Educação
Por: vilmarjp • 30/11/2015 • Trabalho acadêmico • 4.007 Palavras (17 Páginas) • 184 Visualizações
ABORDAGEM SOBRE A EVOLUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA
Trabalho elaborado para obtenção de conceito na disciplina de Economia II, do Curso de Administração da Faculdade Concórdia – FACC, sob orientação do professor Msc. Rosangela Márcia Weippert.
INTRODUÇÃO
Até a década de 80 o Brasil Foi um dos exemplos mais bem-sucedidos na linha de produção, crescimento e desenvolvimento econômico, analisando o fator produto.
Com isso o resultado do crescimento econômico foi em torno de 7% a. a., levando em consideração investimentos na produção e qualidade de vida das pessoas.
O aumento da urbanização aconteceu pelo fato da transição da economia agrária para industrial.
Para que isso ocorresse houve alteração no quadro institucional e nas formas de organização social, que foram as seguintes:
· O Processo de Substituição de Importações (PSI) - 1930/61.
· A crise do PSI e as reformas institucionais no PAEG - 1962/67.
· O crescimento com endividamento externo.
. Milagre Econômico, 1968-1973.
. II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), 1974-79.
· A crise da década de oitenta: o processo de ajuste externo.
· As políticas de combate a inflação da Nova República.
. Plano Real.
CAPÍTULO I
O PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES.
Na época da república velha a economia dependia das exportações de café; dependia das exportações de café; que era a principal atividade agrícola e quem controlava o mercado eram grandes companhias atacadistas. Outro fator do qual o Brasil dependia era da economia das outros países, pois se estavam em período de guerra, as crises internacionais davam problema diretamente na venda do café. O problema agravou-se a medida que o país produzia café mais que o consumo mundial.
Na década de 30 aconteceu a maiôs crise econômica devido aos dois fatores anteriormente Citados: A guerra e a super produção.
Portanto, a fragilidade e crise fazem com que a economia agrária se revertesse para a economia industrial.
Para isso acontecer seria necessária uma alteração também na política, então se rompe o estado oligárquico e descentralizou-se a república velha para centralizar a política no governo federal.
Por sua vez, a industrialização tinha como objetivo suprir as necessidades do mercado interno, portanto os países que importavam do Brasil adotavam o método de industrialização para se livrar da crise e como o nosso país já não podia exportar, como vinha fazendo, teve que se enquadrar ao novo processo.
1. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES
O PSI caracteriza-se pela seguinte seqüência:
Estrangulamento externo: diminui as importações, mantendo a auto-suficiência do mercado interno. E tem como característica principal à chamada “construção nacional” que é a autonomia de sua própria industrialização. A ordem industrial passou a ter a seguinte seqüência de setores:
· Bens de consumo leve;
· Bens de consumo duráveis;
· Bens intermediários;
· Bens de capital.
2. PRINCIPAIS DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DO PSI NO BRASIL
Ao longo de três décadas foi implementado este processo mudando a característica da economia brasileira,, industrializando e urbanizando-a. Surgindo assim algumas dificuldades:
2.1. TENDÊNCIA AO DESEQUILÍBRIO EXTERNO.
A tendência ao desequilíbrio externo aparecia por várias razões:
- Valorização cambial: significava uma transferência de renda da agricultura para indústria.
- Indústria sem competitividade: produzir somente para o mercado interno.
- Elevada demanda devido a importações para o investimento industrial.
2.2. AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTADO.
Ao Estado caberiam as seguintes funções principais:
- A adequação do arcabouço institucional a indústria. Feito através da Legislação Trabalhista que tinha como objetivo regular o mercado de trabalho urbano, definindo os direitos e deveres de colaboradores e chefias. Foram também criadas agências estatais e uma burocracia para gerir o processo. Destacam-se os seguintes órgãos: o DASP (Departamento Administrativo do Setor Público), o CTEF (Conselho Técnico de Economia e Finanças), a CPF (Comissão de Financiamento da Produção), a CPA (Comissão de Política Aduaneira), o BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico).
- A geração de infra-estrutura básica. Seu objetivo era atuar no transporte e na energia.
- O fornecimento dos insumos básicos. O Estado bancava a necessidade de capital ao setor privado, para construção de empresas estatais.
2.3. AUMENTO DO GRAU DE CONCENTRAÇÃO DE RENDA.
- O processo de substituição de importações era concentrador em termos de renda em função do:
- Êxodo rural: a falta de investimento nesse setor fez com que os trabalhadores abandonassem a atividade.
- Caráter capital intensivo: não permitia grande geração de emprego no setor urbano.
- Com isso tinha-se abundancia de mão-de-obra dando conseqüência a baixos salários.
2.4. ESCASSEZ DE FONTES DE FINANCIAMENTO.
A quarta característica foi a dificuldade de financiamento dos investimentos. Este fato se deve à:
- Pouca viabilidade para financiamento e com recursos de empréstimos compulsórios.
- Ausência de uma reforma tributária ampla: arrecadação estava sobre impostos de comércio exterior.
O Estado se mantinha por suas poupanças compulsórias e recursos da Previdência Social.
3. O PLANO DE METAS (1956-1960).
O Plano de Metas adotado no governo Juscelino Kubitschek, tinha como objetivo o desenvolvimento e crescimento rápido da industria, no setor de bens de consumo duráveis.
O projeto de investimento no setor de bens de consumo duráveis acionaria os demais setores de produção, principalmente os fornecedores de componentes para bens duráveis.
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