FORMAÇÃO DE EDUCADORES: CONTRIBUIÇÃO PAULO FREIRE
Por: kellyoliveirakco • 29/10/2018 • Trabalho acadêmico • 2.989 Palavras (12 Páginas) • 288 Visualizações
- FORMAÇÃO DE EDUCADORES: contribuição De Paulo Freire
RESUMO[pic 1]
A educação brasileira passa por um período de transição. Muitos cientistas sociais têm se dedicado ao estudo da prática pedagógica no Brasil, sendo que dentre esses cientistas destaca-se Paulo Freire. Seu posicionamento leva a uma reflexão a respeito da prática pedagógica que se predomina ao longo dos séculos nas escolas brasileiras. Assim, essa pesquisa teve como objetivo principal descrever o posicionamento de Paulo Freire a respeito da formação do professor e sua atuação pedagógica em todos os níveis da sociedade brasileira. Também buscou respostas aos seguintes questionamentos: Qual o posicionamento de Paulo Freire a respeito da formação do educador brasileiro? O trabalho pedagógico é valorizado pela sociedade brasileira? Como principais hipóteses destacam-se: nem sempre o educador brasileiro é respeitado em seu ambiente de trabalho; os cursos de formação de educadores nem sempre contribuem para a capacitação de profissionais críticos e que repassam seus conhecimentos aos alunos com plena liberdade e dedicação às suas atividades pedagógicas. Para o alcance do objetivo apresentado, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica que tem fundamentação no pensamento de Paulo Freire. Em termos de conclusão, verifica-se que sem o reconhecimento e a total liberdade da participação do educando no processo ensino-aprendizagem é impossível que ocorra uma verdadeira aquisição de conhecimentos. O professor sozinho não desempenha a sua função pedagógica, mas precisa da contribuição dos seus alunos como seres pensantes e críticos, para se concretizar a prática do saber.
Palavras-chave: Educando. Educador. Liberdade. Oprimido. Pedagogia.
1 INTRODUÇÃO
No âmbito das profissões existem aquelas que são mais desejadas ou procuradas pelas pessoas e aquelas menos almejadas. Não importa qual o posicionamento de uma profissão por algumas pessoas ou por um grupo social. O que interessa é que todas as profissões são importantes para a sociedade, pois, desde que uma profissão exista e integre o mercado de trabalho, a sua importância é justificada.
Desde aquelas profissões que precisam de um preparo acadêmico, técnico ou intelectual, até outras que não necessitam de um nível de conhecimento avançado, a verdade é que todas são importantes para o desenvolvimento econômico, social e cultural de uma nação. Assim, é importante destacar que, seja qual for a profissão, sempre existirá a presença de um profissional que estará transmitindo seu conhecimento para os futuros profissionais. Esse profissional se caracteriza como educador e nem sempre é valorizado pela sociedade brasileira.
A prática docente faz parte da formação social humana. Nenhuma sociedade se evolui sem a atuação do professor. Portanto, para incentivar o ingresso à carreira de docentes é preciso valorizar a prática pedagógica, investindo na melhoria salarial, nos cursos de formação de educadores, na aprovação de leis e políticas que protejam esses profissionais. Sem a educação de seu povo nenhum país consegue competir no mercado internacional, no qual o conhecimento e a informação tornaram-se fatores intangíveis para a competitividade.
Nesse sentido, essa pesquisa busca respostas aos seguintes questionamentos: qual o posicionamento de Paulo Freire a respeito da formação do educador brasileiro? O trabalho pedagógico é valorizado pela sociedade brasileira?
Como principais hipóteses de pesquisa destacam-se: nem sempre o educador brasileiro é respeitado em seu ambiente de trabalho; os cursos de formação de educadores nem sempre contribuem para a capacitação de profissionais críticos e que repassam seus conhecimentos aos alunos com plena liberdade e dedicação às suas atividades pedagógicas.
Assim sendo, esta pesquisa tem por objetivo geral descrever o posicionamento de Paulo Freire a respeito da formação do professor e sua atuação pedagógica em todos os níveis da sociedade brasileira. Como objetivos específicos destacam-se: ressaltar a prática de uma educação libertadora; identificar os principais fatores que favorecem a autonomia do educador; comprovar que não há docência sem discência.
Para o alcance desses objetivos segue-se um embasamento teórico apontando o parecer de diversos autores sobre a prática docente. Primeiramente, segue a leitura dos principais textos e livros selecionados para o desenvolvimento dessa pesquisa; em seguida, a elaboração do conteúdo teórico. Por fim, tece-se as reflexões finais sobre o assunto abordado nessa pesquisa.
2 CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE PARA A FORMAÇÃO DE EDUCADORES
Paulo Freire traz sua contribuição para a formação de educadores ao mostrar, em seus discursos, que a teoria educacional e a práxis estão interligadas. Para vivenciar uma etapa crucial marcada pela emergência política das classes populares e pela crise da classe social dominante, suas propostas pedagógicas alcançam projeção em todo o território nacional.
Ele propõe uma pedagogia da liberdade, que prioriza o reconhecimento dos privilégios da prática educacional. Sua linha de pensamento contribui para o início de uma nova história na educação brasileira que ilumina a urgência da alfabetização e da conscientização das classes sociais menos favorecidas, uma vez que os analfabetos representam a maioria de um sistema social marcado pela desigualdade e pela opressão.
Em sua linha pedagógica, a liberdade representa o alicerce para uma educação eficiente e eficaz. Segundo Freire (1997), a participação livre e crítica dos educandos contribui para a formação de uma sociedade com menor índice de desigualdade social. Nesse novo cenário, a escola torna-se um ambiente democrático, favorecendo o surgimento de uma educação popular.
A liberdade aos educandos, que jamais podem ser chamados de analfabetos, mas sim de educandos, faz parte do pensamento de Paulo Freire. Sua linha de pensamento está direcionada a uma pedagogia moderna, que aponta uma “educação para a decisão, para a responsabilidade social e política” (FREIRE, 1997, p. 12). Para este autor, o saber democrático não pode ser incorporado em um ambiente no qual não há liberdade de expressão e valorização do pensamento humano. Ele propõe a eliminação de um ambiente autoritário, em que não há diálogo entre o educador e o educando, e a criação de círculos culturais nos quais a tarefa do coordenador é a comunicação com todos os seus membros integrantes.
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