Enfoque no ensino de ciências

Enfoque para o Ensino de Ciências

O ensino tradicional tem com modelo o professor sendo o provedor de conhecimentos já elaborados, prontos para o consumo e o aluno e o consumidor desses conhecimentos acabados, que são apresentados quase como fatos, algo dado e aceito, não deixando ao aluno ter a possibilidade de não aceitar esse conteúdo.

A forma como se organiza os conteúdos e determinada pelo currículo disciplinar de conhecimento, entendido como o corpo de conhecimentos aceitos em uma comunidade cientifica, seguindo exclusivamente a lógica da disciplina cientifica correspondente.

O ensino neste modelo segue uma hierarquia de conhecimento, como uma escada cada conhecimento serve como degrau para o próximo estagio de aprendizagem sem os quais será impossível prosseguir.

As avaliações devem devolver o conteúdo que o professor jogou para os alunos copiarem, assim devendo reproduzi-los , quanto mais o aluno descreve de forma parecida com a do professor melhor o seu aprendizado foi fixado, também utilizando exercícios repetitivos para assimilação do conteúdo. Este tipo de avaliação por sua vez e mais somatória do que formativa que visa que o aluno tente superar o nível mínimo para avançar para próxima fase de conteúdos.

Suas dificuldades são vista pela evolução da sociedade que mostra que o professor provedor e o aluno consumidor não são mais viáveis para uma sociedade onde o aluno pode encontrar diferentes provedores de informação tirando a exclusividade do ensino do professor. Essa sociedade que exige que os futuros cidadãos utilizem seus conhecimentos de forma flexível diante a novas tarefas, tornam esse modelo tradicional antiquado e o menos flexível para a formação dos novos cidadãos.

O ensino por descoberta pode ser melhor definido como forma do aluno aprender ciências fazendo ciências, e que o ensino deve ser baseado em experiências que permitam a eles investigar e reconstruir as principais descobertas cientificas, o enfoque e baseado no suposto  de que a melhor metodologia didática que seria a mais potente é, de fato, a própria metodologia da pesquisa de ciências.

A organização dos conteúdos continua sendo, como o enfoque anterior, exclusivamente disciplinar, esses conhecimentos disciplinares não constituem saberes estáticos acabados, senão enfrentariam problemas na busca da solução para um ensino mais pratico.

Essas atividades de ensino devem ser semelhantes, segundo essa concepção, às próprias atividades de pesquisa. Uma vez que o método cientifico também e o método de ensino, trata-se e  de projetar cenários para a descoberta e de fazer com que o papel, do professor e da didática seja o menos visível possível.

O método de avaliação e mais complicada que no ensino tradicional sendo preciso levar em consideração o conhecimento conceitual alcançado, mas também a forma como ele se alcança, ou seja, os procedimentos e as atitudes mostrados pelos alunos a chegar às suas soluções.

O ensino por descoberta, seja guiado ou autônomo, foi criticado por numerosas razoes, porque, apesar de aparentemente ajudar a supere algumas das dificuldades mais comuns no ensino tradicional, gera muitos outros problemas não menos importantes, entre inúmeros fatores que esse método pode se tornou tão criticado e a falta de acesso ao conhecimento cientifica pós não pode ser só aplicado tem que ser explicado, a forma como introduzir esse modelo a alunos do fundamental e as diferenças entre os contextos educacionais e científicos que esse modelo leva.

O ensino expositivo vem de formar a melhorar compreensão ou, em sua terminologia, uma aprendizagem significativa não a necessidade  de recorrer a tantas descobertas mas porque não melhorar a eficácia da exposição dos conteúdos, do ponto de vista desse enfoque e transmitir aos alunos a estrutura conceitual das disciplinas cientificas, assim partindo dos conhecimentos prévios dos alunos para a compreensão mais lógica das disciplinas.

Para se organizar o conteúdo do currículo de ciências deve ser a própria estrutura conceitual dessas disciplinas, estruturadas e acordo com o principio de diferenciação progressiva que deve reger a organização do currículo.

Na explicação ou exposição, seja oral ou escrita tem que ser eficaz e necessária para estabelecer de modo explicito relações entre a nova informação que será apresentada e certos conhecimentos que já estejam presentes na estrutura conceitual do aluno.

De acordo com as atividades de avaliação, concentram-se  no conhecimento conceitual e devem consistir em tarefas que tornem explicita a estrutura conceitual adotada pelo aluno, sua capacidade de relacionar uns conceitos com outros, dando especial ênfase á diferenciação entre conceitos conectados.

A dificuldade nessa concepção limita o desenvolvimento do aprendizado de ciências. Apesar de o ensino expositivo poder ser útil para conseguir que os alunos compreendam algumas noções cientificas quando dispõem de conhecimentos prévios aos quais possam assimilar essa noções , sua eficácia e mais duvidosa quando se trata de mudar de modo radical esse conhecimentos prévios. Em outras palavras, é uma modelo eficaz para conseguir um ajuste progressivo das concepções dos alunos ao conhecimento cientifico, mas insuficiente para conseguir a reestruturação dessas concepções.

Ensino por meio do conflito cognitivo tenta partir das concepções alternativas dos alunos para confrontar as situações conflitantes, conseguir uma mudança conceitual, entendida como sua substituição por outras teorias mais potentes, ou seja, mais próxima do conhecimento cientifica. Apesar de o próprio aluno deve tomar consciência desse conflito e resolve-lo.

Para organizar esses conteúdos deve-se adotar  igualdade conceitual. São núcleos conceituais da ciência que constituem o eixo do currículo. Os conteúdos procedimentais e atitudinais não desempenham praticamente papel algum na organização do currículo.

Este ensino deve ser baseado no conflito cognitivo assume a ideia de que é o aluno que elabora e constrói seu próprio conhecimento e que deve tomar consciência de suas limitações e buscar resolve-las.

O modelo tem como ideia básica a mudança conceitual, ou substituição dos conhecimentos prévios do aluno, ocorrerá como consequência de submeter esses conhecimentos a um conflito empírico ou teórico que obrigue o aluno a abandoná-los em beneficio de uma teoria mais explicativa. Assim, se colocarmos um aluno que acredita que os objetos pesados caem mais rápido do que os mais leves, em uma situação em que ele possa comprovar que a velocidade de queda e independente da massa dos objetos, ele será obrigado a reestruturar seu conhecimento para assimilar a nova informação.