Educação superior como formação científica
Por: Reprox Comunicação Visual • 9/9/2019 • Relatório de pesquisa • 1.005 Palavras (5 Páginas) • 529 Visualizações
Elisângela Souza Macêdo1
1.1. Educação superior como formação científica, profissional e política.
“O ingresso no curso superior implica uma mudança substantiva na forma como professores e alunos devem conduzir os processos de ensino aprendizagem”. (p.18)
“O ensino superior, tal qual se consolidou historicamente, na tradição ocidental, visa atingir três objetivos, que são obviamente articulados entre si. O primeiro objetivo é o da formação de profissionais das diferentes áreas aplicadas [...]; o segundo objetivo é o da formação do cientista mediante a disponibilização dos métodos e conteúdos de conhecimento das diversas especialidades do conhecimento; e o terceiro objetivo é aquele referente à formação do cidadão, pelo estímulo de uma tomada de consciência, por parte do estudante, do sentido de sua existência histórica, pessoal e social”. (p.18)
“A Universidade, em seu sentido mais profundo, deve ser entendida como uma entidade que funcionária do conhecimento, destina-se a prestar serviço à sociedade no contexto da qual ela se encontra situada”. (p.19)
“[...] a educação pode ser mesmo conceituada como o processo mediante o qual o conhecimento se produz se reproduz, se conserva, se sistematiza, se organiza, se transmite e se universaliza, disseminando seus resultados no seio da sociedade”. (p.19-20)
“[...] a tradição cultural brasileira privilegia a condição da Universidade como lugar de ensino, entendido e, sobretudo praticado como transmissão de conteúdos acumulados de produtos do conhecimento”. (p.19-20)
“Na Universidade, ensino, pesquisa e extensão efetivamente se articulam, mas a partir da pesquisa, ou seja: só se aprende, só se ensina, pesquisando; só se presta serviços à comunidade, se tais serviços nascerem e se nutrem da pesquisa”. (p.20)
1.2. A produção do conhecimento como construção do objeto.
“[...] conhecimento se dá como construção do objeto que se conhece, ou seja, mediante nossa capacidade de reconstituição simbólica dos dados de nossa experiência, apreendemos os nexos pelos quais os objetos manifestam sentido para nós, sujeitos cognoscentes”. (p.20)
“Na Universidade, o conhecimento deve ser construído pela experiência ativa do estudante e não mais ser assimilado passivamente, como ocorre o mais das vezes nos ambientes didático- pedagógicos do ensino básico”. (p.21)
“[...] ensino e aprendizagem só serão motivadores se seu processo se der como processo de pesquisa”. (p.21)
“Do ponto de vista do estudo, o que conta não é mais a capacidade de decorar e memorizar milhares de dados, fatos e noções, mas a capacidade de entender, refletir e analisar os dados, os fatos e as noções”. (p.22)
Antônio Joaquim Severino deixa explícito neste capítulo algumas referências às principais modalidades de estudo que considera fundamentais para a formação universitária. O autor trata de questões relacionadas a organização geral da vida de um estudante, perpassando pela leitura, escrita e debate de documentos como forma de mediação imprescindível ao bom aproveitamento dos cursos. Severino destaca algumas diretrizes para o bom aproveitamento da vida universitária, a saber:
2.1. A organização da vida universitária.
\u201cAo iniciar essa nova etapa de sua formação escolar, a etapa do ensino superior, o estudante dar-se-á conta de que se encontra diante de exigências específicas para a continuidade de sua vida de estudos. Novas posturas diante de novas tarefas ser-lhe-ão logo solicitadas\u201d. (p.40)
2.1.1 Um investimento autônomo:
\u201cEm primeiro lugar, é preciso que o estudante se conscientize de que devorante o resultado do processo depende fundamentalmente dele mesmo. [...] O aprofundamento da vida científica passa a exigir do estudante uma postura de autoatividade didática que precisa ser crítica e rigorosa\u201d. (p.40)
\u201cEm segundo lugar [...] deve o estudante empenhar-se num projeto altamente individualizado, apoiado no domínio e no manejo de uma série de instrumentos. [...] a assimilação de conteúdos já não pode mais ser feita de maneira passiva e mecânica, como costuma ocorrer, muitas vezes, nos ciclos anteriores\u201d. (p.41)
2.1.2 Os instrumentos de trabalho
\u201cA formação universitária acarreta quase sempre atividades práticas, de laboratório ou de campo, culminando no fornecimento de algumas habilidades profissionais de cada área\u201d. (p.41)
2.a. Formando a biblioteca pessoal
\u201cAo dar início a vida universitária, o
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