ano primário, 22% no segundo, 17% no terceiro. A elas se associam taxas de reprovação que entre 1967 e 1971 oscilavam em torno de 63,5%. (FREITAG, 1980, pág. 61)

        Um pouco mais recente pode afirmar-se que de cada 100 crianças que iniciaram os estudos em 1997, só chegaram 66 à oitava série. (LAHÓZ ,2000)

        Infelizmente os dados provam que a evasão é uma realidade antiga na educação independente de Estado brasileiro ou mesmo de escola do segmento público ou privado.

        E suas causas podem ser divididas em fatores externos relacionados às desigualdades sociais, o trabalho e a família e internos estão diretamente ligados à própria escola, a linguagem e o professor. Este último fator pode estar interligado com a questão da reprovação dos alunos. O que leva a seguinte reflexão que a escola é a maior culpada pela evasão e repetência de seus alunos e não a família ou as características individuais do mesmo. (BRANDÃO, 1983).

O interessante que esta realidade da evasão também é encontrada na educação tecnológica que tem o intuito de dar oportunidade de recolocação no mercado de trabalho e propiciar melhoria de posição dentro da organização onde trabalha. Acima de tudo é uma forma gratuita de atualização profissional, numa época onde o mercado oferece vagas e as pessoas não estão habilitadas para ocupá-las. Será que os fatores internos e externos já citados também se aplicam nesta situação? Ou a implantação de políticas públicas contribuiriam para a redução da taxa de evasão?

Mesmo assim a evasão nunca foi tão real para a Escola Pública de Ensino Técnico de Jundiaí; o índice de perda tem sido um assunto muito discutido em especial em cursos noturnos, mas as razões que levam um discente abandonar seus estudos são muitas, por isso o objetivo desta pesquisa é identifica-las e propor hipóteses de estratégias pedagógicas para a diminuição do alto índice de perdas no curso.

Uma grande barreira encontrada é que quando educamos para a tecnologia o sucesso ou fracasso do processo tecnológico depende do receptor e da qualidade de seus saberes integrais ou esfacelados (ZAGOTTIS apud SALM e FOGAÇA, 1995, p. 16)

Os alunos chegam com sua bagagem de conhecimento que muitas vezes é limitada e isso dificulta seu próprio prazer em aprender se tornando o processo de aprendizagem estressante a ponto de desistirem.

  1. Metodologia

Para este estudo, foi escolhido o Curso Técnico em Logística noturno, devido sua importância para a região, fato que é contribuído pela excelente localização estratégica, este curso tem como finalidade fazer com que o aluno desenvolva competências profissionais que possibilitem propor soluções para a área logística e saiba trabalhar integrado com as demais partes da organização, como: produção, vendas, marketing, comércio exterior.

No curso os discentes adquirem as seguintes competências: controlar operações de transporte, utilizar a logística reversa como ferramenta no processo logístico, controlar operações de importação e exportação, buscar a qualidade dos produtos/serviços e novas tecnologias da informação, elaborar cálculos financeiros, participar no processo de recrutamento e seleção de recursos humanos, entre outras.

Os métodos de ensino são diversos: estudos de caso, visitas técnicas, seminários, pesquisas em diferentes fontes. E para as aulas são disponibilizados laboratório de informática, vídeos e recursos audiovisuais; mas cada docente programa como será dada sua aula.

 Para este estudo foi utilizado pesquisa aplicada, exploratória e descritiva em uma Instituição Pública de Ensino de nível médio Profissionalizante do Estado de São Paulo na cidade de Jundiaí, onde aplicou-se um questionário com alunos cursando, que pode ser observado no Apêndice A, entrevista com coordenadora do curso, utilização de ficha de desistência de alunos do 2º módulo deste semestre e dados obtidos pelo WebSai[3] 2013 de uma Instituição de ensino do nível técnico do Estado de São Paulo, bem como pesquisa bibliográficas para maior compreensão das causas e histórico da evasão no Brasil.

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