Educacao de jovens e adultos
Por: carla1yasmin • 1/6/2016 • Monografia • 951 Palavras (4 Páginas) • 611 Visualizações
Introdução:
A partir de pesquisa com o cotidiano de professoras de Educação de Jovens e Adultos (EJA) que atuam em municípios do interior de estados das regiões Norte e Nordeste, o artigo trata do contexto e da trajetória da EJA no Brasil, no século XX até nossos dias, discutindo as relações complexas entre Estado, instituições não governamentais, movimentos sociais e os fatores econômicos, ideológicos, políticos e sociais, que constituem essa história. São apresentados dois momentos principais dessas relações em que o Estado atua ora como financiador de campanhas, ora como financiador de ações dos movimentos sociais e da sociedade civil, e como eles se alternam e se misturam até hoje. Nos dias de hoje, essa complexidade continua presente e vivemos os mesmos desafios: a necessidade de dar continuidade à luta por educação de qualidade para todos e pela formação continuada de professores de EJA.
Metodologia
Um Breve histórico da Educação de Jovens e Adultos no Brasil
A denominação “Educação de Jovens e Adultos” é recente no país, embora a preocupação com a prática de formação do sujeito se mantém desde o início da colonização do Brasil. Segundo Ribeiro (2001), somente a partir da revolução de 1930, houve uma maior reflexão sobre a educação no país. Com o fim da ditadura de Vargas em 1945, o país vivia a efervescência política da redemocratização. Nesse período, a educação de adultos define sua identidade tomando a forma de uma campanha nacional de massa, a “Campanha de Educação de Adultos”, lançada em 1947.
No final dos anos 1950, com as críticas à Campanha de 47 que se estendiam por todas as regiões do país surgiram novas reflexões sobre o problema do analfabetismo a consolidação de um novo paradigma pedagógico, cuja referência principal foi o educador pernambucano Paulo Freire. Segundo Ribeiro (2001), a proposta do educador Paulo Freire era instalar uma ação educativa que não negasse a cultura dos jovens e adultos, mas que eles fossem se transformando através do diálogo para uma participação social, considerando a realidade, as experiências, a cultura e o senso comum do trabalhador.
Paulo Freire, acreditando nas mudanças que deveriam ocorrer com o processo de alfabetização, criou um novo método de ensino, fundamentado nas experiências dos adultos, cujos fundamentos podem ser traduzidos na frase: “A leitura do mundo precede a leitura da palavra” (FREIRE, 2003: 13). Assim, o método Paulo Freire se configura em uma ação transformadora da sociedade, levando ao jovem e ao adulto analfabeto não só o conhecimento das letras e dos números e as possibilidades de decodificar textos e palavras, mas também, e principalmente, uma integração na sociedade. O método de Freire busca oferecer aos alunos uma visão crítica da realidade em que estão inseridos.
A Proposta Pedagógica da EJA
A EJA como uma modalidade da educação básica, é pautada na LDBEN pelos mesmos princípios que a educação regular fundamental e média. A proposta curricular para a EJA, tem por objetivo oferecer subsídios que oriente a reflexão pedagógica sobre essa modalidade, tem especial relevância à consideração de suas dimensões social, ética e política, sendo necessário uma prática que se enfatizem as finalidades a que essa educação se destina.
Segundo o Parecer CNE/CEB nº. 11/2000, a legislação educacional brasileira é bastante flexível a essa modalidade de ensino, de modo a contextualizar o ensino e torná-lo mais acessível ao educando, como: as diferenças existentes entre os alunos a que se destina; carga horária e horários adequados à maioria dos alunos, conteúdos acessíveis e metodologias alternativas de ensino.
O Ministério da Educação (MEC), ao longo dos anos, tem proposto metodologias e didáticas que favoreçam o atendimento à
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