Educação Contra a Barbarie
Por: Erismar Ferreira • 12/7/2018 • Dissertação • 651 Palavras (3 Páginas) • 277 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
INSTITUTO DE FÍSICA
ERISMAR FERREIRA DOS ANJOS
FICHAMENTO
EDUCAÇÃO CONTRA A BARBÁRIE
Goiânia, 03 de maio de 2017
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Física
Fundamentos filosóficos da educação
Aluno: Erismar Ferreira dos Anjos
Fichamento
Educação contra a barbárie
Adorno abre a discussão com Becker com a tese de que a questão mais urgente para a educação hoje em dia é desbarbarizar, destacando a decisiva relação entre educação e barbárie, sendo a barbárie ao entendimento de Adorno, pessoas que mesmo se encontrando em uma civilização considerada do mais alto entendimento tecnológico, estão atrasadas em relação a sua civilização, se voltando para aspectos primitivos e agressivos, ódio e impulso de destruição, ou seja, Adorno diz que a barbárie é um assunto de extrema urgência por que pode causar o retrocesso ou a destruição da civilização pela própria civilização por conta da barbárie.
Becker diz que para evidenciar uma relação entre educação e barbárie primeiro é preciso entender o que é e de onde surge a barbárie no indivíduo. De acordo com a resposta de Adorno, a tentativa de superar a barbárie é decisiva para a sobrevivência da humanidade, relacionando a barbárie com a educação que ocorria na Alemanha, atribuindo a origem da barbárie aos valores dogmaticamente impostos na educação alemã, onde a desbarbarização não aconteceu no processo educacional.
De acordo com a resposta de Becker, para se entender a barbárie não se pode restringir apenas a Alemanha e ver a barbárie de uma maneira global, e que para entendermos a barbárie precisaríamos também ver por fatores psicológicos.
Esse diálogo entre Adorno e Becker chegou a ideia de que o sistema social da atual civilização ainda tende a levar as pessoas a barbárie, já que a barbárie faz parte da humanidade, desde os primórdios o homem comete atos motivados por ódio e por uma agressividade primitiva. Com o avanço das tecnologias e capacidades facultativas do ser humano, conseguimos reprimir esse lado primitivo, porém ainda a casos como o discutido por Adorno em Educação após Auschwitz, em que pessoas regressam a barbárie.
A sociedade capitalista não colabora com a extinção da barbárie da humanidade, já que se cria um ambiente ligado diretamente a competividade e ao desejo do sucesso, isso consequentemente gera ambição e um estilo de vida que sobrecarrega grande parte da classe trabalhadora com stress, o que psicologicamente gera emoções primitivas que levam a barbárie, como o ódio ou desespero.
De acordo com Adorno e Becker a educação infantil é fundamentalmente decisiva no processo de desbarbarização, e precisa ser repensada de maneira crítica, já que os educadores em sua maioria, usam o processo de competição para fazer seus alunos aprenderem, assim os alunos querem saber alguma matéria para superar seus colegas e ser considerado o melhor entre sua turma, ideia que é criticada por Adorno e Becker por esse ambiente de competividade gerar a barbárie, assim sendo considerado uma educação para a barbárie.
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