FUNDAMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE PROJETOS INTERDISCIPLINARES

 

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FUNDAMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE PROJETOS INTERDISCIPLINARES

Autor: Rochele Fraga

Prof. Orientador Andreia

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia (PED 1131) – Estágio III

20/10/2017

RESUMO

O artigo foi elaborado com base na experiência de estágio em gestão educacional, nele podemos verificar os fundamentos da interdisciplinaridade e a aplicação desses conceitos pela viso da gestão da escola, como a escola trabalha para aplicar esse conceito e as dificuldades encontradas na aplicação desses conceitos sendo que para os pais ainda é uma ideia  relativamente nova. A gestão educacional tem como objetivo aplicar os conceitos, trabalhando na formação dos professores, para que estejam preparados para a pelicano da pedagogia que a escola trabalha, de uma forma que atenda as expectativas dos pais, que no caso da escola particular, são vistos como clientes e esperam os resultados na aprendizagem.

Palavras-chave: interdisciplinaridade, gestão, conceitos.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata os fundamentos da interdisciplinaridade com foco na gestão escolar, onde podemos registrar uma ligação entre os objetivos da gestão escolar e a ligação com o planejamento e execução das atividades pela coordenação pedagógica e a realidade que chega a sala de aula por meio da ação pedagógica do professor. Sabemos que a gestão escolar trabalha, na maioria da vezes pela construção  cognitiva e social da criança, porém encontra dificuldades na aplicação dos conceitos descritos no Plano Político Pedagógico devido, muitas vezes, ao despreparo ou falta de comunicação com o professor. O professor, quando tem o acompanhamento na sua formação continuada, consegue entrar em sintonia, podemos assim dizer, com a metodologia da escola. Em geral na escola pública, o professor se limita aos recursos próprios para seu crescimento intelectual como educador, pois a escola não dispõe muitas vezes de recursos pedagógicos e até mesmo físicos simples, como materiais escolares para que o professor possa aplicar os conceitos de interdisciplinaridade em seu fazer pedagógicos.

Esse artigo apresenta os fundamentos da interdisciplinaridade tendo como foco central a gestão escolar, como ela se coloca na prática desse conceito e como ele é trabalhado com os professores da escola para chegar em sala.

1. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

O trabalho trata dos fundamentos para a construção de projetos interdisciplinares com ênfase no papel da gestão escolar na construção desses projetos e como são elaborados, desenvolvidos e aplicados na escola.

O tema do desse  trabalho foi escolhido visando comparar os fundamentos aplicados em estágios anteriores em educação infantil e ensino fundamental em escola pública e particular. Para entender essas diferenças e semelhanças. Podemos também sabe salientar no nesse projeto a importância que a equipe diretiva da escola e atenção que ela dispensa a esse conceito quando acontece o processo de seleção dos funcionários da escola.

Os objetivos do artigos são, descrever os fundamentos da interdisciplinaridade, entender como a gestão da escola trabalha com esse tema e apontar os resultados observados na rotina pedagógica da escola.

Para Japiassu (1976), a interdisciplinaridade caracteriza-se pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um mesmo projeto. A interdisciplinaridade visa à recuperação da unidade humana pela passagem de uma subjetividade para uma intersubjetividade e, assim sendo, recupera a ideia primeira de cultura (formação do homem total), o papel da escola (formação do homem inserido em sua realidade) e o papel do homem (agente das mudanças do mundo).

Nas palavras de Japiassu:

“Podemos dizer que nós reconhecemos diante de um empreendimento interdisciplinar todas as vezes em que ele conseguir incorporar os resultados de várias especialidades, que tomar de empréstimo a outras disciplinas certos instrumentos e técnicas metodológicos, fazendo uso dos esquemas conceituais e das análises que se encontram nos diversos ramos do saber, a fim de fazê-los integrarem e convergirem, depois de terem sido comparados e julgados. Donde podermos dizer que o papel específico da atividade interdisciplinar consiste, primordialmente, em lançar uma ponte para ligar as fronteiras que haviam sido estabelecidas anteriormente entre as disciplinas com o objetivo preciso de assegurar a cada uma seu caráter propriamente positivo, segundo modos particulares e com resultados específicos. ” (1976, p. 75)

Edgar Morin (2005), um dos teóricos desse movimento, entende que só o pensamento complexo sobre uma realidade também complexa pode fazer avançar a reforma do pensamento na direção da contextualização, da articulação e da interdisciplinarização do conhecimento produzido pela humanidade. Para ele:

“[...] a reforma necessária do pensamento é aquela que gera um pensamento do contexto e do complexo. O pensamento contextual busca sempre a relação de inseparabilidade e as inter-retroações entre qualquer fenômeno e seu contexto, e deste com o contexto planetário. O complexo requer um pensamento que capte relações, inter-relações, implicações mútuas, fenômenos multidimensionais, realidades que são simultaneamente solidárias e conflitivas (como a própria democracia, que é o sistema que se nutre de antagonismos e que, simultaneamente, os regula), que respeite a diversidade, ao mesmo tempo que a unidade, um pensamento organizador que conceba a relação recíproca entre todas as partes”. (P. 23)

        Podemos então entender que a interdisciplinaridade é muito maior que o simples acúmulo e sobreposições  de conteúdos com objetivo de fixar a ideia proposta, ao contrário, são ações que dentro de um assunto possibilita o trabalho em várias disciplinas, onde elas se interligam e o aprendizado se torna algo natural, onde a criança pode ser inserida por suas experiências pessoais do seu cotidiano, tornando o aprendizado claro, lúcido e podendo ser implementado no espaço fora da escola, levando esse poder de aprendizado para os espaços não escolares. O aprendizado pode acontecer em lugares corriqueiros, como o supermercado ou em casa.