ESTUDOS CONTEXTOS E AÇÕES ESCOLARES - ECAE II
Por: ro177 • 2/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.972 Palavras (8 Páginas) • 418 Visualizações
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ROSIANE SOUZA FERREIRA DAS VIRGENS
ESTUDOS CONTEXTOS E AÇÕES ESCOLARES - ECAE II
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
SÃO PAULO
2018
INDICE
- INTRODUÇÃO...................................................................................................3
- ENTREVISTA....................................................................................................4
- DESENVOLVIMENTO.......................................................................................7
- CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................9
- REFERÊNCIAS...............................................................................................10
INTRODUÇÃO
O objetivo do estudo é a apresentação e relação de entrevistas realizadas com gestores, com os textos presentes no AVA, sobre a experiencia dos mesmos juntos a comunidade, visando maior conhecimento e experiência para minha jornada acadêmica.
Após algumas pesquisas, escolhi a mais recente e a que me chamou mais atenção, a que retrata uma escola que eu vejo como modelo ideal, a escola que trabalha junto com os pais (comunidade) em beneficio ao aprendizado dos alunos.
A pesquisa relata como um diretor agiu para conseguir uma relação melhor entre alunos-escola-comunidade de forma que não foi fácil, mas que trouxe bons resultados.
Para a escolha da entrevista citada no trabalho, foi pesquisado, lido e estudado três diferentes entrevistas, que serão citadas abaixo.
- “Eu fiz... E deu certo”. Escrito por Paula Pacheco, Rodrigo Ratier. Disponível no site Nova Escola.
- “A escola com a cara da comunidade”. Escrito por Paola Gentile. Disponível no site Nova Escola.
- “Entrevista com a Prof.ª Dulce Regina Roquette Loures”. Disponível no site Scielo.
ENTREVISTA
Título: “Diretor aproxima pais da escola e melhora aprendizado”.
Síntese: Daniel Quaresma, gestor de escola em São Paulo, afirma que o segredo é “não procurar culpados pelos problemas”.
Escrita por: Organização sem fins lucrativos – Todos Pela Educação.
Um laço estreito entre as famílias e as escolas, com responsáveis engajados com a Educação de seus filhos, é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) na busca da universalização do Ensino Fundamental II. Apesar de ter avançado muito nesse sentido nos últimos anos, o Brasil ainda tem cerca de 430 mil crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos fora da escola. As circunstâncias são diversas, mas pesquisas mostram que a distância entre pais de alunos e equipe pedagógica pode ser superada por meio do diálogo e da gestão democrática.
Daniel Quaresma, diretor pedagógico da Escola Estadual Professor Ayres de Moura, acredita nisso. Ele trabalha na unidade desde 2013 e, quando assumiu a direção, encontrou uma escola distante das famílias e com alunos com baixa autoestima quanto à sua própria capacidade de aprender. “As famílias ouviam dos professores que os filhos eram ociosos e não aprendiam e, por causa disso, elas evitavam o contato com a escola”, explica o diretor da instituição localizada na Vila Jaguará, na zona oeste da capital paulista.
Com 30 anos de experiência na Educação, o diretor acredita que a proximidade dos pais com a escola é fundamental para a aprendizagem. Ele decidiu aceitar o desafio de atuar na EE Professor Ayres por acreditar na proposta de Ensino Integral. “Embarquei porque não era uma política de governo – com o risco de ser aplicada e interrompida. Era uma política de Estado”, afirma.
Plano de ação
Em uma de suas primeiras ações frente à unidade, em 2013, Daniel se reuniu com os professores para enfrentar as lacunas de aprendizagem. Duas frentes de atuação foram feitas para enfrentar os índices insatisfatórios: acompanhamento do desempenho e a conquista das famílias. A equipe pedagógica criou planilhas e gráficos das notas por turma para identificar o desempenho.
Quanto às famílias, o educador apostou na convocação de assembleias participativas com as famílias de alunos de cada período a fim de discutir formas de melhorar a escola e procurar resolver os problemas encontrados. Na primeira reunião, houve cerca de 70 pessoas do período da manhã. “Nós [da equipe gestora] não ficamos querendo achar os culpados pela má aprendizagem dos alunos. Não atacamos as famílias, e sim procuramos debater o ensino no contexto da comunidade.”
Recebendo as reuniões de forma positiva, a própria comunidade divulgou a atividade. Segundo o diretor, mesmo que o efeito inicial no aprendizado tenha sido tímido, a segunda assembleia do período matutino foi mais disputada, com 280 participantes. “Os alunos perguntavam para nós porque tínhamos essa postura de diálogo. O objetivo era mostrar respeito e o significado da Educação para vida deles”, lembra Daniel.
Para o diretor, a escola deve cumprir o seu papel social, fazendo com que o conhecimento obtido dentro dela tenha aplicação fora da escola. “O pai tem que entender e mostrar para o filho que a matemática tem importância, por exemplo, na economia da casa. Os alunos podem também aplicar o conhecimento da língua portuguesa para compreender a música que ouvem”, exemplifica.
Desafios e resultados
Mas, de acordo com o diretor, essa parceria frutífera entre família e escola pode se perder se as sugestões dos pais não forem bem acolhidas e gerenciadas pela equipe pedagógica. Daniel aponta a necessidade de haver conhecimento prévio das necessidades da comunidade: “Os alunos devem ser preparados para participar e os professores precisam saber do que a comunidade escolar precisa. Eles devem entender o contexto da escola.”
Além disso, ele também enfatiza que o diretor precisa se responsabilizar pelo resultado pedagógico da escola. “A direção precisa trabalhar ombro-a-ombro com os professores e a comunidade para garantir que os alunos aprendam. Somos funcionários públicos e não estamos fazendo um favor à escola [com a iniciativa]; estamos trabalhando e devemos fazer o nosso trabalho bem feito”.
Aos poucos, os resultados da gestão começaram a aparecer: o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp) da unidade, índice estadual semelhante ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), saiu de 2,29, em 2012, para 3,26, em 2016.
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